Grávida De Um Traficante

07

*Eloisa narrando*

Gabi:tu ainda ta lendo?-questiona assim que sai do banheiro

Eu olho pra ela rindo, ela passa por mim e pega o livro da minha mãe e sai andando até a janela.

Eu:voce não é louca-dou risada e me levanto

Gabi:então se troca, não vai ficar nesse quarto o dia todo nem fudendo-ameaça jogar meu livro

Eu:ta bom... mas vai ter troco-falo indo pegar meu livro

Gabi:te amo meu amor-da um beijo no meu rosto rindo

Eu:falsa do caramba-dou risada

Guarda o meu livro na bolsa e pego uma roupa pra passar o domingo, pego uma calça jens justa Clara, e uma blusa regata preta e me visto e arrumo meu cabelo, prendendo em um rabo de cavalo e deixando umas mechas soltas no rosto.

Eu:vamos aonde?-pergunto passando perfume

Gabi:primeiro, vamo encher a barriga na Fabi e depois agente resolve-responde, arrumando o cabelo

Eu:amei a ideia-dou risada

Agente sai do quarto e dou graças a Deus que a casa está vazia, não tô nem um pouco de perde minha paciência com aquele cara. Descemos as ruas pra casa da Fabi, que do outro lado da praça-um pouco mais longe.

Fabi:que invasão é essa?-pergunta rindo abrindo o portão

Gabi:vinhemos comer fofa-comprimenta ela

Eu:ta nos expulsando rapariga?-brinco e a comprimento

Fabi:bom... vou ficar até queta-da risada

Entramos na casa dela, a Fabi ela é órfã dos pais desde que tinha 5 anos, então ela vive aqui no morro com sua vó desde então. A casa dela é bem simples diferente dá Gabi, a casa tem apenas a sala que é pequena, tem só dois sofás e um TV, a cozinha tem a mesa e o armários e a geladeira e o fogão, e tem o quarto da vó dela, e tem o dela que só tem uma cama de solteira bem simples... mais cheirosa e quentinha.

D' Dalva:Oie minhas queridas-nos comprimenta assim que entramos

Eu/ Gabi:oie dona Dalva-comprimentamos elas

D' Dalva: vocês chegaram na hora certa, acabei de preparar o almoço-diz indo pra cozinha

A Gabi olha pra mim e sorrir e eu fasso o mesmo, essa foi a intenção kkk.

Gabi:agente nem queria, mas vocês estão insistindo-brinca e damos risada

Fabi:como tu é sinica vaca-fala e a Gabi mostra o dedo pra ela, e eu caio na gargalhada

D' Dalva: fala direito com as meninas Fabiana-da bronca nela e agente rir mais ainda-vai lá comprar minha amiga, e uma coca-da o dinheiro pra Fabi

Fabi:vou não, a senhora não pode bebe- a dona Dalva da um tapa nela

Que eu coloco a mão na boca pra não rir, já a Gabi da risada sem disfarça

D' Dalva:vou da um coça em você-ameaça-vai logo porra-diz voltando pra cozinha

Eu:vamos lá gata-digo puxando ela pra fora

Saímos da casa da Fabi e fomos até a venda na esquina

Gabi:tu gosta de irritar a velha em-diz rindo

Fabi:lógico... é divertido, quando ela não me bate-explica e damos risada

A Fabi entro na venda e agente ficou do lado de fora olhando a rua.

Gabi:ali não é o Pedro?-aponta e sigo

Vejo ele saindo da biqueira da esquina, ele me olha e acena me chamando.

Gabi:vai lá besta-me empurra

Eu:ainda te mato-falo e atravesso a rua e vou até ele-oie-comprimento

Pedro:oie, você sumiu ontem... tá tudo bem?-pergunta

Eu:não me sentir bem-minto-tu também estava bem ocupado-brinco

Ele fica com vergonha e começo a rir

Pedro:a... você sumiu ne-da de ombros e quem fica com vergonha sou eu

Fabi:anda Eloisa, tô morta de fome-grita do outro lado

Encaro ela bem feio, ela sabe que eu odeio que me gritem, elas rir e começa a subir

Eu:tenho que ir, me chama no whats-dou um beijo em sua bochecha

Pedro:pode deixar-me rouba um selinho

Sorriu e ele vira a rua e eu olho pra atravessa, atravesso a rua e do nada aparece uma moto quase me atropelando.

Eu:toma no cu-grito dando um passo pra trás

A moto para com tudo e o cara levanta o capacete, quando vejo a cara do sujeito, a raiva e o medo toma conta de mim.

G6:sai da rua caralho-diz rangendo os dentes de raiva

Eu:é cego?-pergunto e ele ameaça sair da moto

Eu começo a correr, e eu sou besta de ficar pra morrer. Eu posso encarar as pessoas, bater de frente, mais quando o assunto e bandido perigoso eu saio é de perto, ainda mais um louco desses.

Gabi:que foi gata?-pergunta assim que paro do lado delas sem folego

Fabi:correu de quem? Quem foi a filha da puta?-pergunta preocupada

Levanto o dedo pedindo um segundo pra elas, para o fôlego poder voltar. Como podem ver não sou muito atleta.

Eu:juro, eu nunca mais subo nesse morro-falo voltando o fôlego

Gabi:começou-revira os olhos

Minha vontade é de contar toda a verdade pra elas, mais se que falar que o irmão dela me ameaçou de morte é capaz de ela fazer barraco com ele, não quero família nenhuma destruída... já basta a minha.

Fabi:bora comer e tu fala tudo-diz é voltamos a andar

Conto que um louco quase me atropelou de moto na rua, sem revelar quem é. Chegamos na casa da Fabi e o cheiro está ótimo, a vó dela agradeceu por agente ter ido compra a sua amiga(cerveja) e nos sentamos na mesa para comer, e a comida estava ótima que acabei repetindo de tão boa.

Gabi:agora encheu-diz se sentando no sofá

Eu:nem me fala, tô gorda-falo levantando a regata

Fabi:vocês são exagerada demais-diz rindo

D' Dalva:Fabiana, tô indo ali na ausira, toma cuidado vocês não quero minha casa pegando fogo-diz abrindo a porta

Gabi:pode deixar, dona Dalva. Vou ficar de olho nas crianças-fala se achando a responsável, e agente começou a rir

D' Dalva: tu é a mais perigosos menina-brinca e sai pela porta

Fabi:viu até minha vó sabe, mais fala quero saber, por que tu sumiu ontem?- se joga no sofá ao meu lado

Eu:também quero saber, só chegou de manhã-nos duas encaramos ela

Gabi:Tabom CARALHO, eu transei com o kelvin-diz com as mãos pro céu

Eu olho pra Fabi e ela olha pra mim, como se isso fosse alguma novidade pra gente.

Eu:e a novidade?-falo e a Fabi começa a rir, e ela mostra o dedo e a língua pra gente

Gabi:nossa, até parece que eu dou a piriquita todo dia-diz e acaba rindo-talvez uma vez por semana- e caimos a três na gargalhada

Fabi:coloca duas ou mais-diz rindo e ela joga um travesseiro na gente

Fico olhando uma zoa a outra enquanto fico rindo, eu me sinto tão leve perto delas, sem problemas. Eu amo essas duas demais, elas são como minhas irmãs e não sei o que faria sem elas, espero ter essa mesma leveza e carinho com elas daqui dez anos, e sim eu já tenho minha vida planejada a muito tempo e não gosto muito de mudanças.