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*Eloisa narrando*

Quando vi ele entrar aqui dentro daquele jeito, meu mundo caiu mais ainda. Ele sabe que estou grávida, como ele sabe disso? Ele disse que vai me matar, e dessa vez eu estou com mais medo ainda, eu nunca vi ninguem daquele jeito com tanto ódio no olhar e na voz, eu duvido se o TH não tivesse entrado na frente ele teria me matado na mesma hora. Que merda está acontecendo com a minha vida... tudo por causa de uma maldita noite, e por causa da porcaria de uma bebida e de um cara de merda.

Fabi:ta mais calma-me entrega um copo com água

Eu:to tremendo-pego o copo e bebo a água

Fabi:o G6 pirou de vez, mais ele não vai fazer nada contigo-ela tenta me acalmar

Eu:não vai! Tu viu o estado dele? Ele quer me matar de qualquer jeito-digo e sinto as lágrimas querendo cair-como ele descobriu-eu jogo a cabeça pra trás encostando no sofá

Fabi:eu juro que ninguém falou nada-ela afirma e na hora batem na porta-perai-ela levanta e vai até a porta

Ela abre e vejo a Gabi, entrar com a Sol e elas vem em direção a mim. Vejo seus rostos preocupados e aflitos

Gabi:você tá bem?-pergunta sentando ao meu lado

Eu:agora sim-falo bebendo o restante da água

Sol:eu sinto muito Isa-ela vem até mim-eu achei que... meu filho não ia agir assim-ela se desculpa e eu fico sem entender

Gabi:ela sabe-diz ao ver minha cara

Eu:como?-pergunto levantando minha cabeça

Sol:a sua mãe, ela reclamou comigo me falou um monte de coisa e contou, eu fiquei chocada-ela explica pra mim

Como ela pode fazer isso? Ela me expulsou de casa e ainda vai brigar com os outros por causa de mim, com certeza ela não bate nada bem da cabeça, ela não tinha esse direito.

Eu:me perdoa Sol, minha mãe não deveria ter aberto a boca-peço e as lágrimas caiem

Sol:não se desculpa-ela me abraça- é uma coisa que pode acontecer com qualquer um-ela diz tentando me conforta

Eu:mais não deveria ter acontecido, me desculpa... mais o seu filho é um monstro-falo me soltando dela

Sol:eu vou conversa com ele-fala firme e eu nego com a cabeça

Eu:não por favor, eu não quero ter nada haver com ele-falo me levantando do sofá-e me desculpem ter colocado vocês nisso-falo dando as costas e indo para o quarto

Eu entro no quarto e vou até a cama e deito, eu não gosto de chorar na frente das pessoas, não gosto de demonstrar fraqueza ou as pessoas ficarem com pena de mim, eu prefiro chorar no particular.
Deixo todas as lágrimas sairem, e deixo a dor vim também, a sensação de ser ameaçada de morte... é uma coisa tão esquisita, saber que alguém quer a sua morte. Ele que causou tudo isso, foi ele que me pegou bêbada, eu não estava no meu estado normal, as lembranças pra mim são como flash nada definido, ele não podia ter se aproveitado da bebida, eu sinto um ódio por ele tão grande que, nem consigo decifrar. Desde o dia que eu vi ele, me ameaçou de tudo que era jeito até que foi pra cama comigo, e ainda me deixou uma lembrança daquele noite.

Sol:Isa-ela me chama, me tirando dos meus pensamentos

Eu:oie-limpo meu rosto

Sol:podemos conversa?-pergunta e eu assinto me sentando na cama-eu sei que esse momento está sendo difícil para você, e sua mãe ter te expulsado não adiantou de nada-ela senta bem na minha frente

Eu posso ver a compaixão e a preocupação em sua voz e no seu olhar, enquanto o meu está em puro desespero.

Eu:não tá, Sol. Mais a minha decisão está tomada, eu não posso cuidar de uma criança se nem consigo cuidar de mim-digo quase sem voz

Sol:não se preocupa com isso, eu estou aqui pra ajudar, ele tem uma vó e uma casa aonde ele pode ficar e você também-ela segura a minha mão

Eu não consigo entender, como ela pode está calma em uma situação dessa, eu queria que minha mãe tivesse agido desse jeito comigo.

Eu:eu não quero incomodar ninguem, esse problema é só meu e demais ninguem, e eu não quero essa criança... pelo jeito nenhum de nois quer-afirmo e sinto uma dor bem forte no peito

Sol:você está assustada, mais você quer sim esse bebê. Toda mãe quer o seu filho, independe de quem é o pai ou coisa do tipo, ele é seu e está aqui-ela tenta tocar minha barriga mais impeço

Eu:não, eu não quero. Eu sei o que é ser uma criança rejeitada pela mãe, e não quero fazer isso com ninguém. Minha decisão está tomada, tenho uma consulta marcada para quarta-digo colocando um ponto final nesse assunto

Sol:tabem, não vou insisti só pense um pouco, essa criança não vai ser rejeitada por ninguém-ela diz e se levanta-você tem uma família aqui, não se esqueça disso-ela da um beijo na minha cabeça e vai em direção a porta

Ela me olha e depois sai, sei que ela só quer o melhor para todos e que vê isso um futuro para o seu filho... mais eu não, não quero nada que me ligue a ele, e tenho certeza que ele vai me matar assim que colocar os olhos em mim, e mesmo minha vida esteja assim e eu querendo sumir de tudo isso aqui, não quero sentir uma bala ou qualquer coisa dentro de mim, nao quero morrer.

***

Gabi:ta melhor?-pergunta entrando no quarto

Eu:um pouco-afirmo

Fabi:agente não gosta de ver você assim-elas senta cada um de um lado

Eu:Eu também não meninas-falo e elas me abraça-eu estou com medo... não quero fazer besteira-confesso a elas

Gabi:tenho certeza que não vai, tu é mais esperta de nois-diz e olho pra ela- um pouco-diz fazendo agente rir

Fabi:e no que tu decidir, estamos aqui pra ficar ao teu lado-ela diz, aliviando um pouco da dor

Eu:obrigada meninas. Eu agradeço demais por ter vocês-falo emocionada

Gabi:acho que esse hormônios ta afetando geral-brinca e damos risadas

Fabi:que tal uma panquecas?-pergunta e agente olha pra ela

Eu:com banana e goiabada e canela-pesso e elas me olha

Gabi:desde quando tu come banana? Tu não gosta-ela estreita os olhos

Eu:deu vontade, o que posso fazer-dou de ombros

Fabi:tá! Só não tem goiaba-diz e levanta da cama

Gabi:eu busco-ela se levanta

Eu:ok, e eu vou ajudar nas panquecas-me levanto também

Fomos pra cozinha e a Gabi saiu pra comprar a Goiaba e uma coca, enquanto eu fui fazer a massa e a Fabi estava fazendo o recheio, que quase deixou queimar. A Fabi leva jeito pra tudo menos pra cozinhar, diferente de mim que amo cozinhar.

Grávida De Um Traficante Onde histórias criam vida. Descubra agora