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ARQUIVO CRUEL

Transcrição #34

Observações de Thomas enquanto ele entra na Clareira

(Os nomes foram ocultados.)

Psiquiatra 1: Certifique-se de que os besouros mecânicos estão no lugar – os garotos estão prestes a abrir as portas da Caixa.

Ajudante: Está tudo pronto. Acho que temos todas as vistas que você poderia querer.

Psiquiatra 1: Estou surpreso com a calma dele dentro da Caixa até agora.

Ajudante: Ele estava gritando e esmurrando as paredes.

Psiquiatra 1: Isso não é nada comparado ao que já vimos. As leituras de Thomas permaneceram relativamente estáveis o tempo todo.

Ajudante: Isso quer dizer que não conseguimos obter nada relevante ao projeto?

Psiquiatra 1: Exatamente o contrário. As reações dele são únicas, mas definitivamente conseguiremos fazer uso do que obtivemos.

Ajudante: Newt e Alby estão apanhando as cordas. O áudio está ligado, todas as
espadas estão prontas. Lá vão eles.

Psiquiatra 1: Observe o mapa cerebral –anote qualquer coisa rara que talvez queiramos voltar e analisar a fundo. Além da análise habitual, é claro.

Ajudante: Entendi.

Psiquiatra 1: Olhe a reação deles para com ele. Estou surpreso – muito surpreso – por Alby estar permitindo isso. Ainda não estou certo de que ele era a pessoa certa para assumir o controle após Nick ser morto.

Ajudante: Deveria ter sido o Newt.

Psiquiatra 1: Sou obrigado a concordar.

Ajudante: Todos os sinais de Thomas são os esperados. Muita confusão, um pouco de medo. Mas não tanto como vimos em Chuck no mês passado.

Psiquiatra 1: É quase impossível acreditar que este é o mesmo Thomas que vinha nos liderando desde a Purificação. O Dissipador é uma coisa maravilhosa.

Ajudante: Sim.

Psiquiatra 1: Os gráficos estão mostrando um turbilhão de emoções agora.

Ajudante: Não é uma surpresa.

Psiquiatra 1: E o coração dele. As leituras estão em todos os lugares.

Ajudante: Mas sincronizamos na hora certa. Bem deve estar passando pelo pior da Mudança a qualquer minuto a partir de agora.

Psiquiatra 1: Sim. E estou esperando que ele nos dê uma variável.

Ajudante: Ah, ele está se movendo. Em direção à árvore. Coloque um besouro
mecânico em cima daqueles galhos –  rápido!

Psiquiatra 1: Boa decisão.

Ajudante: Ele está mostrando uma alteração nas amostras agora, quase um completo desespero. Interessante como ele está tentando compensar isso.

Psiquiatra 1: Isso compensará uma boa análise mais tarde.

Ajudante: Anotado.

Psiquiatra 1: Alby está fazendo o discurso agora para ele. Não consigo imaginar como deve ser uma loucura para os Calouros serem avisados de que descobrirão tudo mais tarde.

Ajudante: Mas compreensível. Eles estão cansados de responder as mesmas perguntas repetidas vezes todos os meses.

Psiquiatra 1: Olhe para a câmera Z – Bem começará a gritar maldito assassino a qualquer…

Ajudante: Lá vai ele.

Psiquiatra 1: Olhe para a ponta nas amostras de ondas de Thomas! Anote isso. Há o mesmo nível de curiosidade e medo. Surpreendente que eles estejam tão igualmente representados.

Ajudante: O grupo está se dispersando. Parece que eles fazem isso com um pouco mais de rapidez com cada Calouro que enviamos.

Psiquiatra 1: Espere, olhe quem irá falar com ele.

Ajudante: Uau. Chuck. Nunca o vi mostrando tal iniciativa antes.

Psiquiatra 1: Ele está sendo basicamente banido por trinta dias. Acho que está desesperado por um amigo.

Ajudante: O que você acha da reação de Thomas para com ele?

Psiquiatra 1: Nada surpreendente. Aborrecimento, só que mais fraternal do que mal-intencionado.

Ajudante: Sim, as amostras dele mostram um pouco de alívio, e uma suspensão de medo aumenta.

Psiquiatra 1: Eu não teria pensando nisso. Certamente não.

Ajudante: Como assim?

Psiquiatra 1: Duas coisas. Não acho que Chuck seria ousado o bastante a ponto de fazer amizade com um Calouro, e eu achei que Thomas se sentiria muito… muito importante para ter uma ligação com o garoto que é obviamente o mais inferior na hierarquia.

Ajudante: Mas não há dúvida de que eles estão sentindo algo enquanto caminham atéa Sede. Olhe para essas amostras em ambos os casos.

Psiquiatra 1: Sim. Temos um começo de amizade, está claro isso. Tão diferente de Thomas.

Ajudante: Bem, ele não é a mesma pessoa sem suas memórias.

Psiquiatra 1: Que, como eu disse, nunca para de me surpreender.

Ajudante: Lá vão eles, para dentro. Ligue as câmeras.

Psiquiatra 1: Isso está me dando uma ideia que posso usar mais tarde.

Ajudante: No que está pensando?

Psiquiatra 1: Na situação que conversamos antes. Para uma das amostras evasivas.

Ajudante: Alguém sacrificando sua vida pra salvar outra. O impacto que isso teria sobre o sobrevivente.

Ajudante: Você quer dizer…

Psiquiatra 1: É muito cedo para afirmar. Mas se continuar assim, talvez.

Ajudante: Por que você está sentindo isso especificamente quanto a Chuck?

Psiquiatra 1: Porque ele é jovem. E ingênuo. Nós precisaríamos de alguém assim para criar a amostra extrema que tanto esperamos.

Ajudante: Interessante…

Psiquiatra 1: Vamos esboçar um plano para isso. Assim ele ficará pronto caso decidirmos apresentar isso ao comitê.

Ajudante: Certo. Será bom.

Psiquiatra 1: Idealmente, isso deveria acontecer quando eles tentassem escapar.

Ajudante: Quando?

Psiquiatra 1: Sim. Não tenho dúvida do que esses garotos irão fazer quando agitarmos as coisas e endireitarmos as estacas. Não há a menor dúvida.

Ajudante: Vou registrar isso.

Psiquiatra 1: Veja as amostras de Gally. Ele está morrendo de medo de Thomas.Inclua-o em seu plano.

Ajudante: Entendido.

FIM DA TRANSCRIÇÃO.

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