•capítulo seis•

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《YO! A atualização dessa fic demorou, me desculpem! Foi difícil de escrever por alguns motivos pessoais, mas espero que gostem! Boa leitura! P.s. como vocês estão? Estão se cuidando?》
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Caminhava lentamente entre as casas que espalhadas pelo terreno da escola, que tinha descoberto ser bem escondido entre as florestas de Tóquio. Faziam-se dois dias que eu tinha ganhado "alta". Ainda sentia dores em meu abdômen quando me mexia muito, mas odiava ficar parada. Não é do meu feitio.

O ar puro invadia meus pulmões e sentia aos poucos a calmaria atingir meu ser, por mais que tivesse acontecido tantas coisas nessas últimas semanas. Yaga-san já me explicou como funciona a escola e seu propósito, apesar que eu já sabia. Ao longes avisto a silhueta com os cabelos brancos, parecia preso em pensamentos, mas assim que me aproximei dele, o mesmo me recebeu com um sorriso ladino entre seus lábios.

Revirei os olhos. Estava começando a me acostumar ao comportamento de Satoru, bom, talvez nem sempre. - Então, maratonando de novo?

- Tsc. Não enche, só queria andar um pouco. Aquela sala fede demais a sangue. - disse fazendo uma careta. E fedia mesmo. Constantemente, os alunos que se feriam iam para essa sala, receber atendimento com energia amaldiçoada reserva. - Você vai ter que se acostumar, vai ter lugares que iremos que os cheiros vão ser piores que o de sangue.

Sinto um arrepio só de imaginar que tipo de cheiros podem ser piores que o de sangue. Satoru sorri brevemente e leva a mão para meus cabelos, os bagunçando e eu logo fecho a cara. - Você sabia que eu não tenho cara de c-

- Sim, você tem cara de princesa. Deve ser por isso que é tão fresca. - Satoru começa a rir e eu fico ainda mais com o rosto carrancudo, aí ele leva a mão que não estava segurando o Kikufuku até minha bochecha, apertando-a antes que eu pudesse devencilhar de seu toque. - Você sempre parece emburrada, relaxa mais, princesa.

Meus olhos se reviram nas órbitas, e no momento que eu iria falar, Satoru enfia um Kikufuku na minha boca - Você tá muito amarga, um docinho vai te fazer bem.

Ele faz uma careta e vai embora com as mãos no bolsos, e eu decido ir atrás dele, mas antes que eu pudesse notar, ele já tinha desaparecido. Droga! Puxo o Kikufuku da minha boca, mastigando um pedaço, que se desmancha após algumas mastigadas. Doce.

Meu coração se sente aquecido. Satoru tinha uma forma diferente de ser gentil, e isso estava me fazendo sentir estranha.

[...]

- [Nome], como é que você não entendeu o porquê do Frodo ter ido à montanha da perdição? - brandou o Satoru indignado por eu não ter entendido Senhor dos anéis. Era entediante. Fiquei um pouco descrente que o método de treinamento do Satoru era com... filmes. Okay, eu entendia que ainda estava me recuperando, mas o que eu estava aprendendo com filmes? Nada. Tinha assistido os dois primeiros filmes do Senhro dos anéis, mas, sinceramente, Frodo estava me deixando ansiosa.

- Satoru, como você aprendeu vendo filmes? Não faz sentido na minha cabeça. - digo sentindo cada neurônio do meu cérebro doer. Satoru levanta a mão colocando sob meus lábios - Shiu! Essa é a melhor parte.

Revirou meus olhos e babo a mão de Satoru, que me olha com nojo. Ficamos vendo filmes até que minha mente começa a ficar nevoada, o sono chegava lentamente. Satoru ainda estava concentrado no filme, mas eu acabei não aguentando e me entreguei a fadiga mental.

[...]

[Nome] tinha deixado sua cabeça cair para trás, em cima do encontro do sofá. Satoru ouviu o barulho abafado, e virou seu rosto, segurando o controle na sua mão e levantando, pausando o filme que se passava na televisão de LCD. Ele encarava [Nome] atentamente, analisando e rindo internamente com o seu semblante. Os cabelos bagunçados, a boca escancarada e os roncos altos que ela dava vez ou outra. Satoru deu um sorriso breve e se levantou do sofá, desligando a televisão e o DVD. Após organizar tudo, ele se dirige à [Nome]. Ele leva sua mão ao rosto da mesma, acariciando-o delicadamente, depois a pega com cuidado e coloca ela sob seu ombro. Ela dormia tão profundamente, que nem sequer se mexeu, apenas rouncava.

Satoru sobe as escadas da sala onde ficava a televisão. Assim que saiu do cômodo, se dirigiu pelos corredores, levando -se para fora do local. As estrelas cobriam os céus escuros. A ventania fria perpassava pelo corpo esguio e alto de Satoru. Sua mente estava confusa nesse meio tempo. Ele não entendia o porquê de se importar com [Nome]. Ela não era nada especial, não tinha um poder que lhe desse destaque, mas algo chamava-lhe a sua atenção. Algo que ele compreendia, e apreciava, contudo, ele não sabia ao certo o que poderia ser. Satoru chegou ao dormitório feminino.

Os passos pesados soavam pelos corredores vazios - e com uma Shoko roncando - pareciam distantes. De vez ou outra, ele ouvia [Nome] murmurar coisas desconexas, como nomes de frutas ou sobre algo totalmente inteligível. Ao chegar em seu quarto, Satoru abre a porta com tudo, acordando sem querer a garota, que sonhava com coisas que ela já nem se lembrava.

- Um seg- Você me trouxe pra cá? - ela dizia sonolenta, bocejando no processo. Satoru sentiu algo inquietante em seu peito, mas achou que deveria ser gases, então apenas deu de ombros e tirou a garota de seu ombro. - Sim, você deu PT, então não via outra forma de te levar.

Na verdade, até tinha, mas ele preferiu não usar. Ele queria ficar mais tempo com ela, mas porque? Parecia ser um enigma para Satoru, era uma das únicas coisas que ele não conseguia entender. Bom, ele tinha outras prioridades no momento. Satoru ignora toda a inquietação na sua mente.

- Entendi, obrigada, Satoru. - ela diz bocejando, e Satoru dá um sorriso ladino. - Mas já tá me chamando pelo primeiro nome?

Satoru viu o rubor se instalar pelas bochechas da garota, que virou logo a cabeça e levantou seu punho, dando -lhe um dedo do meio. Fofo.

Fofo?

Satoru ignoro o seus subconsciente e cruzou seus braços abaixo de seu peitoral, amassando um pouco o seu uniforme, e ainda tinha um sorriso ladino estampado em seu rosto perfeito.

- O gato mordeu sua língua? - a garota ainda ficou mais sem graça, e andou em passos apressados na direção do rapaz, empurrando-lhe para fora de seu quarto. O rapaz ria alto, e provavelmente acordaria algumas das garotas que dormiam no corredor, e levaria um sermão do Yaga por ter invadido o dormitório feminino de novo - ele ia às vezes trocar algumas ideias com Shoko.

Mas ele não ligou. Saiu em direção ao portão principal do dormitório, ainda rindo de vez ou outra. O rosto da garota ruborizado não saía de seus pensamentos.

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《Desculpem os erros de ortografia! E também, a demora em atualizar. O que estão achando? Foi um capítulo mais fofinho, mas se preparem, o próximo vai vim com ataque cardíaco. Boa noite! E se cuidem.》

𝑶𝒕𝒉𝒆𝒓 𝑾𝒐𝒓𝒍𝒅 |ᵍᵒʲᵒᵘ•ˢᵃᵗᵒʳᵘ|Onde histórias criam vida. Descubra agora