29. ROMÂNTICO OU SÁDICO?

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HENRY CAVILL

   Depois que nos amamos e permanecermos um tempo juntos e em silêncio, resolvemos tomar um banho. Debaixo do chuveiro trocamos mais carícias e agrados, e o meu desejo era que isso se estendesse por toda a noite, mas tínhamos um assunto muito sério a resolver. E essa questão estava me preocupando demais. E se Claudia não aceitar as novas regras de nosso relacionamento? Eu não queria ceder, e  não poderia voltar atrás, teria que ser firme e enérgico em minhas decisões, transparecer que não estava de brincadeira naquele momento, e ela precisava ser punida por não confiar em mim, isso não passaria em branco,como se nada tivesse acontecido, com certeza.

   Tanto eu quanto Claudia nos sentíamos destruídos, na aparência e no emocional também. Estávamos mais magros, com nossos rostos mais abatidos, e até parece que envelhecemos alguns anos desde aquele maldito dia no coquetel. Nos sentíamos mais nervosos, sensíveis e com um semblante de tristeza em nossas faces. Era necessário resolver o quanto antes essa questão em nossas vidas, começar o mais rápido possível as novas regras. No começo acredito que ela recusará, mas depois irá ceder, sei que ela me ama muito, e pelo que percebi hoje não aguentará mais ficar afastada de mim.

   Então, assim que terminamos nosso banho, que demorou muito mais do que o previsto, pedi que Claudia se vestisse para conversarmos na sua sala. Devidamente vestidos iniciei o assunto da noite:

   - Bom Claudia, você já deve ter percebido que aprecio muito a prática de relação entre um dominador e uma submissa, e por favor, não quero te assustar, só estou te explicando o que pretendo ter com você, de agora em diante, isso se você aceitar meus termos, porque tudo que for feito será com a sua permissão, e se algo não estiver te agradando é só usar a palavra de segurança, que será escolhida se você aceitar ser minha submissa. E eu não sigo nenhum manual de regras de dominação e submissão, eu mesmo faço as minhas próprias regras. Mas a única coisa que exijo é que minha submissa me respeite, senão será punida. E não se esqueça que nunca será obrigada a fazer nada, muito menos a força. Lembre- se que você sempre estará em segurança comigo, porque eu te amo muito, e nessa relação você terá seus limites e irei respeitá- los. E não sei se lembra, mas já iniciei algumas práticas com você, meu amor, e percebi que isso te agradou muito, pois eu notei sua intimidade pingar de tanta excitação. Então,  resumindo um pouco o que pretendo na nossa nova relação:

   * Você não precisará assinar nenhum contrato, como já somos bem íntimos, praticamente marido e mulher, não será necessário;

   * As regras das práticas sadomasoquistas serão estipuladas por mim, não sigo nenhum manual à risca;

   * Nunca será forçada a nada, somente farei com você o que me permitir, e se mesmo assim não estiver apreciando é só usar sua palavra de segurança, que será escolhida por você mesma, que cessarei imediatamente o que eu estiver fazendo;

   * Você irá se referir a mim como Senhor ou Dom, nunca pelo meu nome, ou meu amor, será vetado qualquer apelido carinhoso. E eu te chamarei por submissa ou sub, escrava, cadela, ou qualquer outro nome pejorativo;

   * Não sou adepto, em minhas práticas,  de utilizar objetos para causar dor e sofrimento, como por exemplo: chicotes, cordas, algemas, mordaças, etc. Prefiro usar minhas mãos, boca, pênis e até os pés para infligir algum tipo de dor, claro que com sua permissão. Isso não quer dizer que nunca utilizarei tais objetos citados acima nas minhas punições, posso mudar de idéia a qualquer momento.

   - Então meu amor, essas são as condições para que eu te aceite de volta, me desculpe se estou sendo muito implacável, mas como você não confiou em mim quero te punir de alguma maneira, nesse momento preciso ter total controle sobre o nosso relacionamento, sou um homem dominador e isso é muito prazeroso para mim. Mas não quer dizer que para sempre todas as nossas relações sexuais serão dessa maneira, mas por enquanto sim. Infelizmente sinto que preciso castigá- la por não acreditar na minha fidelidade e no meu amor por você. Ah, e mais uma regra a ser seguida, que eu estava esquecendo de mencionar: você será privada de ter orgasmos comigo, enquanto nós estivermos fazendo sexo será impedida de gozar, por enquanto não vou te proporcionar esse prazer, e como conheço muito bem o seu corpo,  quando eu sentir que seu êxtase está se aproximando, irei interrompê- lo bruscamente, e sei muito bem como realizar. E tem mais, você não poderá me beijar na boca, e não receberá mais carinhos de mim, isso quer dizer que não estaremos mais fazendo amor e sim um sexo selvagem e animalesco. Com o tempo posso te explicar mais algumas coisas, mas acredito que o principal já foi falado. Claudia, quero saber agora de você, se aceita essas novas regras em nosso relacionamento? Essas são as minhas condições para que sejamos um casal novamente. Então, você aceita, sim ou não?

Quando o amor surpreende ( em pausa )Onde histórias criam vida. Descubra agora