Quero-te.
Porém, não muito
pois me sufoco facilmente
com tantas palavras ditas.
E por mais que teu amor seja gratuito
e entregue ardentemente,
ainda preferirei as sensações implícitas, subscritas e não restritas.
– 19/02/2019.
Tu és direto. Naquilo que pensas. No que ages. Mas não no que sentes. Fica receoso e maquia tal fato com mais razão. És vulnerável. Um tipo que nunca vi antes. És frágil no pouco, no ínfimo, no quase imperceptível. Tu gostas do grandioso, dos pensamentos liberais, do lado mais belo do ser humano. A grandeza de ser pequeno e não saber o quão pequeno és. Quero protegê-lo. Mas não do mundo. E sim, de si mesmo. És um tanto quanto destrutivo, preguiçoso. Levas a vida sem um porquê. Um motivo. Estás perdido em si mesmo e no enfadonho mundo racional. Quando achares uma razão, acharás então, a emoção. Prende-se a um passado não tão distante, agradável, confortável. Porém, isso é uma casca. E o que haverá por debaixo dela? Um ser louco para viver. Não por si. Não por todos. Mas por um porquê.
-22/03/2019.
As paixões cegam os homens. Tornam a visão irreal, imaginária.
Imagens boas, bonitas, confortáveis. Um homem apaixonado
não tem medo de morrer, pois é obstinado com a visão que
surge diante dele. Não há nada mais libertário do que uma paixão
ainda consciente. Tu tens pleno conhecimento e a imagem irá
absorvê-lo por completo. Ainda assim, mergulhas nela por pura
e simples escolha.
A escuridão é uma cama agora. Quente. Igual à paixão a qual o
aquece por dentro.
- 27/03/2019.
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As flores às vezes murcham
PoesíaAs flores, às vezes, simplesmente murcham e tudo bem. Pode ser porque tenham ficado sob sol forte ou sem água, mas depois de um tempo sob as condições certas, elas ganham uma nova perspectiva e afloram mais bonitas. Convido o meu caro leitor a flori...