Se eu pudesse dormir,
escolheria fazê-lo para sempre.
Há muito tempo reprimi
a vontade de seguir em frente.
Não há mais lágrimas,
nem tristeza ou lástimas.
Sou abraçada pela solidão,
ela me faz de coberta.
Permaneço numa eterna reflexão:
a Morte agora é certa.
-06/03/2021.
A vida se esvaiu de seu corpo.
Tu agora deita teu dorso,
no chão frio de agosto.
O lugar não é propício,
lá se foram todos os nossos vícios.
Perdão, me perdi em meus suplícios.
Escuto o choro gritante,
e o silêncio vibrante.
A escuridão do vazio é como adoçante.
O café está embebido
e o meu corpo, adoecido.
Teu rosto, envelhecido.
Não sinto mais o calor,
pois no meu ser já não há mais amor.
Meu eterno beija-flor,
serei comtemplada por tua eternidade
enquanto neste poema escrevo apenas veracidades.
-17/03/2021.
O Tempo corrói,
ao mesmo tempo que me constrói.
Aceitar a tua partida
é também lidar com a mágoa contida.
Choro por não poder te falar,
me calo por não poder lhe escutar.
-sem data.
VOCÊ ESTÁ LENDO
As flores às vezes murcham
PoetryAs flores, às vezes, simplesmente murcham e tudo bem. Pode ser porque tenham ficado sob sol forte ou sem água, mas depois de um tempo sob as condições certas, elas ganham uma nova perspectiva e afloram mais bonitas. Convido o meu caro leitor a flori...