prólogo

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Meu coração disparou e eu não parei de mexer os dedos quando estava próxima.

Próxima de explodir em milhões e milhões de pedacinhos de prazer.

Conforme minha respiração ficava mais acelerada, aumentava o ritmo dos meus dedos e continuei com os olhos colados na tela do meu celular, assistindo o vídeo que rolava.

Apesar de estar focado no que fazia, minha atenção estava na porta fechada do meu quarto e no medo de ser pega no ato.

Quando explodi, soltei lentamente o ar preso nos meus pulmões pela boca, tentando acalmar tudo dentro de mim.

Mas era inútil.

Quanto mais eu tentava controlar, mais minha respiração acelerava e meus batimentos aumentava. Meu coração apertou e eu retirei a mão da calcinha, apertado os dedos úmidos e me deitando de lado.

Respirei no travesseiro e fechei os olhos com força, sentindo aquela pressão no peito. Era como se uma bigorna estivesse sobre aquela área.

Desliguei o celular e senti nojo.

Era a primeira vez que acontecia.

Primeira vez que eu chorava depois de aliviar meu vicio.

O nojo aumentou e eu fechei os olhos, tampando a boca com as mãos quando um soluço baixo saiu de mim e meus olhos transbordaram lágrimas.

E eu fiquei lá.

Chorando e chorando até que dormisse.

Sentindo nojo de mim e de tudo que me tornei.

Before the StormOnde histórias criam vida. Descubra agora