Capítulo 12 - I'M NOT READY TO DIE

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Esta é a minha música de luta
Música de recuperar a minha vida
Música de provar que estou bem
(Fight son)

Tradução: Não estou pronto para morrer

Christopher

Desde o momento que eu saí do acampamento eu não consigo simplesmente esquecer o rosto de Dulce enquanto acenava um tchau pra mim, é como se uma parte de mim tivesse ficado lá, não sei explicar. Há muito tempo alguém não me fazia sentir tão bem como foi estar abraçado a ela, nem com Cláudia me senti assim nos últimos tempos. No começo, quando conheci Cláudia, eu me apaixonei por ela, mas o maior motivo por termos casado foi a gravidez de Alexandra, a batizamos com esse nome em homenagem a minha mãe. Eu queria que ela tivesse uma família, Cláudia era uma boa pessoa e eu sabia que poderia ter uma boa vida ao seu lado. Mas nunca existiu mais do que isso, a paixão avassaladora passou e com o tempo as coisas foram virando rotina, costume, para no final não sermos mais nada, nem amigos. Éramos apenas os pais das nossas filhas, mas mesmo assim eu quis estar até o final do seu lado, porque no dia que nós casamos eu fiz uma promessa, na saúde e na doença. Cláudia merecia que eu estivesse lá, como ela esteve sempre.
Agora, apareceu Dulce, e fica martelando em meu pensamento, mas eu sei que não posso e não devo pensar nessas coisas, não quando minhas filhas precisam de mim. Eu tenho que seguir meu caminho e ela seguirá o dela, talvez nunca mais a veja de novo.
Acho que já fazem duas horas que eu estou na estrada,e um segundo que me distrai olhando o mapa, atropelei alguma coisa. Freie, com tudo, fazendo o carro deslizar na pista e por fim parar. Peguei meu machado e desci do carro devagar. Avistei um corpo, receoso, caminhei devagar até ele. O mesmo estava com o rosto para baixo, não dava para ver se era um vivo ou um Walker. Devagar, aproximei minha mão para virá-lo, quando o mesmo se virou tentando me morder. Perdi o equilíbrio e caí para trás. A criatura segurou minha perna e abriu a boca tentando morde-la, mas fui mais rápido e peguei machado e acertei uma, duas e três vezes em sua cabeça, até acabar de vez com ele. Me levantei depressa, recuperando o fôlego e corri para o carro. Joguei o martelo no chão do lado do passageiro, fechei a porta e dei partida o mais rápido possível. Durante o caminho, eu comecei a pensar se eu iria conseguir ou não encontrar minhas filhas, e se elas estivessem mortas ou então sendo uma desses zumbis. Eu teria coragem de fazer o mesmo com elas, como fiz com esses e até com Cláudia?
Eu tenho pensando nisso todo esse tempo, o que vou fazer se elas já não estiverem vivas, que propósito eu terei nesse mundo, que motivo eu teria para continuar sobrevivendo? E lá estava o rosto de Dulce vindo a minha mente de novo, como uma sinal, de que ela poderia ser um motivo. Eu só posso estar maluco, por causa de um abraço fantasiar que poderia ter algo com essa mulher, é claro que não, ela não me olharia dessa maneira. Continuei dirigindo até que de repente parei, e se eu chegasse a Atlanta e tivesse o abrigo e uma chance de recomeçar, eu gostaria que ela estivesse lá comigo, talvez sozinho eu não consigo chegar até lá, porque não sei o que me espera nessa cidade, mas se eu convencer Poncho e ela a vir comigo, e trazer todos que quiserem, minha chance é maior e eles também teria uma. Todos nós sairíamos ganhando. Girei o volante e dei a volta na estrada, voltando pelo mesmo caminho, passando por cima daquele zumbi que minutos atrás havia tentando me morder, eu estava decidido a voltar ao acampamento e convencê-lo a vir comigo.

{...}

Já estava escuro, quando finalmente estava chegando ao acampamento, mas o que eu não imaginava era o que já estava acontecendo lá. Eu ouvi tiros, então desci do carro depressa, tendo tempo apenas de alcançar meu machado. Eu alcancei ver Andrea com Amy no chão, seu pescoço sangrava eu deduzi que um zumbi havia atacado, já que no mesmo instante um veio na minha direção e eu atingi seu crânio no mesmo instante. Eu fiquei ali, perto de Andrea para tratar de impedir que algum desses walkers tentasse atacá-la. Meus olhos procuravam por Dulce e finalmente encontrei, ela estava ao lado de Daryl e Maite, consegui respirar aliviado, ela estava viva. Ela não viu que eu estava ali, ela estava ocupada tentando ver caso alguém tentasse atacá-la. Eu vi Alfonso proteger sua esposa e filho, acertando com dois tiros, dois zumbis que tentaram atacá-los. Glenn estava junto a Dale, mas eu vi outros do acampamento não ter a mesma sorte de conseguir se defender. Aquela noite não estava sendo fácil, mas eu não estava pronto para morrer.

E aqui vemos Christopher voltando ao acampamento e Dulce realmente mexendo com seus pensamentos. E aí será que vai demorar para esses dois perceberam que se gostam?

Believer - 𝑽𝒐𝒏𝒅𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora