Capítulo 63 - ATTACK

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Quando todos os seus sonhos fracassam
E aqueles que aclamamos
São os piores de todos
E o sangue para de correr
(Demons)

Tradução: Ataque

Dulce

Eu abri os olhos e eu estava deitada no peito desnudo de Chris, após uma maravilhosa noite de amor. Esperança ainda dormia, isso era bom, eu poderia continuar ali, confortável. Foi então que ouvi o barulho da porta da cela abrir, me virei para ver quem era e vi Maite me chamando com a mão, parecendo bem nervosa. Como eu estava vestida, me levantei depressa e a encontrei fora da minha cela.
- O que foi? Sabia que eu estava aproveitando - revirei os olhos
- Dul, eu não sei o que fazer - ela parecia nervosa - ontem eu e a Tara brigamos porque...bem não vem ao caso. O problema é que ela saiu para fora da prisão e não voltou desde ontem
- Como assim? Mai será que não está exagerando?
- Dul, isso foi ontem final da tarde, ela passou a noite do lado de fora porque a procurei e hoje ela ainda não voltou. Eu sinto que algo aconteceu - eu vi seus olhos marejados
- Calma, calma - segurei suas mãos - vamos te ajudar. Vou chamar o Chris e os outros
- Tá bom, vou falar com Daryl e Andrea - ela saiu correndo dali

Eu queria pensar que Tara estava apenas chateada com Maite e havia saído para espairecer e que acabou perdendo a noção do tempo, e não que tenha acontecido algo sério. Voltei para a cela e tentando não fazer barulho, acordei Chris e expliquei o que estava acontecendo. Na mesma hora ele se propôs a ajudar a procurá-la. É claro que eu não ficaria para trás, pedi a Any que ficasse com Esperança. Estávamos do lado de fora, prontos para começar a busca, Maggie apareceu aflita dizendo que seu pai também havia desaparecido enquanto Tyreese disse o mesmo sobre sua irmã Sasha. Aquilo não estava me trazendo boa sensação, não seria coincidência os três desaparecem assim, algo havia acontecido. De repente vimos de longe um carro tanque derrubar a grade e passando por cima dos zumbis todos. Estamos sendo atacados? Pelo jeito sim, porque havia várias pessoas armadas, mas o pior viria no momento que eu vi quem descia de um dos carros. Era ele, um maldito conhecido nosso: O governador

{...}

Christopher

Assim que vimos o barulho do carro tanque entrando,junto com dois pequenos caminhões abertos e com várias pessoas armadas, fiz sinal para os outros pegar as armas que havíamos deixado em pontos estratégicos. Alfonso estava ao meu lado, sem entender nada direito assim como eu, até que vi o tal Governador descer de um dos carros. Em pensar que acreditei que aquele maldito teria morrido no incêndio ou do tiro, mas não, lá estava ele, colocando sua vingança em prática. Mas então veio o pior, ele estava com Hurshel, Tara e Sasha. O que esse maldito quer, com tudo isso?
Alfonso tomou a frente e caminhou devagar até mais perto do portão, ele queria resolver as coisas com uma conversa. Me aproximei logo atrás para poder ouvir a conversa. O governador dizia que se aceitassemos o acordo de sair da prisão e deixar o lugar para eles, todos ficariam vivos.
- Você não tem o direito de vir aqui e querer tomar algo que é nosso - disse com raiva
- Hora hora...se não é o lutador - ele riu debochado - ué porque não? Você tomou algo que é meu
- Eu não tomei nada seu - fechei meu pinho com raiva
- Calma Christopher - Alfonso tocou meu ombro
- Ué, você roubou minha mulher Dulce, achou que eu não viria cobrar?
- Ela jamais seria sua mulher - disse firme - até porque ela não é um objeto para ser de alguém. Ela está comigo porque assim escolheu
- Blá blá - ele revirou os olhos - Olha só, vocês tem duas opções: ir embora para todos ficarem vivos ou sofrer as consequências
- ELE ESTÁ MENTINDO...VAI MATAR TODOS - eu ouvi Tara gritar

E então eu vi um homem lhe dar um soco no rosto para calá-la e isso encheu meu corpo de raiva. Como podiam bater em uma mulher?

{...}

Alfonso

Eu queria resolver as coisas na conversa, mas quando Christopher se aproximou, soube que não seria do meu jeito. Até porque o Governador estava afim de mexer com nosso psicológico. Porém quando Tara levou o soco, isso descontrolou Christopher que quis ir pra cima dele, mas eu o segurei e o afastei deles. Falei em seu ouvido que precisamos pensar, não podemos agir com emoção.
- O tempo está acabando...Tic Tac - ele riu - Ir embora ou morrer?

Eu já havia planejado as coisas caso um dia fossemos sofrer um ataque, armas em pontos estratégicos, um ônibus para a fuga, todos sabiam do plano. Fiz sinal para Daryl e Glenn quem ficariam a frente disso.
- Nós iremos ir embora - fui eu que respondi - não queremos brigamos, queremos os nossos vivos
- Opa, boa escolha - ele disse olhando pra mim - tudo bem então, vou liberar seus amigos

Eu respirei aliviado quando ele disse isso, olhei para Chris com esperança nos olhos, havia dado certo então. Eu já estava pronto para dar as costas e voltar para o lado dos outros, para esperar ele soltar nossos amigos, quando escutei algo de dar calafrio.
Droga! Acho que ela tinha razão. A sua resposta não ia mudar minha decisão. Eu quero vingança, então…

Ele entao fez sinal para o homem que segurava Hurshel. O mesmo estava com um facão e cortou o pescoço do nosso amigo, até a cabeça sair em sua mão. Eu tampei a boca com a dor que eu senti ao ver aquilo. Christopher então agiu pela emoção, sacou sua arma e atirou na cabeça do cara. E então os tiros começaram,eu senti o ardor da bala que atingiu meu braço, antes que eu pudesse esconder atrás de um carro nosso que estava perto. Aquele era o início da nossa ruína.

Eu sei que por essa ninguém esperava, mas aí está, o Governador quer vingança.

Believer - 𝑽𝒐𝒏𝒅𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora