Capítulo 35 - THIS IS LOVE

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Amando e lutando, acusando, negando
Não consigo imaginar um mundo em que você se foi
A alegria e o caos
Os demônios de que somos feitos
Eu estaria tão perdido se você me deixasse sozinho
(Hold on)

Tradução: Isso é amor

Christopher

O cara que estava lá fora atirando em nós, pareceu desistir e entrar no carro, dando partida dali. Era a nossa chance para sair logo dali. Eu não estava sentindo nada até Hurshel se aproximou com um pano para estacar o sangue. Ele olhou o ferimento e disse que para minha sorte havia sido de raspão e que assim que chegássemos a fazenda ele iria cuidar disso. Quem estava péssimo era Glenn, havia levado uma bela surra, seu rosto sangrava, e seu corpo devia estar doendo já que ele estava com dificuldade para andar. Eu me aproximei e passei seu braço pelo meu pescoço, ele fez menção de recusar mas eu não lhe dei essa chance. Saímos os quatro de dentro do bar e entramos no nosso carro. Seguimos de volta para a fazenda, e eu não via a hora de chegar e poder abraçar Dulce, eu sabia que quando estivesse em seus braços me sentiria muito melhor. Quase uma hora e chegamos, Alfonso ajudou Glenn a descer enquanto eu já saí indo em direção a casa, entrei chamando por Dulce, mas o que recebi foi uma Andrea preocupada, ela e Anahi havia desaparecido e não sabia onde estavam. Maggie ficou feliz de ver o pai e o abraçou forte, mas quando Glenn apareceu, todo seu alívio passou. Ela correu para ajudá-lo, dava para verbo quanto ela estava preocupada e isso só me fazia ter certeza que os sentimentos dela por ele eram verdadeiros. Senti uma pontada de inveja, porque queria que Dulce estivesse ali, me abraçando e se preocupando comigo, mas ao invés disso, eu precisava encontrá-la. Se algo tiver acontecido com ela, não sei o que vou fazer. Não consigo mais me imaginar sem essa mulher.

{...}

Dulce

Eu tentava tirar o cinto mas ele parecia ter travado logo agora, procurei pela minha faca e percebi que estava sem ela. Droga, o que eu tinha na cabeça de ter vindo atrás de Any sem nenhuma arma? Bati e bati no feixe do cinto até que consegui me soltar e abri a porta. Fui pelo lado contrário que Anahi estava já que o zumbi estava quase chegando nela. A porta estava emperrada, então quebrei o vidro da janela com o pé, o carro o carro estava de ponta cabeça e ela estava presa pelo cinto pendurada. Eu chamei, cutuquei ela, mas nada dela despertar. Chequei sua pulsação e para meu alívio ela não estava morta, mas se eu não fizesse algo rápido, o morto vivo iria ataca-la. Eu pensei rápido, sai de dentro do carro e comecei a chamar a atenção dele, enquanto procurava algo pelo chão para poder bater nele. Mas é claro que eu tinha que tropeçar e cair, batendo minhas costas no chão com tudo. Essa coisa horrenda caiu por cima de mim e a única coisa que o impedia de me morder, era meu antebraço em se pescoço, mantendo sua boca nojenta do meu rosto. Minha outra mão tateava procurando por algo para bater em sua cabeça, mas não tinha nada e eu já estava perdendo as forças de segura-lo. Respirei fundo, pronta para sentir a dor que viria a seguir, mas não fecharia os olhos, enfrentaria isso de frente. Mas então eu vi uma pedra acertar a cabeça do zumbi, que caiu para o lado. Era Anahi com a pedra na mão, que continuou a bater e a bater na cabeça do morto, mesmo depois que já estava estraçalhada. Eu me levantei com dificuldade e me aproximei dela.
-Any para - eu disse e então ela se virou pronta para jogar a pedra em mim - SOU EU, DULCE - gritei fazendo-a sair do choque que ela estava
- Dul...eu… - ela soltou a pedra vendo o que havia acabado de fazer e então começou a chorar
- Calma - fui até ela e a abracei - está tudo bem agora. Você me salvou e estamos juntas

Aos poucos ela foi se acalmando e então quando me afastei dela, ela começou a reclamar de dor no braço, quando toquei para mexer, ela chorou de dor e constatei que ela deveria ter tirado do lugar, mas ali não era o melhor lugar para mexer nele. Pedi que ela mantivesse o braço encostado no corpo, sem mexe-lo e então fomos para o carro que eu vim dirigindo. A ajudei a entrar no banco do passageiro e coloquei o cinto nela, fechei a porta e entrei no banco do motorista, partindo de volta para a fazenda. Quando chegamos, todos vieram até o carro, preocupados com a gente, mas o primeiro rosto que notei foi o de Christopher. Ele tinha finalmente voltado, estava vivo, eu não conseguia guardar minhas felicidade pra mim, eu tive que correr para seus braços. Assim que meu corpo colidiu com o dele, ele me apertou contra seu peito, ela estava sentindo o mesmo alívio que eu, estávamos bem e juntos. Eu não me esqueci de Anahi lá no carro, eu sabia que Alfonso iria cuidar dela, porque nesse exato momento o cuidado que eu precisava era esse, estar nos braços do homem que eu amo. Porque é isso que sinto por Chris, eu o amo.

Maratona 3/4

Believer - 𝑽𝒐𝒏𝒅𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora