Capítulo 21

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Liria 

Eu já não fazia mais ideia de quantos dias eu estava aqui, sério, Yan não me encostou, ele me trata super bem, e com carinho, até roupas e itens de higiene ele arrumou pra mim, tirando esses dias que o chamei de louco e ele me deu um tapa na cara, foi forte, cortou o canto dos meus lábios, então eu resolvi que era melhor eu ficar na minha, eu não queria que ele fizesse algo pior.

Eu não ando me sentindo bem, eu estou vomitando e sinto uma dor muito forte no estômago, um pouco de colica tambem, mas minha menstruação não desceu, também estando sobre todo esses estresse emocional ela não viria mesmo, não é a primeira vez que ela atrasa por conta do meu estresse, eu não tenho vontade de viver, ou de lutar, eu só sei chorar, chorar, nem a tv com Netflix que ele deixou aqui pra mim eu liguei, eu já tinha perdido a esperança de Eros estar vivo, ele não veio me ajudar , e sei que se ele tivesse bem ele viria, e quando perguntei dele a resposta do Yan foi a mesma " não sei, deve estar morto, eu torço que esteja", foi quando o chamei de louco. 

Me levanto correndo indo até o banheiro colocando tudo pra fora, eu estou sentindo muito, muito frio, e meu corpo todo dói, devo estar com febre não sei, me sinto fraca. 

Yan vem até mim, segurando meus cabelos pra que eu vomite, depois me ajuda a ficar de pé, pra que eu lave a boca, e por fim me leva até o colchão.⠀ 

— Liria eu estou preocupado, você não está nada bem, está ardendo em febre – ele diz  

— me deixa assim, eu tô bem – digo  

— eu já volto, preciso dar um jeito nessa febre sua – diz  

Ele sai do quarto, eu juro que se Deus quisesse me levar agora eu não me importava nem um pouco, eu não tenho mais motivos pra ficar aqui. 

Minutos depois ele volta, de relance vejo algumas coisas na sua mão, mais não reparo muito. 

Ele me vira de barriga pra cima, pega um termômetro colocando embaixo do meu braço, quando apita ele olha assustado — você está ardendo em febre  

Ele pega um remédio me entregando, o mesmo junto com um copo de água, eu me levanto um pouco bebendo o mesmo. 

— Liria se até a noite sua febre não abaixar vamos ter que ir pro hospital, eu não vou te deixar assim – ele diz e eu concordo — vem vamos pro chuveiro  

— eu consigo sozinha – protesto  

— Liria vamos com essa roupa mesmo – explica  

Ele me ajuda a levantar e ir pro chuveiro, a água está meio frio, mais eu entendo que com a febre do jeito que está, é melhor assim. 

Depois de um tempo ele me enrola na toalha, e sai do quarto, a proveito pra trocar de roupa, com muita dificuldade e depois me deito. 

Ele volta um tempo depois e se senta no chão ao lado do meu colchão — eu vou ficar aqui até sua febre abaixar. 

Eu só concordo, me sinto sonolenta então fecho meus olhos.

[...]

Eros

Estávamos enfurnados no meu escritório, com várias caixas de coisas que trouxemos da casa do Yan.

Eu, Ava, Henry, Nico e o delegado estávamos a todo vapor olhando tudo afim de encontrar qualquer pista que levasse ao paradeiro da Liria, qualquer coisa que nós desse uma pista pra seguir.

Eu estava puto, de não achar nada, eu sentia um aperto no peito, cada vez mais desesperado pra achá-la.

— acho que achei algo – Ava diz enquanto encara um papel

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