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As pessoas mais velhas da minha cidade vivem dizendo que criaturas como híbridos existem. Eu nunca acreditei nessas coisas... Bom, um pouquinho só, mas eu nunca iria ver um, eu acho.
Estava chovendo bastante naquele dia, e eu fui jogar o lixo fora, quando eu volto, Gin, meu cachorro, vem correndo até mim e pula no meu colo.
- O que foi, Gin? - o olho, confuso, ele não costuma ser assim
Ele olhava meio assustado para a varanda, e olhando bem... Tinha alguém lá. Eu pego meu celular e estava prestes a ligar para a polícia quando noto orelhas... E um rabo?!
- Só pode estar de brincadeira com a minha cara - seguro o guarda chuva que estava na minha mão com força e vou para perto a porta de vidro, que era única coisas que nos separava - Gin... É um rabo de verdade - sussurro - Está até de mexendo
- Eu sou de verdade, coisinho - ele se vira, e eu me assusto - eu sou um híbrido, olha - ele puxa um pouco suas orelhas - Agora me deixa entrar?
- Por que eu deixaria? - franzi o cenho
- Porque... Bom, não tem um porque, eu só quero entrar está chovendo, e frio
- Você só pode estar de brincadeira comigo, né? Oh, senhor cat noir, você é um estranho que está na minha varanda e ainda quer entrar na minha casa?!
- Cat noir? Quem é ele? - faz uma cara confusa
- Não interessa, agora sai da minha varanda e procura outro pra incomodar
- Ei, qual é! Vai me deixar aqui... Nesse frio? - ele tenta se fazer de fofo mas estava mais pra querer me fazer vomitar
- Vou. Agora sai da minha varanda - fecho a cortina, e volto para a minha vida norma - Vê se pode, que cara mais esquisito
- Vamos lá, coisinho! Me deixa entrar, está frio! - ele começa a bater na porta
Eu só ignoro, e vou tomar banho.
Uns minutos se passaram e eu já tinha tomado banho, trocado de roupas e ele está estava lá... Batendo na porta, tirando a minha paciência.
- Senhor Cat noir, da para ficar quieto?! Eu estou tentando ver TV! - grito e ele começa a bater mais ainda - Eu posso me arrepender do que eu vou fazer... Mas eu já estou ficando puto - me levanto sem paciência do sofá, abro a porta de vidro, e o cat noir cai no chão, ele estava tremendo um pouco - Levanta, vou pegar água quente pra você - fecho a porta, jogo a coberta que usava em cima dele, e vou para a cozinha
Espero a água ferver por alguns minutos, e logo desligo a colocando em uma caneca, volto para sala e vejo o senhor cat noir sentado no tapete.
- Aqui - me sento no sofá, dando a caneca para ele
