10

155 10 11
                                    

Day on

Sabe quando paramos para refletir sobre tudo que vivemos e projetar novos sonhos?

Quando olhamos para o passado, e vemos todas as conquistas e sonhos que se frustraram?

Pensar em quem os outros gostariam que fôssemos... Mas no final, mostrar para os demais que não somos nada disso.

Somos únicos... Inimagináveis.

Não precisamos ser o fruto de planejamentos por terceiros.

Nem nos abrigar ao medo de se frustar.

Apenas, devemos deixar fluir.

Quando nos permitimos sentir e viver tudo que a vida tem a nos oferecer.
Percebermos que as coisas são mais fáceis.
A complexidade vem da nossa essência confusa.
Se permitir entregar-se as novas experiências acaba se tornando uma forma pura de liberdade.

Libertamos o nosso bem mais precioso.
Aprendemos a viver.
Viver a vida.
Apenas por viver.

A dor.
Ela se torna passageira, como todos os problemas que nos sercam.

Para tudo se ah uma solução.

As vezes, precisamos observar ao longe.

Foi assim que passei esses meses antes de tomar minha decisão.

As coisas vão melhorar, não sei quando.
Nem como.

Mais percebi se continuar vivendo no medo, vivendo numa possível tragédia.

Me perderia nesses pensamentos.

E então, após minha decisão.
Que apenas a mim, pertencia.

Olhei Carol no fundo de suas íris e as proferir.

Dessa vez, escolhi por mim mesma, ser inconsequente.

Não pensei muito nas consequências de minha decisão, ela foi tomada pela intuição.

Que por sinal, me deixou mais tranquila.

Carol.

Ela me apoiou, não me questionou uma única vez.
Nem quando os médicos insistiram em questionar minha decisão.

No final, não iria importa o quanto eles tentassem.

Nada iria mudar.

E agora estamos aqui.

Me preparando para entrar na sala de paredes brancas e luzes fortes.

Carol ficará ao meu lado o tempo que fosse necessário.

E isso me deixa radiante.

Não me permito sentir medo.

Esse sentimento não combina com o nosso momento de agora.

Saimos da sala.

A maca era empurrada pelo corretor.

Meus pais antes de serem barrados se despediram de mim.

E como o afeto de ambos me acalmou.

Estávamos em paz...

Portas foram empurradas, a maca saiu de cena.

Deitaram meu corpo em uma mesa cirúrgica.

Carol se aproximou, beijou meu rosto e logo após, se retirou.

Eu olhava para cima.

Escutava a voz da anestesista se distanciando a medida que os medicamentos faziam seu trabalho.

Meu corpo relaxou...

Meus olhos.

Eles foram pesando as poucos...

E por final, a escuridão...

.

.

.

.

.

.

Fim...



Nosso Bebê...Onde histórias criam vida. Descubra agora