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Aviso:
Fiz esse capítulo com Cólica e TPM então, vocês que lutem para lidar.
Obrigada pelo atenção e boa leitura.


Carol on

Após aquela trágica noite, saí de meu apartamento totalmente desorientada.

Não consigo acreditar que ela teve a capacidade de fazer uma loucura dessas... Puta que pariu Dayane!

De tudo que você poderia fazer, de tudo mesmo, você teve a capacidade de fazer logo isso.

Um filho, o "nosso filho", como ela mesmo declarou.

Essa criança é tudo menos minha, não consigo aceitar isso, o "nosso"...meu filho, está a quatro palmos abaixo do solo.

Essa dor e culpa vou carregar pelo resto da minha vida, e ela não tinha o direito de querer preencher esse espaço.

E o pior de tudo foi a ousadia dela, ela fez essa criança sem o meu consentimento como se a minha opinião e querer não importassem.

Francamente, nunca achei que pudesse me decepcionar tanto assim com alguém.

Principalmente por esse alguém, ser a porra da mulher que eu mais amo nessa porra de mundo...

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Preciso admitir que mesmo estando morrendo de raiva dela ainda me sinto cruelmente culpada.

Depois que a raiva passou e o sangue esfriou percebi a merda que tinha feito.

No outro dia quando ela foi me procurar e eu neguei sua presença, eu não estava com raiva dela.

Na verdade acho que nunca estive...

A verdade é, eu estava ainda estou fortemente arrependida e com um enorme nojo de mim mesma.

Usei a madrugada para refletir melhor nas minhas ações e percebi, que ambas estávamos erradas porém os meus erros prevaleciam pois, em todos esse anos ela nunca, em hipótese alguma levantou a mão contra mim...

E meu deus!

Eu fui um total escrota!

Ela tá grávida! Eu bati na minha mulher grávida!

Eu a machuquei tanto por dentro quanto por fora... Machuquei ela e o nosso bebê...

Ele que não tem culpa de nada, nem das minhas ações muito menos das da mãe dele...

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1 semana depois...

Após uma semana ainda não consegui encarar Day.

Agora minha vida se resumia em fugir dela com um rato.

E por alguma razão desconhecida ela parecia não querer desistir.

Como ela consegue?

Como é que ela consegue ainda me querer?

Mesmo depois de tudo que fiz?

Eu sinceramente não sei e nem consigo entender, o que se passa dentro daquela cabecinha.

Todas as tentativas dela foram negadas.

Um dia desses me surpreendi, até cartas ela enviou.

E mais uma vez não recebeu nenhuma resposta, apenas o meu silêncio.

Será que ela não consegue entender? Eu não quero vê-la, pelo menos não agora.

Primeiro tenho que me perdoar para poder embarcar de vez na jornada do seu perdão.

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