Interrogatório

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O sol batia na janela do quarto branco em que Emi dormia a fazendo acorda com o brilho e com a luz solar em seu rosto, ela se sentiu leve depois de ter conseguido dormir a noite e não ter tido nenhum pesadelo, que parecia mais uma tortura psicológica. Ela se sentiu renovada depois de dormir tão bem. Ao olhar para o lado ela ver uma bandeja com comida em cima da mesinha e no momento seguinte depois de pega-la e coloca-la em seu colo para se alimentar a porta é aberta pelo médico que a consultava no dia anterior. Ele carregava uma prancheta de anotações, que provavelmente era as informações de Emi sobre seu estado, e até mesmo exames de sangue.

- Então, Sra. Tanaka, estou vendo que melhorou bastante nas últimas horas e isso é muito bom. Continue tomando os remédios de maneira certa e você ficará boa logo, se você fizer uma refeição correta, logo você poderá da uma volta pela vila!

O médico falou encarando a prancheta analisando, a notícia de que o conselho e o Kazegake tinham permitido que uma estranha ficasse na vila se espalhou rapidamente, deixando todo mundo alerta. Talvez seja um exagero toda essa comoção, mas não custa nada prevenir.

- Porém só poderá sair com alguém para observa-la, pois como disse seu estado atual não está 100% bom, e caso de você ter uma recaída vai ter alguém de olho para lhe socorrer. - Continuou - Vou deixar você tomar café da manhã agora, até logo!

- Muito obrigada!

O médico balança a cabeça como maneira de dizer "de nada" e logo em seguida sai do quarto pensativo sobre sua paciente.

Alguns minutos após terminar de comer, Emi recebe novamente a visita dos três irmãos ( Temari, Kankuro e o Kazegake), provavelmente procurando mais informações sobre ela.

- Bom dia!- Ela disse sorrindo ao ver os três.

- Bom dia!- Respondeu os três juntos.

- O médico falou que você está melhor. - Afirmou Temari de braços cruzados.- Então agora podemos fazer um interrogatório.

Emi apenas concordou fazendo um movimento com a cabeça. De início se sentiu um pouco mal por ter que contar a eles sobre o que estava acontecendo com sua família por se sentir culpada, mas ao dá de cara com aqueles olhos verdes seu coração bateu mais forte e a lembrança da noite passada veio a cabeça fazendo assim suas bochechas ficarem vermelhas, aquecendo seu coração ao mesmo tempo.

- Qual é o seu objetivo ao vir aqui?- Perguntou Kankuro analisando a expressão da loira
sentada na típica cama de hospital.

- Eu vim aqui em buscar de ajuda para salvar minha família, que foi raptada por criminosos desconhecidos. - Respondeu mostrando sinceridade e seriedade.

- Por que sua família foi raptada?- Agora quem fez a pergunta foi Temari ao fazer um movimento de cabeça.

- E-eu não sei exatamente, foi tudo tão rápido quando eles apareceram e invadiram nosso acampamento.

Emi lembrou então do que seus pais disseram antes de serem levados pelos criminosos e isso fez ela apertar o punho, sua postura estava reta mostrando tensão. Gaara só olhava atentamente as reações as perguntas tentando decifrar Emi- O que se passava na cabeça dela naquele momento?!- se perguntava.

- Acampamento?!- Perguntou Kankuro e Temari juntos.

- Sim, minha família é formada por pesquisadores, uma das razões por não estarmos acostumados a lutar. Desde que nasci estávamos sempre viajando por aí em buscar de ervas medicinais para fazermos testes ou até mesmo vender. E desde pequenos somos treinados para pesquisar sobre ervas e medicina.

- Vocês não estão acostumados a lutar?- Perguntou Temari intrigada.

- Onde moramos não tem um sistema ninja, muitas vezes a gente contratava ninjas para nos acompanhar em uma missão de pesquisa que considerávamos perigosa. Vivíamos sempre nos movimentando de vila para vila em busca de novas ervas para criarmos novos remédios, e claro nós temos um documento que confirmar nossa identificação.

- Você tem esse documento? - Gaara perguntou. A voz rouca pegou ela de surpresa, pois estava calado até certo momento.

- Não! Não tive tempo de pensar em nada quando começaram a atacar, só pensava em tentar ajudar.

- Certo! Você quer dizer então que é uma médica pesquisadora, que não sabe lutar?- Kankuro perguntou, mas estava mais para uma afirmação.

Emi concordo com um movimento de cabeça.

- Isso explica o fato de que ela não morreu mesmo ferida ao vir para cá sem suprimentos. - Temari disse chegando a uma conclusão.

- Vocês estavam acompanhados por ninjas quando sua família foi atacada? - Perguntou Gaara com a expressão seria e mente pensativa.

Emi recordou do sentimento de traição.

- Sim, mas era uma armadilha, eles estavam do lado dos criminosos que raptaram minha família. - Ela também lembrou de alguns acontecimentos daquele dia triste, o que a deixou com raiva.

- Vocês estavam levando algum medicamento ou experimento importante? - Kankuro perguntou.

- Não. Estávamos pesquisando uma maneira mais eficiente de curar as pessoas. Só isso, a não ser que meus pais não contaram o real motivo da nossa viajem.

- Isso é bastante estranho! Eles não atacariam sem motivo especifico- Kankuro comentou pensativo.

- Também disse a mesma coisa quando estava vindo para cá. - Emi comentou.

Gaara olhou para Temari de uma forma questionadora, perguntando-se se a ação dos criminosos tinha algo haver com o chakra de Emi. E isso de certa forma explicaria grande parte dos acontecimentos drásticos em sua vida. Parecia que ela não estava ciente de que carregava um grande poder.

- Talvez eles estivessem atrás de você!- Kankuro disse sem se tocar no que falava.

Emi, que estava prestando atenção nas feições que as pessoas na sua frente faziam, se chocou com aquele comentário. Ela já pensava sobre isso mesmo assim, e era claro que os inimigos que raptaram sua família a estavam perseguindo, mas não tinha certeza, e ouvir Kankuro é como se esse fato estivesse confirmado.

- Você tem o chakra da biju de nove caldas, a Kurama. - Gaara falou. - Ninguém nunca te falou algo sobre isso?

Ela olhou para o chão ao lembrar que se descontrolou no dia anterior e que não tinha como esconder nada sobre seu chakra. Um pouco confusa com o que eles diziam sobre o chakra ser igual o do nove caldas.

- Meus pais dizem que é uma mutação genética que trás muitos benefícios. Não tem nada a ver com o chakra da biju. - Ela disse tentando juntar as peças.

Temari, Gaara e Kankuro se olham dividindo o mesmo pensamento questionável.

- Uma mutação genética?- Perguntou os três no mesmo instante.

O destino de EmiOnde histórias criam vida. Descubra agora