Capítulo Três

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|O condultor|

|O condultor|

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NAQUELA MESMA NOITE EM QUE ISIS E KAZ HAVIAM ENCONTRADO PEKKA ROLLINS, Kaz descobriu quem poderia fazer o grupo passar pela dobra, mas, algo havia mudado Kaz não poderia e não queria deixar Isis ir, não poderia deixar a garota se machucar novamente.

Enquanto Isis procurava alguma coisa para dor insistente na sua testa, Inej recebia a preposta de Ellin para tirar uma vida, matar alguém, Isis sabia como era essa dor, tirar uma vida, a primeira era a mais difícil, todos seus pensamentos voltavam para a noite em que ela chorou pelo desconhecido que acidentalmente tirou a vida, Inej não, Inej passou por milhares de coisas mas nunca matou.

- Jesper. - Inej chamou enquanto ele fazia movimentos com a sua arma em frente a um espelho.

- Meu deus! Como você faz isso? - Perguntou ele se referindo a aparecer e desaparecer em segundos.

- Preciso da sua ajuda. - Inej suspirou enquanto falava.

- Claro, amor. - Jesper falou guardando a arma no coldre.

- Preciso que mate alguém para mim. - A face de Inej mostrava a preocupação e o medo.

- O que? Por que eu? - Ele perguntou. - Você tem mais facas do que eu tenho dentes.

- Você sabe o porquê. - Inej fitou o chão.

- Eu sei, mas porque me fazer matar é diferente de você matar? - Jesper encarou Inej.

- Vai me ajudar ou não? - A garota perguntou.

- Como eu disse, é claro que sim, mas- - Antes que Jesper pudesse terminar sua fala Kaz interrompeu chamando seu nome.

- Jesper! - Chamou Kaz. - Serviço novo. - Jesper encarou onde Inej estava e só restava as sombras. - Vamos lá!

Jesper fitou todo o lugar a procura de Inej, quando não achou juntou as sombrancelhas, sussurrou algo incompreensível e seguiu Kaz.

- É sério, - Começou Jesper enquanto seguia Kaz pela rua escura e estreita. - precisamos de um demolidor.

- Ainda está nessa? - Perguntou Kaz cansado das falas de Jesper.

- Eu só sugeri isso uma vez, agora. - Argumentou Jesper.

- Jesper, você quer um especialista em explosivos toda vez. - Lembrou Kaz.

- É porque não quero que aponte para mim e diga; explode alguma coisa. - Explicou Jesper. - Jesper não tem esse talento, meus tiros tem estilo, eu sou bonitão e pode usar um dos meus pontos fortes.

- Alina Starkov vai ficar no Pequeno Palácio, - Contou Kaz. - entrar no Pequeno Palácio exige muito silêncio, explodir alguma coisa estragaria o plano.

- Então vamos levar a Isis e a Inej. - Ao ouvir o nome de Isis Kaz encarou Jesper. - Isis é boa, sabe, o lance das flechas. Ei espera! - Jesper agarrou o antebraço de Kaz. - Esse é o território do Pekka.

- A Ellin sabe que preciso da Inej, então vai pedir um dinheiro que eu não tenho se eu for lá. - Explicou Kaz.

- Que maldade. - murmurou Jesper encarando o estabelecimento. - E como sabe disso?

- É o que eu faria, - Kaz encarou o Jesper. - além disso, Inej se recusa a matar e Isis não mata mais, confiaria nelas em uma questão de vida ou morte?

- Bom, confiei nelas até agora e estou vivo, - Jesper deu de ombros. - então, sim. Agora me fala porque a gente tá olhando para o clube rival?

- Para conversar com um sócio antigo. - Kaz encarou a entrada.

- Os seguranças vão te reconhecer. - Lembrou Jesper.

- Por isso que você veio, - Kaz disse. - Evite que me vejam.

- Ah, ser uma isca linda também não é um talento do Jesper. - Jesper murmurou ironicamente.

Enquanto isso, Inej cravava uma guerra contra sua mente, enquanto toda sua fé e mente dizia para não matar, seu coração que ansiava pela liberdade implorava pela morte do homem.

- Acordou? Finalmente. - Disse Inej quando viu o homem amarrado se mexer.

- Você me bateu? - O homem perguntou sem conseguir levantar.

- Eu precisava de tempo. - explicou Inej enquanto abria pastas de documentos.

- Para saquear meu apartamento? - Perguntou ele após ver as pastas na mais de Inej.

- Para achar registros das crianças que vendeu para os bordeis. - Gritou Inej.

- Eu nunca vendi contratos de escravidão. - O homem gaguejou sem forças.

- Vendeu crianças para o Rosa Branca. - Inej gritou mostrando a marca no pulso. - Pessoas como eu.

- Trabalha para a Ellin. - Ele disse. - Não, não, não, entendeu tudo errado, eu não sou do ramo sou contrabandista.

- Você rouba gente, quantas pessoas você já tirou das suas família? - Inej perguntou sentindo a raiva entrar no seu sangue.

- Eles fugiram da guerra, contrabando desertores e refugiados, por favor não. —  Ele implorou quendo Inej colocou uma faca em seu pescoço.

- Me diga quem os compra, você separa os meninos das meninas? - Inej apertou ainda mais a faca no pescoço do homem.

- Quantos anos tinha quando foi levada? - Perguntou o homem. - Quem você está procurando? Seus pais? Uma irmã? Um irmão?

- Um irmão. - Inej respondeu. - Ele tinha doze anos e eu quatorze quando quatro homens nos tiraram da carroça dos meus pais e nos separaram, eu vim para Ketterdam num navio de trabalho e não sei para o de ele foi.

- Me diga como posso te ajudar. - O homem pediu.

- Um tinha um dente de prata, o nome dele era Gregori ou Greggy. - Inej respondeu.

- Eu não sou como essa gente, eu juro. - Contou o homem. - Eu não tráfico pessoas.

- Se você não pode me dar pelo menos uma pista, pode me dar a liberdade. - Isis pressionou ainda mais a faca.

- Santa Elizabeta? - Ele perguntou. - É seguidora também? Por favor, nenhuma prece perdoa assassinos.

- Diga isso aos Santos. - Inej sussurou para ele.

- Não! - A nova voz no lugar vez Inej atirar a faca contra a porta. - Ele nós levará a Alina Starkov. A Ellin sabia, ela usou você para sabotar nossa missão.

- Não, eu fiz um acordo com ela. - Respondeu Inej.

- Isso não vale mais do que vamos ganhar com ele vivo. - Kaz respondeu calmante.

- Você prefere ele do que a minha liberdade? - Perguntou Inej.

- Você pensa que é um ou outro, mas não é. - Retrucou Kaz.

Milhares de pensamentos vieram para a mente de Inej, a garota sonhava com sua liberdade, ela ansiava para ser livre, deseja isso a todo momento, mas sua fé era maior, Inej apertou a lâmina no pescoço do homem e soltou.

Kaz ficou aliviado e caminhou até o homem. - Condultor, tenho um serviço para você, nós leve até o Pequeno Palácio.

 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐑𝐎𝐋 | 𝐊𝐀𝐙 𝐁𝐑𝐄𝐊𝐊𝐄𝐑 [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora