Capítulo Seis

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|Pela minha família|

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APÓS HORAS DE UM SERMÃO DE KAZ DO QUAL ISIS NÃO PRECISAVA OUVIR, todos voltaram para o bar, Isis parecia ter saído de uma conversa exaustiva e extremamente longa com seu pai, mas a  garota nem tinha um pai, foi somente Kaz que passou horas dizendo para ela que a impulsividade dela novamente colocou todo o grupo em risco.

— Tem algum plano na manga, senhor Brekker? — Isis murmurou ironizando a mesma pergunta foi respondida pelo olhar torto e ofensivo vindo de Kaz.

— Olha, — Começou Jesper. — Kribirsk não é tão ruim, podemos abrir um bar, fazer cervejas e vende-las para o povo do oeste.

— Cala boca, Jesper. — Inej e Kaz murmuraram juntos.

— Olha, ele não está errado. — Isis comentou. — Podemos roubar dos velhos e dividirmos entre nós, parece até coisa dos anjos. — Inej lançou um olhar ofendido para Isis após ela insinuar que os anjos roubariam algo.

— Que saudade do Milo. — Jesper disse colocando o copo na boca e recebendo alguns tapinha de Isis nas costas em apoio para o garoto.

— Amigos. —  O Condultor apareceu sorrindo.

— E amigas. — Adicionou Isis levantando o copo com a bebida.

— Por que está tão animado? — Perguntou Kaz.

— Este é o Marco, — O Homem alto e barbudo acenou. — Marco é um líder de um grupo chamado Blonda Clondar Players.

— Parece nome de cachorro. — Murmurou Isis atraído os olhos de Kaz, provavelmente insultando a garota com o olhar.

— Como uma entrada, eles foram convidados para se apresentar no festival deste ano. — Explicou o Condultor.

— Esse é o sonho da minha vida. — O homem disse.

— Que sonho cafona. — Isis levantou o copo recebendo novamente os olhares tortos de Kaz.

— Mas eles perderam a estrela do show, — O Condultor contou. — Após um acidente terrível. Eles estão desesperado atrás de alguém com habilidades para substituir a estrela. — Isis encarou Inej. — E como o melhor agente de talentos de Katterdam, eu tive uma idéia. — Todos presentes encaram Inej.

— Como um amigo uma vez me disse, — Inej comentou. — se eu não der um jeito, ninguém vai para lugar nenhum. — Inej começou a tirar suas facas.

Todos observavam Inej rodar e rodar em um pano vermelho atado em alguma coisa mais acima, sinceramente, Isis não fazia ideia do que Inej fazia, apenas observava, e na nada humilde opinião de Isis, ela estava indo muito bem pois todos encaravam ela.

— Perfeito! — O homem exclamou impressionado. — Os santos devem te-la enviado, se importa de usar isso. — O homem apontou para um macacão coloridos.

inej pareceu pensar um pouco. — Claro que não! São as cores delas. — Isis e Jesper passaram as mãos pelos ombros do home. — Mas sabe o que é, Inej faz parte de um pacote, sabe?

— Ninguém viaja de graça, qual o seu talento? — O homem questionou.

Jesper soltou uma risada irônica e caminhou até o palco pegando um espelho enquanto Inej novamente subia no pano vermelho.

Jesper atirou acertando a carta que estava presa na boca de Inej fazendo todos baterem palmas,  Marco alegrou-se e abraçou Jesper.

— E qual é o seu talento, moça? — Marco disse para Isis.

— Eu gosto de roubar, — A garota Murmurou com a bebida fazendo efeito,  recebeu uma cotovelada na costela de Inej. — Digo, eu tenho uma mira boa, serve bem para roubar.

O homem pulou para trás e Isis recebeu um olhar de desaprovação de Inej que observava a cena. — Nós não precisamos de carona. — Kaz interferiu.

Isis acenou para o homem sendo puxada dali por Inej, os preparativos para o sequestro da Conjuradora do Sol estavam todo vapor, Inej conferia as facas, Jesper garantia de dizer diversas vezes o quanto ele era lindo e quanto sentia a falta de Milo, Isis amontova as flechas e Kaz pensava em milhares de planos estratégicos.

— Se importa em dizer como vamos entrar? — Isis sentou-se aí lado de Kaz.

— Você não vai. — Isis juntou as sombrancelhas após a fala calma de Kaz.

— Como assim? — Ela adoraria enfiar uma flecha na outra perna de Kaz neste exato segundo.

— Sua impulsividade já nos colocou em risco mais de uma vez.  — Ele respondeu.

— Por que não consegue confiar em mim? — Isis gritou irritada.

— Eu confio minha vida a você, mas não posso lhe dar o que quer. — Ele respondeu entre dentes quase num sussurro.

— Eu vou. — Ela reponde. — Não importa o que você ache, Jesper e Inej estão indo para um lugar cheio de grishas, cheio de pessoas que podem matar eles em segundos se perceberem quem eles são, eles são a minha família, Kaz. — Ela passou os dedos entre o cabelo. — Você é minha família.

— Você não é uma dos Corvos! — Ele respondeu severamente.

— Você tem uma ideia idiota do que são corvos, você não merece ser um corvo porque corvos não são covardes. — a garota extremamente irritada levantou-se e saiu batendo pé.

Isis caminhou por toda a extensão do lugar, pensando se havia bebido muito ou se realmente Kaz havia se tornado um idiota completo, ele se intitulava um corvo, mas ele não merecia isso, corvos jamais abandonavam os seus, jamais se tornavam covardes.

— Ei, — A voz doce de Inej chamou atenções de Isis. — não fique assim, ele está apenas preocupado, da forma dele mas mesmo assim preocupado.

— Ele parece um babaca. — Isis Murmurou.

— Ele se importa com você.  — Inej acrescentou. — Olhe para você, você tem um futuro muito maior do que ficar aqui e trabalhar com criminosos, eu estou aqui porque não tenho outro lugar, estou aqui porque não tenho escolha, Jesper está aqui porque gosta de ariscar a vida, é o que faz ele se sentir vivo, mas você, você merece mais que isso, Kaz confia em você, e eu confio em Kaz, então confio em você para lhe dizer isso, Kaz acha que você não merece passar a vida com criminosos e está completando certo.

— Estou aqui por você e Jesper, — Isis murmurou. — Pela minha família.

 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐑𝐎𝐋 | 𝐊𝐀𝐙 𝐁𝐑𝐄𝐊𝐊𝐄𝐑 [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora