Capítulo Oito

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|Corvos não abandonam corvos|

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ISIS CAMINHOU AO LADO DE INEJ SEGUINDO PARA O SEU POSTO, pode observar a tal falsa conjuradora, de fato, jesper não mentiu quando disse que ela era meio Suli.

- O nome dela é Alina Starkov, - Disse honrosamente o homem moreno. - e ela trará libertação para todos nós.

O homem bateu uma palma e todo o lugar ficou escuro, sombrio, e por mais ridículo que parecesse Isis sentiu um momento de paz.

- Espere. - O rapaz moreno apareceu ao lado de Isis e segurou o pulso da garota. - Qual seu nome?

- Olá, - Disse a garota nervosa. - Meu nome é Isis.

- Bonito nome, - Elogiou General Kirigan.  - o significado é ainda mais.

- Significa sem família, nascida de si mesmo, dona do trono, bobagens e mais bobagens. - A garota gaguejou. - Eu tenho um amigo ele disse que combinava comigo, então, acabei usando, não que o nome seja falso e eu inventei, bom, eu o inventei, mas eu não tive família então também não tive nome.

- O que aconteceu com sua família? - Ele perguntou. - Desculpe, estou sendo invasivo.

- Eu preciso ir. - Isis puxou se braço das mãos do homem e seguiu em direção a Kaz.

Com o coração ainda acelerado Isis observou a falsa Conjuradora mover suas mãos e gerar bolas brilhosas. Inej levou as mãos e fez um sinal agradecendo aos anjos enquanto sorria, toda a sala ajoelhou-se diante a sua salvadora.

Isis virou-se para Kaz que observava a cena desacreditado, seria mesmo Sankta Alina, a salvadora que traria luz para os tempos de trevas?

- A caçada lince era para desmarcar o Condultor. - Supôs Isis juntando-se a Inej e Kaz.

- Como eu disse, - Kaz cochichou. - Nossos futuros dependem disso. Eu vi dois vestidos idênticos no camarim, o alvo está usando um e uma mulher com porte e altura igual estava provando outro, precisam do alvo para a demonstração mas depois na recepção vão usar uma doble por motivos de segurança. Então mandei o Condultor atrás da falsa para pegarmos a verdadeira.

- Ele vai ser pego. - Disse Inej.

- Ele escolheu seu destino em novo Kribirsk ao falar com Eslatan. - Disse Kaz calmamente.

- E se for um engano? - A pergunta vinda de Inej não surpreendeu Kaz nem Isis, sabiam que ela era quase uma santa e não gostava que pessoas inocentes morresse. - E se o enganamos com a caçada lince e a reunião dele com Eslatan não teve nada haver com isso?

- Os dois únicos homens no mundo que lucram com a Dobra? Eu duvido. - Sentenciou Kaz. - Agora! - Avisou Kaz e o pequeno grupo começou caminhar até Alina.- Senhorita Starkov. -Cumprimentou Kaz. - Vamos escolta-la até o jantar. Venha conosco por favor.

- Eu achei que. - Começou Alina. - Na verdade estou faminta.

O grupo abriu caminho para Alina. - Obrigado, - Ao perceber a voz do homem Isis escondeu-se atrás de uma parede. - Eu acompanho partir de agora. - O rapaz alcançou flores roxas. - Para você! - Disse ele as alcançando.

- Tudo bem, plano B. - Kaz avisou lançando um olhar de desentendimento para Isis.- Esquece, plano F, siga o alvo e encontre eu e Isis na rota de fuga.

- Ele é um infernal, não se arrisquem! - Inej lembrou.

Isis seguiu Kaz mantendo o disfarce, a garota tentava lembrar se o plano F envolvia algo mais que seguir Kaz, mas sua mente ainda estava no rapaz de minutos atrás, ela tinha a sensação de conhece-lo, mais que isso, ela tinha a sensação de que já confiou nele de algum modo.

- Vocês não deveriam estar aqui, não é? Vocês parecem aranhas na minha casa, sabe o que eu e minha irmã fazemos com aranhas? Queimamos todas elas. - O grisha dizia conferindo entre os bancos. - Um manco idiota e uma garota fraca. - O homem sorriu. - Se bem que para uma intrusa, a garota é bem bonita.

Após a fala maldosa do homem Kaz acertou ele com a bengala. - Diferente das aranhas só preciso de uma perna boa, só que você precisa das duas, e não seja desrespeitoso com Isis, ela pode parecer inofensiva mas está longe de ser uma aranha, ela está mais para uma cobra. - Kaz garantiu-se de quebrar uma das mãos.

- Cobra? - Perguntou Isis rindo. - Você acha que eu mato abraçando?

- Vamos sair daqui. - Murmurou Kaz.

- Errado. - Disse o Grisha levantando com uma mão em chamas, fazendo com que pequenos vidros voasem na direção de Isis acertando seu abdômen antes que Kaz pudesse defende-la, ele virou-se para Isis e a viu cair, ao virar novamente para o Grisha o encontrou com uma faca no crânio, olhou mais para cima e pode ver Inej.

Inej ainda em Pânico por ter tirado uma vida desceu ao encontro de Isis. - Ei! Vai ficar tudo bem, ok? - Ela afirmou passando a mãos afastando o cabelo de Isis da sua face.  - Se lembra, você prometeu, você prometeu para Jesper, quatro vão e quatro voltam, sem mortes, sem funerais.

Enquanto Isis lutava por um pouco de oxigênio, Kaz sentiu seu mundo cair, não ouvia nem via nada, apenas a imagem de Isis caída, uma voz gritava no fundo de sua mente que a culpa era totalmente dele, que a garota havia se machucado por culpa dele.

Jesper que nem sabia do acontecimento sentiu seu peito afundar, sentiu sua mente vagar, não podia saber quem estava machucado, mas sentiu, não sabia como, mas sentiu, sentiu, de alguma forma, de algum jeito, ele sentiu.

Inej tremia, a imagem de sua irmã caída, abatida, vulnerável, fez ela temer, ela achava que o maior medo dela fosse voltar para o Bordel, mas agora, vendo Isis caída, soube que o maior medo dela era perder Isis, perder sua irmã, perder a irmã que a vida deu a ela.

Isis sentiu seu corpo fraquejar, ela lutou, e lutou, apenas por um pouco de ar, não queria e não podia deixar sua família, não agora, não poderia, não queria, lutou, lutou.

- Família, lembra, somos família. - Inej dizia. - Corvos não abandonam corvos, lembra?

 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐑𝐎𝐋 | 𝐊𝐀𝐙 𝐁𝐑𝐄𝐊𝐊𝐄𝐑 [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora