|Conjuradora do Sol|
ISIS OBSERVAVA JESPER E INEJ ENTRAREM NA CARROÇA JUNTO A COMPANHIA DE MARCO, após o ocorrido da noite anterior Kaz não havia trocado uma palavra com Isis.
— Venha. — Kaz chamou a garota. — Conheço você o suficiente para saber que se não levar você junto, dará outro jeito de entrar, provavelmente um bem barulhento.
— Não quero estragar sua missão. — Isis manteve um pé atrás com a gentileza vinda de Kaz.
— Você faz parte disso, eu querendo ou não. — Ele passou a mão entre os cabelos enquanto fitava os olhos de Isis causando borboletas no estômago da garota. — Quero que saiba que é um ambiente diferente, grishas por todo lado, então, tome cuidado e fique perto.
Isis lançou um sorriso amigável e direcionou-se para fora da sala. — Isis. — Kaz chamou-a. — Não queria que fosse porque é perigoso, não porque não confio em você, espero que não fique chateada.
— Desculpe pelos últimos comportamentos imaturos, — Isis desculpou-se. — sabe, uma vez alguém me disse que as pessoa deveriam viver mais e sobreviver menos, e quando eu estava dentro da Dobra aquilo nunca fez tanto sentido, achei que fosse morrer, e quase morri, e todo tempo eu pensava como eu deveria ter tido mais tempo, quero viver, Kaz, porque amanhã posso estar morta, — Kaz sentiu seu peito afundar-se. — posso perder Jesper ou Inej, até mesmo você.
— Sinto muito por tudo que aconteceu com você. — Kaz disse sinceramente.
— Todos temos uma história triste, — A garota riu. — e a minha começou ficar mais feliz quando você me achou e me trouxe para cá.
Kaz sentiu raiva pelas palavras puras de Isis, a ganância de Kaz foi o motivo para ele ter trazido ela. — Sim, — Ele concordou com um pequeno sorriso falso. — então, vamos lá.
— Vamos! — A garota elevou as mãos para o alto. — A Conjuradora nós espera!
A viagem pela primeira vez desde que o plano contra a Conjuradora começou, Kaz não via Isis como alguém que ele teria que fingir que não existia para poder se concentrar, agora ele via a garota como uma fonte de expectativas, ela era boa, ele sabia.
Enquanto Inej e Jesper entraram como pessoas da companhia de Marco, Kaz e Isis entraram como guardas. Isis observou e lançou uma piscadela para Jesper enquanto ele entrava em forma de tentar dizer para o garoto que ele deveria se cuidar, Kaz observou Isis lançar a piscadela e sua carranca se fez.
— Tem certeza que era ela? — Questionou Kaz após Jesper contar para todos que se encontrava na carroça que havia cruzado com Alina.
— Tenho. — Afirmou Jesper. — Ela é meio Shu. — Todos encararam Jesper.
— Quando exatamente você a viu? — Kaz perguntou.
— Pouco depois do meio dia. — Contou Jesper.
— Que cômodo é esse? — Perguntou Inej que segurava o mapa.
— É um camarim. — Respondeu Kaz. — É lá que ela vai se arrumar para o jantar.
— E é lá que vamos pega-la. — Afirmou o Condultor.
— Fora do caminho, bom campo de visão, lugar fácil de controlar. — Isis massageou as têmporas. — Eu gostei.
— Eu também gostaria de tivesse porta. — Lamenta Kaz.
— Não tem porta? — Pergunta Inej alarmada.
— Nenhuma que possamos usar. — Kaz encarou a bengala. — É um tipo de tranca grisha.
— Não tem um jeito de arrombar a porta? — Perguntou Jesper.
— Na verdade tem sim. — O Condultor disse. — Eu consigo abrir a porta.
— Como? — Perguntou Isis.
— O mecanismo de travamento é criação de Fabricadores, engranagens de ferro que deslizam sem uma trava. — Ele contou. — Mas para um de nós abrir, vamos precisar de um ímã, um que tenha uma força mínima de dois mil gaus, é difícil de achar.
— Bom, não é como de andássemos com um desses no bolso, não é? — Ironizou Jesper.
— Pessoas normais com certeza não, mas parece que ele sim. — Disse Isis vendo o Condultor retirar de uma bolsa o ímã.
— É melhor não ficar com um desses por tempo demais no bolso, — Disse ele alcançando o ímã para Jesper. — se pretende ter filhos algum dia.
— Tudo bem, Você captura o alvo. — Finalizou Kaz.
— Quer que o cara novo pegue o pacote de um milhão de krueger? — Perguntou Inej.
— O cara novo sabe abrir portas grishas. — Respondeu Kaz. — Nossos futuros dependem disso, o resto de nós vai preparar uma caçada lince.
Isis e Jesper sorriram. — O que é uma caçada lince? — Questionou o Condultor.
— Os linces caçam em bando com inteligência, abrindo caminhos até a presa. — Explicou Isis sentindo-se a pessoa mais inteligente de Ravka.
— Ok, então eu pego a conjuradora e vocês abrem caminho. — O Condultor adiantou e interpretou a fala de Isis.
— Exato. — Kaz disse. — Vai ser antes do jantar, você pega a conjuradora, eu, Isis e Inej distraímos e jesper dê um jeito de fugirmos rápido.
Todos asentiram positivamente e moveram-se para seus postos, Kaz sabia que não precisariam-se três pessoas distraindo, mas mesmo assim gostaria de queria manter Isis o mais visível e segura possível.
— Eu não sabia que Zeminis tinham tanto talento. — Disse uma senhora que subia as escadas ao avistar Inej se apresentando.
— Ela é Suli. — Isis defendeu a amiga. — Não sabia que o povo de Ravka se vestia tão mal. — A garota recebeu um olhar ofensivo da senhora e continuou subindo a escada.
A festa da qual a conjuradora convidou metade de Ravka para mostrar seus truques era de longe a coisa mais chata e menos sem ação que Isis já havia presenciado, grishas por todos os lados falando mal uns dos outros, era uma das coisas que Isis mais repudiava.
— O embaixador fica desajeitado quando bebe. — Disse Kaz após derrubar bebida na sua roupa.
— Não pode mais usar isso. — Disse o grisha vestido de vermelho. — Vá até a lavanderia e troque.
— Mas as minhas ordens são de ficar aqui. — Kaz atuou.
— Me escutou, vá até a lavanderia e troque. — Disse friamente o grisha.
— Claro, me desculpe. — Disse Kaz se retirando e indo ao encontro de Isis e Inej.
— Será que vai combinar com meus olhos? — Isis ironizou, definitivamente ela não era uma garota que se importava com roupas. — Se não combinar lhe matarei, Kaz Brekker.
E pela primeira vez em muito tempo Isis pode ver uma luz nos olhos de Kaz, ela até mesmo arriscaria dizer que ele estava tentando escondendo um sorriso.
— É do meu tamanho? — Perguntou Inej se juntando ao pequeno grupo.
— Precisa perguntar? — Perguntou Kaz.
— Lembra da última vez que fizemos isso? Eu e Isis ficamos com uniforme masculino. — Contou ela.
— Eu arriscaria dizer que fiquei um gato com aquela roupa. — Disse Isis rindo.
— Deu certo, não deu? — Disse Kaz referindo-se ao plano.
— Para sua sorte estou morta para tirar isso. — Apontou para a roupa que usou para se apresentar com a companhia de Marco. Isis acenou para Kaz e seguiu Inej para trocar as vestes.
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𝐂𝐎𝐍𝐓𝐑𝐎𝐋 | 𝐊𝐀𝐙 𝐁𝐑𝐄𝐊𝐊𝐄𝐑 [1]
Fanfiction𝐀𝐎 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐑𝐎𝐋𝐄 | 𝐊𝐀𝐙 𝐁𝐑𝐄𝐊𝐊𝐄𝐑 Livro um concluído KAZ SEMPRE FOI O TIPO DE PESSOA QUE SEMPRE TEVE O CONTROLE, controle da sua vida, controle dos seus negócios, controle dos seus planos, controle dos Corvos. Se algo saísse completamen...