The Few Things

Estúdio

Não vou desanimar não

Nordestino é arretado, vou seguir linda e plena

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Juliette’s POV
 

É impressionante como o tempo passa rápido quando você tem muitas coisas na cabeça. Eu e Rafa mal tivemos tempo de respirar desde que voltamos de Gramado, já na tarde de sábado depois da inauguração, decidi a decoração, bufê, além da documentação necessária para a inauguração do estúdio, estamos ficando loucas com tudo isso. Ainda bem que para a última questão nós temos a ajuda do meu pai, que já está acostumado com isso e poderá nos mostrar a luz no fim do túnel, já que aqueles papéis pareciam grego para nós. É por isso que em plena quarta-feira à tarde, eu e minha amiga estamos indo para a Luxury.
Chegando à porta do escritório do meu pai pergunto à Dona Alice:

- Boa tarde Dona Alice, meu pai está muito ocupado?

- Boa tarde Juliette. Seu pai está em uma reunião com alguns acionistas. – Ela respondeu.

- Tudo bem. O tio Evandro está com ele?

- Sim. Hoje apenas a Dona Sarah está no escritório.
Me virei para Rafa:

- Vamos ter que deixar essa conversa para amanhã, Ra.

- Mas Ju nós temos que resolver isso hoje. Amanhã nós vamos com a Carla experimentar o bufê lembra?

- Putz, tinha esquecido disso. Mas nem meu pai nem o tio Evandro estão aqui. Vamos ter que ir à noite para a casa dos meus pais.

- Ué, porque não pedimos ajuda para a Sarah? – Rafa perguntou e eu olhei para ela indignada.
Pedir ajuda para Sarah era como dar um tiro no meu orgulho. Eu nunca faria isso.

- De jeito nenhum, Rafa. Eu nunca vou pedir ajuda para ela.

- Juliette, para de ser criança. Nós precisamos que alguém traduza esses papéis antes de assiná-los.

- Rafa, você sabe que eu tenho meu orgulho. Eu não vou pedir ajuda para ela. Até porque ela nunca iria me ajudar, nós nos odiamos lembra?

Rafa revirou os olhos e disse:

- Se você não pede, eu peço. – Se virou para Dona Alice. – A Sarah está muito ocupada?

- Não senhora. Ela avisou que poderia ser interrompida caso fosse necessário.

- Ótimo. – Pegou os papéis da minha mão e bateu na porta do escritório de Sarah.

- Pode entrar. – Ouvimos a voz de Sarah dentro da sala.

Rafa me olhou e eu sentei no sofá da recepção com os braços cruzados, sinalizando que não iria entrar. Ela então abriu a porta e colocou a cabeça para dentro:

-Olá Sarah. Atrapalho?

Ouvi a voz de Sarah novamente:

- Oi Rafa. Claro que não, pode entrar. – Ouvi o som de alguém se levantando e

Rafa entrou e fechou a porta.
Cerca de cinco minutos depois de Rafa entrar a porta se abriu de novo. Eu pensei que era Rafa, e já iria falar que eu havia avisado que a Senhorita Odeio a Juliette não iria ajudar, mas me surpreendi ao ver Sarah saindo da sala.

Ela me olhou e simplesmente falou:

- Juliette, entra.

Garota mais grossa. Quem ela pensa que eu sou?

- Não entro – falei continuando de braços cruzados.

- Garota, entra. Para de ser orgulhosa.