Chegaram à estação King's Cross às 10:00h para a infelicidade de Draco, teriam de esperar uma hora até o trem partir. - Certo, eu vou primeiro. - Lucius disse e atravessou junto ao carrinho.
- Mãe, a senhora tem certeza de que eu não vou dar de cara na parede?
- É claro que não, querido, você acabou de ver seu pai atravessar e nada aconteceu.
- Vocês atravessaram essa parede no mínimo 14 vezes, já estão acostumados, eu não.
- Vai ficar tudo bem, Draco, só... feche os olhos e corra.
- Tudo bem, eu acho.
Ainda receoso, fez o que Narcissa aconselhou e só abriu os olhos quando ouviu Lucius dizer seguido de uma risada: - Não acredito que ficou com medo.
- Pai! - Corado pela vergonha, saiu de perto da parede e Narcissa veio logo atrás.
- Ah, isso é tão nostálgico. - Comentou, sonhadora.
Draco finalmente olhou em volta. Uma locomotiva vermelha a vapor estava parada à plataforma apinhada de gente. Um letreiro no alto informava Expresso de Hogwarts 11 horas. Olhou para trás e viu um arco de ferro forjado no lugar onde estivera o coletor de bilhetes com os dizeres Plataforma 9¾.
- Quer escolher um vagão logo ou esperar seus amigos? - Lucius questionou.
- Prefiro esperar.
Mal terminou de falar e ouviu uma voz conhecida e alegre demais: - Draquinho! - Conseguiu desviar do abraço por milímetros.
Era Pansy Parkinson, sua melhor amiga, uma garota que não possuía maturidade e era extremamente grudenta, mas não conseguia não amá-la. - Oi, Pansy.
E começou a falar sem parar sobre suas expectativas em relação a Hogwarts e em como queria que todos os seus amigos ficassem na mesma casa, de preferência a Sonserina.
Após alguns minutos, viram Blaise se aproximar sozinho com seu carrinho. Ele suspirou aliviado quando Lucius pegou o carrinho. - Aonde está sua mãe?
- Ela me ensinou como atravessar e, depois de 10 minutos, percebi que foi embora. - Confessou, claramente magoado.
Lucius torceu o nariz, não gostava nem um pouco daquela mulher, apenas mantinha uma boa relação com ela. Narcissa consolou: - Não fique assim, querido, ela deve ter tido um bom motivo. - Mas nem mesmo ela acreditava nisso.
- É... deve. - Blaise concordou, tentando convencer a si mesmo.
A mãe de Pansy se aproximou. - Filha, seu pai achou um vagão vazio e deixou suas malas lá.
- Ah, certo. Nós vamos esperar o Nott.
Logo viram a figura de Theodore ladeado pelo pai. Lucius pegou as malas e pediu: - Senhora Parkinson, pode me mostrar o vagão, por favor?
- Claro.
Ambos já estavam dentro do trem quando os Nott se aproximaram.
- Aonde está Lucius? - Sr. Nott perguntou.
- Não aqui. - Narcissa o olhou mortalmente.
- Vamos ao vagão, gente. - Pansy disse, claramente querendo sair dali.
Eles assentiram. - Tchau, Theodore. - Foi tudo o que o Sr. Nott disse antes de dar as malas a ele.
Draco e Blaise ajudaram Theo a carregar as malas até cruzarem com Sr. Parkinson, que tratou de carregá-las e guiá-los ao vagão.
Às 10:30h, a fumaça da locomotiva se dispersava sobre as cabeças das pessoas que conversavam, enquanto gatos de todas as cores trançavam por entre as pernas delas. Corujas piavam umas para as outras, descontentes, sobrepondo-se à balbúrdia e ao barulho das malas pesadas que eram arrastadas.
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Mama Lucius - Drarry
Fanfiction31 de outubro de 1981, conhecido por muitos como o dia em que as famílias Potter e Longbottom foram assassinadas cruelmente pelo lorde das trevas, Voldemort. Bom, por muitos não significa todos. Para alguns, foi o dia em que uma nova família se form...