12. 𝙳𝚎𝚟𝚊𝚗𝚎𝚒𝚘𝚜✍︎

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Narrador - POV


A luz forte impediu que Bianca continuasse a dormir, ela tinha passado uma noite tranquila com Lua ao seu lado. Mas agora, as duas estavam despertas.

- Hey, o que faz acordada tão cedo? Você é toda preguiçosa. - A morena disse a sua "filha", que recebeu carinhos junto a sua fala.

Ela levantou, tomou um bom banho e após, preparou seu café. Mas antes que pudesse bebe-lo, foi interrompida pelo sonar da campainha. Lua estava agitada e correu para a porta bem antes de sua humana.

- Que agitação é essa? Calma, garota. - Bianca abriu a porta mas manteve sua atenção na cachorra, e quando finalmente olhou, seus olhos quase saltaram das órbitas.

Ela não precisou de esforço algum para reconhecer a mulher a sua frente, de alegria ímpar e personalidade envolvente, que segurava um lindo buquê de lavandas.

- Meu Deus, Rafaella! Q-quando você voltou?

Com um sorriso, Rafaella fitou Bianca por alguns instantes, e tudo que conseguia pensar, era em como ela era bonita. Muito bonita!

- Você demorou para abrir, Bi.

Bianca não conseguia acreditar. Ela estava mesmo ali? E então a abraçou. Lua pareceu ter ciúme daquela cena e acabou pulando com as patinhas erguidas para chamar atenção das mulheres.

- Oi, garota!! - Rafaella entregou as flores a Bianca e abaixou-se para fazer carinho na golden.

Antes que Bianca percebesse, um sorriso havia se curvado em seu lábios vendo tal cena. Ela cheirou as flores e fechou os olhos para sentir com mais vigor aquele aroma que tanto gostava.

- Por que voltou cedo?

- Porque alguém está me devendo um sorvete, e bom, essa mesma pessoa me prometeu levar para jantar. - Rafaella soltou uma piscadela e Bianca sorriu outra vez.

De repente, já era noite. O buquê havia sumido, Lua não estava presente e elas estavam sentadas no mesmo cenário que haviam descrito por aquelas mensagens.

- Sabe onde estamos? - A voz da morena soou leve e calma.

Bianca não se importou com a mudança repentina, ela se sentia confortável alí com Rafaella, em seu restaurante favorito. Seus olhos castanhos estavam brilhantes e destacavam na pouca luz presente.

O olhar de Rafaella procurou o de Bianca, como se eles tivessem diante de uma pergunta com resposta imediata.

- Estamos no lugar no nosso encontro hipotético. Que bom que agora é real. - Disse Rafaella, verbalizando com tanto sentimento tudo que seus olhos refletiam agora.

Bianca não soube o porquê, mas de repente, ela sentiu-se extremamente insegura, ou talvez, ansiosa demais. Nem a brisa que fazia ou o ar fresco que habitava em seus pulmões, conseguiam acalma-la.

Rafaella vendo tamanha aflição crescente, pediu para segurar por cima da mesa uma das mãos de Bianca, que inclusive, estavam frias e suadas demais. A morena ateou seus olhos para as esmeraldas que eram os olhos de Rafaella, que demonstravam passividade e toda calmaria do mundo.

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