07 - AULAS DE NOVO

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Pai e mãe,

Tive dois ótimos últimos dias de férias, mas infelizmente, a rotina vai voltar com tudo. Não posso negar que tive um ótimo mês. Está dando tudo certo, espero que vocês estejam orgulhosos de mim.

***

Acordei cedo

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Acordei cedo. Droga, meu relógio biológico é o pior de todos, estou acostumado a acordar cedo, mas cara, sério? Levantei e fiquei sentado por uns três minutos. Fora do meu quarto, o desespero tomava conta de todos. Ao contrário de mim, a tia Olivia era a pessoa mais atrasada que já vi e, óbvio, meus irmãos não colaboraram. Tomei banho, desci, fiz café e eles ainda estavam enrolando.

— Não acho a minha presilha cor de chiclete. — avisou Giovanna, olhando pela cozinha, o último lugar que sua presilha estaria.

— Alguém viu a Romilda? — Richard perguntou, ao entrar na cozinha com uma caixinha de madeira e procurando a Romilda em baixo da mesa.

— Não vou nem perguntar o que é isso. — Tia Olívia respondeu, talvez, querendo evitar um incidente logo pela manhã. — Vamos, Richard e Giovanna! — ela gritou, enquanto guardava uns documentos em uma pasta preta. — Agora. — saindo sem se despedir, ainda chamando pelos meus irmãos.

— Hum. — soltei, olhando no relógio e servindo um copo de café para mim.

— Menino. — titia falou voltando para a cozinha e sentando à mesa. — Ainda são 6h40. Não estamos atrasados.

— Café? — ofereci o meu copo para ela, me controlando para não rir e levar uma bronca logo de manhã.

Depois de um início de manhã, como posso dizer, no mínimo movimentado, encontrei os meus amigos no ponto de ônibus. De todos nós, o Brutus era o mais preguiçoso. O coitado estava, praticamente, dormindo ao nosso lado. Já o meu Zedu era o mais bonito, mesmo com creme dental no queixo.

Eu não me considero uma pessoa bonita. O Zedu vive ressaltando as coisas que ele acha bonito em mim, como por exemplo, as minhas mãos, olhos, covinha no rosto e a barriga. Eu, por outro lado, não consigo escolher a parte mais bonita dele. Bem, por enquanto, tudo pertence a mim, ou seja, não posso reclamar.

As meninas passaram um quilo de maquiagem, afinal, elas queriam chegar abafando no primeiro dia de aula. A Romana estava esperançosa para ter uma placa de boas vindas, uma vez que ela desbancou a Alicia e virou a Rainha da Escola Dom Pedro I. Já a Letícia ficou preocupada com o segundo semestre.

De acordo com eles, no fim do ano, a diretoria lançava o Provão, como o próprio nome diz é uma avaliação grande que abrange todas as matérias do ano letivo. A prova não valia nota, porém, os melhores alunos eram premiados, inclusive, com viagens e estadia em hotéis de selva.

A explicação foi cortada pela chegada do ônibus. Como sempre, o coletivo estava lotado. Na sua maioria, os passageiros eram estudantes, mas poucos da minha escola. Durante o tempo, descobri que os meninos desenvolveram um sistema de proteção para a Ramona e Letícia. Infelizmente, o número de abusos nos coletivos são alarmantes e quem sofre com isso são as mulheres.

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