Estrelas do Destino

Capítulo 14 - Amigos do passado.

Ao acompanhar Ruby até em casa, Guilherme percebe que o que ele achava sentir, era mais profunda do que parecia, mesmo tendo trocado poucas palavras com ela, ele quase se declara para a moça que estava ao seu lado. Mas Guilherme percebe que aquele não era o momento certo, e que deveria esperar mais um pouco, pois não tem muito tempo que eles se reencontram, e também Ruby não iria acreditar no que ele falasse de forma alguma; poderia ser palavras sinceras, mas se ela desconfiar que tem coisa por trás, já era, não teria quem a fizesse acreditar no contrário.

Ambos se conhecem há muito tempo, assim como Katherine e Christian, eles se conheceram no colégio, no ensino médio, Guilherme já havia visto ela de longe, e já teve interesse na moça mesmo sem a conhecê-la. Ele já tentou conseguir o número dela por meio de uma amiga, mas não deu certo. Mas por obra do destino, os dois começaram a estudar na mesma turma no ano seguinte, então só era questão de tempo até eles virarem amigos. No entanto, não existiu nada além de uma amizade entre os dois, Ruby não demonstrava sentir sentimentos por ninguém, e Guilherme teve um interesse mais forte em uma outra garota, mas quis o universo que tudo desse errado na vida do jovem, e o mesmo acabou ficando sozinho por muito tempo.

A história desses dois jovens é cheia de lutas e esperanças, ao decorrer do tempo, os mesmos tiveram que enfrentar muitas coisas para que pudessem ficar juntos. Tudo o que envolvia eles, sempre existia algum obstáculo, e o maior obstáculo que eles já tiveram foi a distância; Guilherme e Ruby por conta de muitas coisas se afastaram inconscientemente, até que perceberam que estavam distante um do outro e um perdeu o contato do outro, mas nenhum deles caiu no esquecimento.

O mais engraçado disso tudo, é que parece que estava  destinado à acontecer, e que não haveria outra escolha a não ser aceitar os acasos do destino. Mas os seres humanos têm o poder de escreverem o seu próprio futuro, ou será que não...

- Ei, Ruby!

- Oi...!

- Você ainda mora no mesmo lugar de antes né?

- Sim, por quê? Não lembra mais onde é?

- Sendo bem sincero... não - sorri - não era muito bom de lembrar dos lugares lembra?

- Sim, se você lembrasse onde eu moro, e não tivesse ido me ver, jamais te perdoaria...

- Eu sei... eu tentei uma vez depois de muito tempo ir até a sua casa, mas eu desisti no caminho por não saber se você iria querer me ver.

- Para com isso, é claro que eu iria querer te ver, falando nisso... lembrei de algo que aconteceu há uns tempos...

- O quê?

- Você lembra até onde você conseguiu ir?

- Bem... acho que até onde tinha aquele muro florido... eu acho, mas eu não lembrava de um muro assim, então eu dei meia volta por achar que estava no caminho errado e voltei pra casa, mas por quê?

Guilherme olha para Ruby e ver que a moça ficou com uma cara de quem desejava rancar o coração de alguém...

- Guilherme...

- E... oi?

- Como tu é burro cara, a minha casa é bem em frente aquele muro florido e você não reconheceu o lugar em que estava... Jesus, eu não acredito nisso!

- O QUÊ?! COMO ASSIM?! QUER DIZER QUE EU ESTAVA EM FRENTE A SUA CASA E NÃO LEMBREI?!

- Simmm Guilherme! Tu não lembrou!

- Como eu sou um tapado! Não acredito nisso... mas também não havia nenhum muro florido na época em que eu ia até a sua casa, e também não tinha nenhuma casa com a cor azul.