4° capítulo

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Rio de Janeiro _ complexo do alemão _ 11:50 am _ sábado

P.O.V Alexandre

Já tava na minha sala na boca, só b.o pra resolver, carga roubada e os tira querendo cobrar mais a propina que já damos a eles

Tava olhando alguns papéis que estava em cima da minha mesa sobre as minhas cargas que foram roubadas tô só o ódio, 2 caretas de cocaína pura, assim que eu achar esse filho da puta ele vai pagar, a mais vai sim, tava vendo os papéis quando a porta da sala foi aberta

-porta serve pra que caralho?-perguntei enquanto ainda olhava os papéis sem nem olhar a pessoa

-e dês de quando eu preciso bater?- a voz da Luna ecoou naquela sala, fechamento eu e ela total mais eu prefiro que batam na merda da porta do mesmo jeito

-ja resolveu com aqueles vermes sobre o aumento que eles querem?-perguntei tirando minha atenção dos papéis e olhando pra ela enquanto relaxava meu corpo na cadeira e cruzava os braços

-mais ou menos, eles querem mais 15% do que ganhamos, falei com eles e consegui deixar por 6%- ela disse enquanto se escorava na parede que tinha perto da porta

-mandem matar todos- já tava puto com as cargas roubadas aí vem esses pau no cu e quer mais 15% só pode tá de sacanagem né?

-tem certeza disso chefe?-a luna perguntou, e dessa vez ela tava falando seria assim como eu, somos irmãos aqui dentro e lá fora mais quando se trata desses assuntos, a relação de chefe e funcionário é total

-chama o Xavier vamos eu, tu e ele- falei pra ela enquanto levantava da cadeira e colocava uma blusa preta que estava em cima da mesa no ombro

Ela não falou nada só saiu da sala assim como eu, enquanto ia pra casa do Eduardo recebi uma mensagem falando de uma tal festa aqui no morro, nem dei preço, depois eu olho melhor essas paradas agora tenho que acordar aquele arrombado que não faz merda nenhuma só dorme e não vai trabalhar, toma no cu viu

Cheguei na casa dele já fui logo metendo o pé na porta não foi muito forte pra não quebrar mais foi o suficiente pra ele aparecer depois de 1 minuto com uma bermuda colocada toda errada, burro do caralho viu

-todo dia isso mermão que saco- resmungou ele socando os olhos com as mão enquanto eu entrava na casa do mesmo vendo algumas bebidas espalhadas pela sala

-farra foi boa em- falei olhando o sofá onde tinha uma garota daqui do morro, totalmente nua, só com um  edredom a cobrindo

-toma no cu pode nem dormir mais nessa porra- disse ele ainda puto porque eu o acordei dá pra acreditar?

-bora logo viado tenho coisa pra resolver com os tiras e você vai ficar cuidando do meu morro- falei caminhando em direção a porta de onde eu vim e ele veio logo atrás com aquela bermuda tudo errada, você avisou?nem eu

Chegamos na boca e já dava pra ouvir as risadinhas dos mano, também o cara acorda coloca as roupa tudo errado e quer tá no direito só rindo mesmo

Entramos na sala e a Luna e o Xavier estavam sentados em um sofá que tem lá, papeando igual as vovós chatas que tem aqui que só cuidam da vida dos outros

-papo bom esse daí né?- o Nando falou e os dois caíram na risada olhando o mesmo de cima abaixo várias vezes

Olhei pra cara dele que ainda não tinha se tocado e fui obrigado a balançar a cabeça em negação -mais que porra é que eu tô usando pra tá todo mundo rindo?tô com nariz de palhaço é?-perguntou e eu fui obrigado a rir junto com a Luna e o Xavier q já tavam sem ar

-mano a sua bermuda, diferenciada ela né?-a luna falou gastando com a cara do nando enquanto apontava pra bermuda dele toda virada do avesso

-toma no cu, porque cê não me avisou arrombado?-perguntou olhando pra mim enquanto ia atrás da mesa pra arrumar a bermuda

-eu que não ia avisar, quem manda ser desligado desse jeito- falei enquanto pegava uma glock de uma gaveta que tinha em um canto da sala

Já tinha passado qual era fita pro Nando e pro Xavier, agora  eu, Luna e o arrombado do Xavier estávamos indo ao lugar onde os tiras tavam, quem esses filhos da puta pensam que são ein? A meu pau pra eles né

Chegamos no pé do morro e eles já arregalaram os olhos, nunca venho pra cá e quem geralmente paga eles é a Luna ela cuida de todo o dinheiro do morro pra mim, confio demais nessa garota, e se eu venho aqui pra baixo é pra ver se ta tudo limpo depois das invasões

-é o seguinte, o chefe quer trocar uma ideia com vocês- o xavier falou com a cara fechada, normalmente ele é aquele cara insuportável que fica fazendo piadinhas e tirando com a cara dos outros, mais quando se trata de assunto sério, o cara bota pressão e faz o serviço certinho

- ótimo então, porque nós queremos um aumento e queremos agora- um bostinha com 1 e 67 de altura falou tomando a frente daqueles 6 polícias de merda que estavam prestes a morrer

-hm, e o que fazem vocês lixos pensarem que eu irei dar esse aumento?- falei puxando a glock que tava atrás no cós do meu calção nas costas e passando no canto final da minha sobrancelha

Os caras já deram um passo pra trás e por lá ficaram com as mãos pra cima

- olha não queremos brigas, só vimos aqui porque o Júlio nos mandou- falou um cara alto de barba com o cabelo pintado de loiro suando frio

- e quem diabos é Túlio?- falei sem paciência pra quela merda toda e atirei em um cara da direita que tava tentando sair de fininho dá pra acreditar? Esses idiotas acham que eu sou burro só pode

Os cara olharam assustados em direção ao tiro e viram o outro merda de policial saído no chão gritando de dor pelo tiro que recebeu em sua perna

-matem todos- falei pro Xavier que tava do meu lado direito e a Luna do meu lado esquerdo, os cara arregalaram mó olhão e tentaram sair correndo mais já era tarde, em um piscar de olhos dos 6 que tinham lá 4 já estava no chão morto enquanto os outros 2 foram trazidos por alguns valores que fazem a vigia do morro

-aqui chefe, esses dois tavam tentando entrar na vendinha da dona Rita e tentando fazer a filha mais velha dela de refém- dona Rita é uma senhorinha com uns 69 anos já e uma penca de filhos ela tem um barzinho aqui dentro do morro, direto tô colando lá pra comer, rango dela é bom demais, a filha mais velha se eu não me engano é a Manuela já troquei umas ideias com ela, mina legalzinha até, mais muito reservada Deus me livre

Continua

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céu azul - (Algum dia eu volto a escrever).Onde histórias criam vida. Descubra agora