céu azul - (Algum dia eu volto a escrever).

10° capítulo

Rio de janeiro _ Copacabana _ 7:30 am _ domingo

P.O.V Aylla

Acordei com a minha mãe me sacudindo, primeira coisa que veio na minha cabeça foi dor, que ressaca do caralho, nunca mais bebo em toda minha vida, isso é uma promessa

-se arruma Aylla a reunião é as 9:00 da manhã- minha mãe falou assim que eu olhei pra ela

Só murmurei um "hurum" e esperei ela sair pra mim me cobrir novamente, assim que ela fechou a porta, eu virei pro lado e enfiei a cara no travesseiro

Passou uns 16 minutos e minha cabeça faltava explodir, maldita festa que eu fui com a Bia, pelo menos não morri

Levantei na pura preguiça e fui me arrastando pro banheiro, liguei a água na banheira e fiquei olhando ela cair pensando o que que eu tô fazendo da minha vida

Desliguei a água coloquei uma espuma nela me despi e entrei na mesma, água gelada, meus pelinhos, todos arrepiaram

Enfiei a cabeça em baixo da água e prendi a respiração, fiquei lá em baixo por uns 10 segundos e depois voltei a superfície, sai da banheira toda tremendo de frio, me enrolei na toalha que eu tinha separado e fui procurar uma roupa pra essa tal reunião da minha mãe, não entendo dela querer que eu e minha irmã vá junto, mais a mamãe sabe o que faz

Fui pro closet coloquei um vestido preto ombro a ombro ciganinha, bem básico

Sentei na penteadeira e comecei a passar a escova sobre meu cabelo, enquanto tentava lembrar como cheguei em casa ontem

Terminei meu cabelo e voltei pro banheiro, escovei os dentes arrumei a banheira tirando toda aquela água que a mesma possuía e voltei pra penteadeira

Fui e fiz uma maquiagem, bem simples só um rímel um delineado de gatinho  um blush clarinho e um pouco de iluminador, passei um gloss brilhante e tava pronta

Olhei pra minha cama desejando com todas as forças que eu tinha pra voltar pra lá, mais não podia, infelizmente

Sai do quarto e fui pro da minha irmã, abri a porta como sempre, já disse que eu desconheço a palavra privacidade

Encontrei ela dormindo, dá pra acreditar? E foi aí que eu tive uma brilhante ideia, a mesma que ela fez no meu aniversário ano passado

Sai do quarto de vagar pra ela não acordar e fui até a cozinha onde eu encontrei a tia Alice

-ja tá pronta Aylla?- ela falou comigo com uma sobrancelha arqueada já que eu sempre sou a última a sair do quarto

-poise tia, e tô com uma ressaca que só por deuses- eu falei passando a mão na cabeça que tava latejando demais e ela riu, sim ela riu do meu sofrimento

Peguei duas tampas de panela do armário e fui subindo pro quarto da minha irmã novamente

Entrei no quarto e ela tava do mesmo jeito, fui pertinho dela e bati as duas tampas com força fazendo ela pular da cama

-PUTA QUE PARIU- ela falou assim que acordou no maior susto

-ACORDA DORMINHOCA- gritei pra ela também que tava me fuzilando com os olhos

-mano, não, você não fez isso, você tá muito fodida- ela falou e levantou, mais logo em seguida sentou de novo e colocou a mão na cabeça

-ressaca boa essa a nossa né?- perguntei pra ela que ainda me olhava no puro ódio

-vai se foder- ela disse pausadamente olhando pra mim

-vamos logo, a reunião da mãe é daqui a pouco-falei e sai do quarto indo pra sala toma café

Cheguei e minha tia e minha mãe já estavam sentadas na mesa comendo, me juntei a elas e ficamos conversando enquanto minha irmã não vinha

Todo tipo de assunto tava envolvido até que minha tia vem com as brincadeiras dela

-e os namoradinhos Aylla?- sim, ela é aquela tia que pergunta toda vez que te vê sobre os "namoradinhos"

-namoradinhos nada tia, só desastre com aquelas coisas- falei lembrando do meu último namoro, horrível é uma palavra que eu usaria pra descrever

-a qual é Aylla, você tem que trazer alguém pra cá, essa casa tá tão desanimada ultimamente- ela tá fazendo drama, porque já faz 1 mês e meio que eu ela e a Bia não saímos durante a noite e ia nas baladas

-entao a alegria dessa casa chegou- a Bia gritou da escada e logo apareceu na sala de jantar, ela usava um vestido branco comprido com aquelas aberturas na perna de um lado ele tinha um pequeno decote e era aberto um pouco nas costas, a Bia usava um salto preto e isso me lembro de que eu não estava pronta, já que eu não tinha nenhuma bijuteria e ainda tava de pantufa

Subi correndo de volta pro quarto e fui procurar algum colar e um salto, eu amo saltos de paixão mesmo, acho que esse é meu lado patricinha falando, mais cá entre nós, salto alto são lindos, sou totalmente apaixonada por eles, depende de qual, mais se você quer me presentear me de um salto

Coloquei um salto auto sandália rosa claro, meu neném esse lindinho, coloquei um anel e um colar 3 fios de prata e agora sim eu estava pronta, aproveitei pra pegar meu celular que tava em baixo do travesseiro e desci de volta

Quando fui ver tava todo mundo na limosine só faltava eu, como sempre

O motorista abriu a porta pra mim e eu entrei fazendo ele fechar a porta logo em seguida e se dirigir ao seu posto, ligando o carro e seguindo caminho a reunião

A mãe falou que depois da reunião vai ter a festa pra comemorar a novo fechamento de negócios se der tudo certo por isso a limosine, minha mãe vai arrasar, como sempre

Chegamos na frente de um enorme prédio e toda a atenção já estava na gente, eu gosto de chamar atenção, mais não tanta igual tava tendo, tava me sentindo desconfortável com tanta gente me olhando

Fomos entrando no prédio e minha mãe disse pra gente esperar ela ali nas cadeiras que tinha ela disse que a reunião ia ser ali, ela entrou em uma porta que tinha um pouco mais a frente na sala onde estávamos e eu e a Bia ficamos conversando

-ta, você lembra como chegamos em casa ontem?- ela perguntou pra mim que neguei com a cabeça

-acho que alguém nos trouxe- falei e ela concordou

-não sei, só sei que foi legal demais- ela disse e eu balancei a cabeça em negação novamente

-não vamos mais pisar lá tá entendendo?-perguntei pra ela que me olhou com uma cara estranha

-oxe mais foi legal ninguém morreu, estamos bem, não fomos roubadas, porquê disso agora?-ela perguntou e a resposta já tava na pergunta dela

-realmente não aconteceu nada disso, mais da primeira vez que eu fui, eu quase morri, da segunda que foi agora, eu não me lembro de nada do que tenha acontecido, o que significa que isso são sinais- falei como se fosse óbvio o motivo de nunca mais passarmos lá perto

-você é muito dramática, sem falar que lá não é tão ruim assim, nós até conhecemos os garotos-ela falou e eu a olhei indignada

-garotos?garotos quais não sabemos os nomes só os apelidos, e se eles tem esse treco de vulgo significa que eles são alguém lá dentro, principalmente aquele xandre, o cara é dono do morro Beatriz você usou alguma droga deles não é possível- falei com ela que me olhou como se eu fosse bocó

-depois discutimos isso, hoje vamos torcer pras parcerias da mãe dar certo- ela falou e voltou a olhar pra frente

Continua...

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