14° capítulo

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Rio de janeiro _ complexo do alemão _ 10:30 am _ segunda-feita

Pov Alexandre

Já tava voltando pro morro e já tinha chamado a Luna pra conversar, tava enrolando pra falar com ela, até porque não tinha certeza de nada até então

—opa, cheguei, mandou chamar?—ela perguntou enquanto entrava e se entrava no sofá da minha sala

—mandei sim, o negócio é o seguinte, tu lembra dos tira de sábado lá? Suponho eu que você lembre também que eu fiquei com 2 na salinha lá né?—dei uma pausa e continuei—enquanto eu fazia as perguntas eles me falaram uns negócios, e alguns nomes que bate com a sua história de quando você chegou aqui—ela já se ajeitou no sofá e me encarou com a cara fechada

—hm, desenrola—

—ó negócio é o seguinte, me falaram de um tal de Júlio matou o ex-comandante da corporação e que ele tá com um tipo de aliança com a rocinha, eu tô achando que é tipo um acordo pra ajudar os dois tá ligado?eles que pegaram as carretas com a nossa cocaína e eu já mandei o Xavier ver esse bagulho direito, tô fazendo contato com o meu X9 de lá pra ver os próximos passos que daremos— falei e peguei meu celular pra ver a hora

—suave, era só isso?—a luna falou e se levantou

—era sim, tá liberada já—ela só fez jóia e saiu da sala

O passado da Luna de quando ela veio pra cá, é pesado de mais, hoje em dia suponho que só eu e ela sabemos da história completa e verdadeira

Ela tinha 15 anos na época, viu o pai ser morto na sua frente praticamente, pelo próprio batalhão, os tirar perceberam q ela viu e foram atrás dela, ela correu aqui por morro e pediu ajuda pro canalha do coringa que comandava o morro, naquela época eu e outros vapores que estavam na contenção da entrada principal da favela trocamos tiros com os tiras, ninguém morreu, só saiu alguns feridos

A Luna contou o que aconteceu e o coringa deixou ela ficar aqui, só que pra isso, ela tinha que entrar pro movimento, e assim ela fez, por conta do seu pai ser policial ela já sabia de algumas coisas, por exemplo como manusear uma arma, ela era uma das melhores nós tiros, sabe atirar dês dos 11 anos, ela nunca falou da mãe dela, e sempre que entravam nesse assunto perto dela ela mudava, tanto a postura quanto a aparência, dava pra ver que ela ficava desconfortável, sei lá mó negocio louco

Sai da minha cadeira que estava sentado e deitei no sofá, só queria dormir, mais tem tanta coisa pra resolver sinceramente não aguento mais não cara, minha vida é 100% baseada nisso daqui, não é que eu não gostei, aqui foi onde eu cresci, tive meus melhores momentos, e os piores aqui, mas cansa pra caralho, o tanto de coisa que eu tenho pra resolver em tão pouco tempo, slk

Peguei meu celular do bolso e liguei pro Nando que não demorou pra atender

📲

—qual foi que tá me ligando a essa hora?—primeira coisa que falou logo que atendeu

—vem pra minha sala, agora—Falei e desliguei já pra não dar tempo dele arrumar desculpas pra não vim

📴

Não deu 5 minutos e o arrombado já tava aqui, gosto assim, coisa rápida

—fala meu chegado—falou todo animadinho enquanto fechava a porta

—quero que você pesquise a vida inteira daquele cara que tá na salinha, dês do primeiro parente dele até o último, tenho um plano—falei e me sentei no sofá

céu azul - (Algum dia eu volto a escrever).Onde histórias criam vida. Descubra agora