céu azul - (Algum dia eu volto a escrever).

6° capítulo

Rio de janeiro _ estrada a caminho do morro _ 1:48 pm _ sábado

P.O.V Aylla

Estávamos indo para a tal festa quando a bia entrou um uma rua e estacionou o carro

-o que foi?- perguntei enquanto olhava pra minha irmã que segurava o volante do carro com uma certa força desnecessária ao meu ver

- então, sobre a festa, meio que, bom assim como eu posso te dizer- ela tava enrolando pra me contar onde era a tal festa já faz tempo tanto é que eu até cansei de perguntar onde era e ela sempre com a mesma resposta "já já eu te conto" então eu parei de perguntar, cansei, mais agora tava com uma suspeita de onde era

-olha bia se for laquele salão de festas tá tudo bem, eu nem ligo mais- falei pra minha irma me referindo a quando eu descobri uma traição por parte da minha melhor amiga e meu namorado, essa história é bem, clichê eu sei mais voltando, na época eu gostava realmente daquele idiota fiquei mais de 3 meses trancada dentro do quarto que burrice sofrer por quem não presta mais fazer o que coração não entende, porém já superei então nem tem mais problemas

-nao é isso aylla, nós vamos em uma festa no morro do alemão- ela disse tudo tão rápido a última parte que eu nem entendi direito fiquei olhando pra cara dela raciocinando o que a mesma tinha dito e foi aí que me toquei

Travei no lugar, não consegui piscar, vamos pro morro do alemão, eu já tinha ido lá uma fez em um baile, mais foi um desastre total, teve invasão do morro inimigo na epoca e meu cu ficou na mão, quase morri, literalmente, nunca mais pisei lá, muito menos cheguei perto

-nao, não, não, não, não e não!- falei pra garota maluca que eu chamo de irmã, ah e observação eu já tava surtando

-mano você ficou maluca!? Nunca que eu vou entrar nesse morro denovo, cara eu quase morri aí dentro a 7 anos atrás não vou nem chegar aí perto- falando assim ate me senti velha, mais esse não é o foco do assunto

-mais aylla, já foi trocado de comando, de dono do morro nem tem com o que se preocupar- falando assim até parece que ela tá direto lá né? E mesmo se tivesse trocado até de lugar eu não vou, quase morri na primeira vez, e aquela foi a última vez que eu fui também e outra não tem com o que se preocupar? Claro que não, porque obviamente não tem em tudo que é canto cara com arma por lá, tudo bem que eles não vão me dar um tiro assim que eu entrar lá, espero né, mais mesmo assim não vou e pronto

-olha, vamos voltar pra casa, ficamos por lá, não tem porque ir pra esse lugar aí- falei entrando em desespero assim que minha irmã ligou o carro novamente

-pelo amor de deus, não vai acontecer nada, eu prometo pra ti- minha irmã falou enquanto dirigia para a estrada de antes e eu tô torcendo pra ela fazer o retorno e voltar pra casa

E pra minha não surpresa, aqui estamos em frente ao complexo do alemão sendo mais exata no pé do morro minha irmã tá falando com uns cara que estão com suas armas nas costas, simplificando eles estão com fuzis em suas costas eu nem preciso dizer que me recuso a sair do carro né?não tenho nada contra quem mora nesses lugares sabe? Nem quem trabalha na boca ou essas coisas, o que eu não gosto é de ter mais chances de morrer, como da primeira vez

Deixamos o carro no pé do morro mesmo porque os carinhas falaram que não podia subir com ele e eu me recusava a descer

-vamos logo aylla- minha irmã dizia enquanto puxava meu braço pra sair do carro

-nao vou descer daqui, já falei que aí dentro eu não piso mais- falei enquanto me agarrava no banco que eu estava sentada com as pernas e com o meu outro braço livre

-pelo amor de deus aylla, algum de vocês pode me ajudar?- ela não pediu ajuda prós vapores me tirarem do carro não né? Ah sim, ela fez isso sim, enquanto eu me desesperava pra dar um jeito de não ser tirada a força daquele carro os valores olhavam tudo com diversão

E foi aí que eu me lembrei EU TAVA COM A PORRA DE UM VESTIDO puta merda acho que a pressão foi tão grande que eu tinha até esquecido, a vergonha meu pai

Acho que se eu podesse descrever meu rosto agora, com toda a certeza ele estava vermelho, meu deus e agora!?

Tudo bem aylla é só você sentar direito e sair desse carro e se enfiar em um buraco enorme e pedir pra sua querida irmã te enterrar, tudo culpa dela, se ela não tivesse essa ideia maluca de vim pra esse aniversário eu não estaria com essa vontade enorme de morrer agora

Tudo bem tá tudo bem, eu acho né, é só eu sentar direito e sair desse carro

Quando fui ver tinha dois homens do lado da porta e minha irmã no meio deles dois, eles vieram me tirar do carro sério mesmo?

-vai sai daí ou não aylla?- minha irmã perguntou me tirando do transe que eu me encontrava

-nem fudendo- falei sem pensar muito e ela olhou pra mim tipo "então tá bom" e os dois homens se aproximaram mais do carro e eu tava surtando por dentro já

-NAO!, NAO QUERO DIZER sim, vou sair da licença- falei e minha irmã juntou as mão e as levantou pro céu eu só fiz o trabalho de revirar meus olhos esperando aqueles homens saírem de perto pra mim pra me arrumar e conseguir sair daquele carro

Chegar em casa eu vou matar a Beatriz, fato!

Eles ficaram me olhando e eu so encarei esperando eles saírem -não vai sair não gatinha?- um deles perguntou pra mim e eu só fechei a cara, primeiro que minha paciência tinha se esgotado no momento em que ele falou comigo, e segundo que intimidade é essa que eu não dei a ele?e terceiro eu saio quando eu quiser dá onde já se viu? bom parece que ele entendeu o recado mesmo eu não falando nada, pois logo depois saiu com cara de cu do meu campo de visão com o outro homem e foi pra longe, melhor assim

Sai daquele carro com as pernas bambas, medo de morrer? Tenho e muito, já passei por tanta coisa, não sei como aínda tô viva

-viu? Saiu ilesa!- disse minha irmã rindo e eu olhei pra ela com uma sobrancelha arqueada e acho que ela entendeu o recado porque parou de rir, quer dizer tentou né aquela ali não fecha o bico principalmente quando se trata de risada, senhor

Ajeitei meu vestido passando a mão sobre o mesmo e fui até a porta de trás do carro pra pegar o presente que era um perfume da Boticário um lindo glamour

Fechei a porta do carro e lá vamos nos, entrar nesse morro, de novo, vamos ver se dessa vez eu nao morro né? Seje o que deus quiser

Continua

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