Capítulo 13

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"𝖠𝗅𝗀𝗎𝗆 𝖽𝗂𝖺
𝖣𝖾 𝖺𝗅𝗀𝗎𝗆𝖺 𝖿𝗈𝗋𝗆𝖺
𝖳𝗎𝖽𝗈 𝗏𝖺𝗂 𝖿𝗂𝖼𝖺𝗋 𝖻𝖾𝗆."

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Eu vivo com uma constante preocupação sobre o que vai acontecer no futuro, não consigo só viver e esperar que meus dias passem. Sempre tenho que pensar no que vou fazer na próxima semana, no próximo mês, criar um "eu" para o próximo ano. E isso me traz um pouco de decepção, já que nem sempre eu consigo fazer o que planejei. É difícil seguir minhas listas imaginárias ao pé da letra, sempre sai algo errado. Talvez eu não me decepcionaria se conseguisse somente esperar as coisas acontecerem sem planejá-las. Agora quem disse que eu consigo fazer isso? Mas quando estou criando minhas listas, não consigo ver nenhum problema em organizar meu futuro como quem organiza a prateleira de livros. E veja bem, não se trata somente de sonhos. Só vou perceber que isso não dá certo quando vejo todos os itens da lista com um "x" ao lado. Sei que boa parte dos meus problemas se resolveriam se eu não me forçasse tanto a seguir as listas, deixar as coisas acontecerem naturalmente é uma coisa que precisa ser respeitada, e eu não consigo assim fazer.

A ansiedade um dia irá me matar, pode não ser hoje, amanhã ou daqui a um mês; ela irá me matar.

- Que saco! - Sem que percebesse, minha voz saiu audível, acordando Bentley.

- Porque estar resmungando?

- Nada. - encostei na parede atrás de mim, suspirei e estiquei os braços. - Julgo que, já estamos aqui há mais de uma hora, seria melhor se subíssemos.

- Nunca acontece nada com você, né. - abruptamente, ele levanta sacudindo as roupas, tirando a poeira. - Eu entendo os motivos pelos quis você não confia em ninguém, mas, me dar um crédito, eu sou seu irmão. - suas caras e bocas sempre deixavam nítidas suas emoções. Bentley é transparente como água parada, porém, às vezes, ele sacode e tudo fica turvo e incompreensível - Acredito que você, tenha mais fé no capitão. E olha, só conhece ele a pouco mais de um mês.

- Você já pode deixar de drama, não acredito que estar usando isso para me deixar mal. - olhei de soslaio, tentando decifrar se havia ou não brincadeiras em suas palavras. - Ele estar protegendo minha vida, se eu não confiar nele, em quem irei confiar? Claro, isso não quer dizer que não tenha fé em você, eu tenho, já provei isso diversas vezes!

Ao finalizar da contestação, acabo exaltando-me, deixando que minha voz ultrapasse as janelas. Sasha remexe-se de um lado ao outro em minha perna e volta a dormir.

- O que se passa na sua cabeça, Laila. O que te fizeram? Porquê você grita durante a noite, porquê sempre chora ao vê certas atitudes, porquê você é assim, eu queria compreender. - virando de costas para mim, Bentley espalma as mãos e cabeça na parede. - Você sempre grita quando tento te tocar, eu nunca faria nada ruim a você... - Bentley se vira, escorrendo as costas pela parede, até sentar, puxar os joelhos e abraçá-los. - Não tem que ser sozinha, Laila. Não precisa de forma alguma aguentar seu passado sozinha. Eu amo tanto você, você nunca sai da minha cabeça! Que droga! Por mais que eu queira, não consigo, estou sempre me perguntando como você estar, se já comeu, bebeu água, se estar sorrindo.

Pretexto - Levi Ackerman {Hiatus}Onde histórias criam vida. Descubra agora