"Aceite, o futuro é o presente que vivemos"
As histórias contadas pelos antepassados sobre o nosso fatídico e não mudável futuro nos causa uma certo angústia. Acreditamos que se mudássemos algumas coisas no passado, poderíamos enfim viver uma vida...
Seu abraço me apertava, como se buscasse espremer do meu corpo, toda àquela tristeza. Após trancar a porta, me joguei em seus braços não lhe dando a oportunidade de pensar muito sobre suas atitudes. Devido à escuridão que domava seu quarto, o medo ainda permanecia no mesmo lugar, o empurrei contra a parede e descansei minha cabeça em seu peito. Minhas mãos rodearam sua cintura e fechei as mãos nela.
Não queria soltar minha segurança.
- Estar tudo bem, Laila. Você quer conversar? - conseguia ouvir o timbre de sua voz ecoando em seu peito. Levi massageava minhas costas, com uma mão, enquanto a outra se perdia nos fios do meu cabelo ainda úmido.
- Quanto mais eu tento ser forte, pior fica. É muita coisa para processar, não estou dando conta. - ele segurou ambos os meus braços e tentou afastar meu corpo. - Por favor, não me solta, eu confio em você. - após dita as palavras, analisei melhor o que havia dito. Eu não confiava em muitas pessoas, talvez não confiasse em ninguém, nem mesmo em mim. Mas, por algum motivo, aquilo soou muito verdadeiro, eu confiava nele.
- Eu não ia soltar você, só queria olhar para seu rosto. - afastei do seu corpo, erguendo o olhar até os seus olhos. - Foi você que se machucou desse jeito? - ele tocou o canto da minha boca sutilmente, visando não machucar ainda mais.
- Foi um momento de fraqueza extrema, me desculpe. - e mais uma vez eu estava estilhaçada, escorrendo pelas paredes invisíveis do meu próprio calabouço. Enquanto o olhar do capitão me prendia nessa realidade, a minha cabeça me jogava no chão e ria da minha cara. - me desculpa...
Ultimamente tudo que eu fazia era chorar, talvez pensando que alguns problemas iriam se dissipar com as lágrimas, já estou acreditando que só ficarei mais fraca, a cada noite virada chorando, sinto-me menos capaz o encarar o que prometi a mim mesma que faria.
Prometo nunca mais ter medo
Meu corpo balançou com o ritmo da tempestade que caia agora la fora. Os estrondos misturavam-se com os flashes de luz dos relâmpagos, deixando o rosto pálido dele exposto a mim. Levi abaixou um pouco, enlaçou minha cintura com uma mão e apertou firme enquanto me erguia em seu enlaço. Minhas pernas prenderam em seu quadril e os braços sustentam-se em seu pescoço.
