Through The Rain -Ariana / You (G!P)

Capítulo 15

Ariana Grande's Point Of View.

S/N havia feito algumas mudanças desde minha última visita ao escritório dela, aos poucos S/N me explicou como tudo funcionava em sua empresa e comecei a me sentir mais atraída por ela, afinal S/N não era apenas linda, como era inteligente e prestativa.

—  Preciso resolver uma pendência no departamento de trânsito, tudo bem você ficar essa tarde sozinha Ari? — Questionou S/N me encarando.

— Nenhum, mas fique com o celular ativo, ok? Para o caso de algo acontecer aqui! — Pedi um pouco tensa.

— Claro amor! Aliás, hoje a Anna irá para minha casa e como ela te adora, pensei que...

—Adoraria ter um jantar em família com vocês! — Falei me antecipando.

Pude ver o sorriso de S/N aumentar e sabia o quão importante para ela era saber daquilo. Eu adorava a filha dela e sabia que Anna sentia o mesmo por mim. S/N me puxou para ela e dividiu um beijo que aos poucos foi tomando intensidade e teria melhorado ainda mais se o celular dela não tivesse tocado e a lembrado do que ela precisava fazer.

S/N se despediu e foi embora, me deixando sozinha naquele enorme escritório e logo fiz questão de abrir o pequeno freezer e pegar o que eu precisava para comer e beber. Por longas duas horas a vida pareceu ser a melhor que poderia se imaginar, pelo menos no âmbito profissional, mas logo descobriria que nem tudo costumava ser flores.

— Boa tarde! Sou Gabriel Dill. Estou atrás da arquiteta S/N, ela está? — Indagou o homem me medindo de cima para baixo.

— Ah ela foi resolver algumas coisas no departamento de trânsito, mas gostaria que eu passasse algum recado para ela?

— É mesmo uma pena! Queria apresentá-la para uma amiga e tínhamos planos para minha volta a Miami, mas tudo bem! Entregue por favor esse cartão e avise a ela que em breve irei entregar o presente de boas vindas para ela. — Comentou o homem me entregando o tal cartão.

Eu não fazia ideia de quem ele era e muito menos do que ele tinha a presentear, mas senti um mal pressentimento quanto a ele. O restante daquele dia passou-se na mais normal tranquilidade. Aos poucos estava aprendendo a arrumar as coisas e a controlar planilhas. Estava orgulhosa de mim por ter evoluído tanto!

— Nossa! Me lembre de ano que vem fazer o licenciamento do meu carro dois meses antes! Aquele lugar estava um verdadeiro inferno! — Reclamou S/N afrouxando a gravata que usava.

Me levantei da mesa e segui para seus braços a puxando pelo colarinho. Dividimos um longo beijo, não importa o que diriam, eu sempre amaria aquela vida romântica que tinha com S/N.

— Com essa recepção, acho que todos os dias irei arranjar algum problema! — Brincou S/N me fazendo rir.

— Boba! Já não está na hora de irmos para casa? — Indaguei a soltando.

S/N dividiu um último beijo, olhou para seu smartwatch e deu a melhor notícia que eu poderia ouvir. Enquanto fechava no notebook e trancava a gaveta da mesa que eu ficava, observei S/N parada lendo algo em seu celular.

— Problemas? — Indaguei preocupada.

— Não! Por acaso veio alguém aqui atrás de mim? — Perguntou S/N me encarando.

— Ah sim! Havia esquecido de dizer! Sim.. Um homem estranho veio e trouxe um cartão, disse para você ligar para ele, disse que tem um presente de boas vindas. — Respondi um pouco incomodada.

S/N não me disse nada, apenas guardou o cartão que tinha entregado a ela em sua carteira e cruzou nossas mãos, indo até o carro.

— Achei que iríamos buscar a Anna. — Comentei assim que entrei no carro.

— Iria, porém Amber me impediu. Se existe uma ex mulher mais irritante que ela, eu desconheço. — Reclamou S/N colocando o cinto de motorista.

O caminho de volta para a casa de S/N foi de silêncio total. Algo naquele cartão havia mudado nela e eu precisava desesperadamente saber o motivo.

— Podemos sair hoje? Quero dizer já que a Anna não irá ficar conosco. — Sugeri assim que S/N estacionou o carro.

— Estou muito cansada Ari, fazemos isso outro dia. — Suspirou S/N desligando o motor do carro.

— O que tinha nesse cartão? Você mudou por conta dele! — Indaguei a encarando.

S/N respirou fundo e me encarou por alguns minutos em total silêncio.

— O cartão que o Gabriel te entregou não é exatamente dele.

— Quer me contar como se conheceram? Porque ele não parece do tipo que iria atrás de você para construir uma casa por exemplo.

S/N ligou o carro e aqueceu o motor. Por vinte minutos S/N rodou com o carro até um ponto bem vazio perto da saída da avenida principal, desligando o motor em seguida.

— S/N? — Chamei mais uma vez na torcida para que ela me falasse algo.

— Gabriel é filho de um dos sócios do meu pai, crescemos juntos porém vemos a vida de formas diferentes, ele vê as mulheres como objetos sexuais e o cartão que ele te deu é de um bordel, o meu presente que ele te disse é uma garota que ele já havia me falado, ela tem a sua idade e não duvido que ele esteja a aliciando para os amigos e conhecidos. — Desabafou S/N encostando a cabeça no banco.

— Ele parecia mesmo um cafetão, pelo menos quando veio falar comigo. Bom.. Agora você é de certa forma livre, deveria ir nesse bordel e ficar com essa garota. — Sugeri a encarando.

— Eu não quero nenhuma garota, eu já tenho você e amo cada detalhe em você.

— Nossa S/N, isso foi lindo! Também não penso em outra pessoa que não seja você!

— Ari, queria ter feito isso em um jantar romântico, mas não sou a melhor pessoa para isso. Sei que já firmamos o nosso relacionamento, afinal decidimos que seremos namoradas, mas ser namorada não é apenas falar, precisa disso, pelo menos eu acho que precisa! — Comentou S/N tirando o porta joias do bolso e a abrindo.

Por cinco minutos não sabia o que dizer. O anel era lindo e parecia ter custado uma fortuna.

— Por favor diga algo! Não quero pensar que fui precipitada demais! — Pediu S/N tensa.

— Você não foi! Não falei nada porque fiquei emocionada! Claro que aceito ser sua! — Respondi segurando as lágrimas.

S/N me puxou para um longo beijo e logo aquele carro acabou virando palco de nosso sexo mais intenso. Eu a amava e não tinha mais nenhuma dúvida sobre, no entanto nossa felicidade estava com os dias contados.