Como uma leitora voraz, eu sempre quis contar uma história cheia de aventuras, com um amor avassalador e um final emocionante. Viver essa história não foi um processo tranquilo, mas finalmente posso contá-la a vocês.
No meu aniversário de 16 anos fu...
Antes de começarmos, conhece a Casa das Rosas em São Paulo? Ela foi a inspiração para a casa que vai aparecer por aqui. Espero que consigam sentir toda a emoção quando forem lá. ❤️
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Durante o percurso até a casa de Joaquina, eu sentia mais forte que ela e Ermelino tinham algo.
Eles conversavam enquanto eu tentava memorizar tudo à volta. Árvores, pedras grandes, ramos ou arbustos, tudo que pudesse me guiar naquele novo ambiente.
Às vezes, nem parecia que eu estava ali, não da minha parte, mas da deles. Parecia que a qualquer momento eu poderia tocar ou ver bem na minha frente o sentimento deles. De tão intenso que era.
— Bem, chegamos — anunciou Nina, se virando para mim e apontando para uma casa que eu já conhecia.
Era a casa da vovó Cecília.
Faltavam alguns detalhes, como o jardim e gramado bem cuidados na frente. O pé de amoras perto do muro. E o cachorro dorminhoco e barulhento.
— Está tudo bem? — perguntou vendo minha reação,só então percebi que tinha parado.
— Ah... Não, quer dizer, sim! Estou bem — respondi colocando um sorriso no lugar da boca aberta.
— Vamos? — Lino perguntou dando os primeiros passos, como se sentisse que eu precisava me mover.
Voltei a andar com Nina falando alguma coisa e perdida nos meus pensamentos. Seria fácil entrar ali, já que era a casa da vó Ceci. Talvez eu a conhecesse ainda pequena!
— Você tem irmãos? — perguntei, deixando de olhar para a casa que me aproximava.
— Por enquanto não. Mamãe está grávida. Meu pai acha que é um menino, mas eu e mamãe achamos que é uma garota — disse com um sorriso conspiratório.
Sorri, questionando o que ela seria minha. Até que me lembrei que vovó não tinha irmãos. Ela não era minha parenta. Ou era?
Hunter, cadê você?
Subi os degraus da varanda, sentindo nostalgia e segurança, mas ao mesmo tempo algo me incomodava. Por que eu tinha voltado no tempo e ainda por cima no ano em que minha avó nascia?
Se ela já me conhecesse seria muito estranho. Eu ainda voltaria para casa se isso acontecesse? Seria um ciclo vicioso?
Isso explicaria porque a vovó era tão dura com a mamãe, na relação de sair de casa, mas ainda assim. Será que algo deu errado no passado da vovó? Bem... acho que sim, já que estou aqui.
Mas, o que deu errado?
— Mamãe, cheguei! — Nina anunciou enquanto abria a porta.
Assim que entrei na casa minhas certezas aumentaram. Não pelos móveis, mas pelo fluxo da casa. Assim que passava pela entrada, havia duas portas, uma de cada lado, antes da escada à direita que deveria levar aos quartos.
