18 - Essa foi por pouco

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Quando ia gritar, o rosto de Hunter apareceu no meu campo de visão

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Quando ia gritar, o rosto de Hunter apareceu no meu campo de visão. Se não fosse pelo susto, eu poderia sorrir para o garoto dos meus sonhos — literalmente.

— O que você está fazendo aqui? — perguntei enquanto ele olhava para o lado de fora.

Quando ele se virou para mim, seu semblante estava sério e tinha um dos dedos sobre a boca, me pedindo silêncio sem palavras. Fiz o sinal de "ok" com os dedos enquanto esperava. Nesse momento escutei passos pesados no corredor.

Puxei Hunter para longe da porta e fui até a lateral do guarda-roupa onde podíamos nos esconder de uma rápida olhada de quem visse de fora.

— Respira, Alde. — Hunter falou baixo perto de mim, quando olhei para cima, seu rosto estava perto do meu.

Claro que na hora do desespero nem pensei no que estava fazendo, mas era o único lugar onde nós dois poderíamos nos esconder juntos.

Quando senti meu rosto esquentar, concordei abaixando a cabeça e voltando a focar no perigo porta a fora, antes que a fanfiqueira que habitasse em mim atacasse.

— Você tem olhos bonitos, Alde. — Hunter falou baixo perto de mim e eu o encarei. Ninguém acha meus olhos bonitos. Eles são comuns. — Dá pra ver sua gentileza por eles. — ele completou com um sorriso, antes de voltar a olhar para o caminho de quem viria da porta.

— Ah... — Sim, essa era minha capacidade em responder elogios e é claro que eu estava com o rosto completamente quente enquanto pensava no que poderia responder.

— Vamos, já podemos sair agora — Hunter pegou minha mão e me guiou por todo caminho até a porta.

Não, não reparei como as nossas mãos ficavam juntas. Eu estava com medo.

Andamos em silêncio pelo corredor, parando apenas para ouvir se tinha algum ruído próximo. Quando alcançamos a porta que dava para os fundos, Hunter se virou para mim com aquele sorriso tranquilo.

— Agora você está em segurança. — Ele soltou minha mão e indicou o lado de fora com a cabeça.

— Você não disse o que está fazendo aqui. — O encarei confusa. — Achei que aqueles sonhos eram apenas uma coisa da minha cabeça.

— Estava te salvando, como você pode notar — disse com um sorriso de aquecer o coração, mas eu não iria desistir dessa oportunidade, por mais arriscado que fosse.

— Como você chegou aqui? Por que toda vez que a gente se vê você não responde às minhas perguntas e só me deixa mais confusa? Quando eu vou poder voltar pra casa? Você sabe?

— A única coisa que posso te responder é que você deve se apressar. Seu tempo está acabando — disse abrindo a porta. — Agora vai. Nina está preocupada.

— Tenho certeza que ela pode esperar mais um pouco — falei olhando para fora. — Mas eu não posso esperar até quando você vai decid-... — parei de falar quando voltei a olhar o lugar onde ele estava, encontrando apenas o vazio.

Entre Sonhos e PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora