feliz aniversário.

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Draco.

Os últimos dias foram uma bagunça total, uma hora eu estava descansando depois de uma caçada extremamente longa, e depois eu estava no carro novamente, indo atrás de um demônio, não exatamente um demônio... Vincent deve ter dito algo sobre Harry ser um mestiço ou qualquer coisa do tipo, mas de qualquer forma, "trabalhar" com ele estava sendo melhor que o esperado.

Era engraçado a forma de se portar quase normal dele, com todo o afeto evidente pelos Wesley's, ou a forma calorosa de se recordar dos Potter's, talvez até um pouco da sensibilidade dele de não só nos contar sobre Dolohov, mas também ajudar a chegarmos até ele.

Eu tive um sentimento diferente com o moreno desde a primeira vez que nos falamos, claro que ele parecia um grande cuzão dentro da minha cabeça, mas pessoalmente foi diferente. Ele age de uma forma extremamente tranquila e relaxada, mas seus olhos expressam todo o tipo de sentimento. As piadinhas de mal gosto também são o ponto alto de estar perto de Harry.

Depois que Ronald contou tudo que havia descoberto com Pansy e Millicent, todos nós fomos arrumar a bagunça que a sala havia ficado, o que não demorou muito levando em consideração que éramos sete. Quando o cómodo voltou ao seu estado normal, os dois sofás foram forrados por travesseiros e edredons, dois colchões foram postos no lugar da mesa de centro e com duas camas no andar de cima, estava tudo pronto para que pudéssemos dormir, tirando o fato de um de nós ficar sem ter onde se deitar. Eu me ofereci pra dormir no carro, como já estava acostumado, mas Harry me olhou como: "tente isso e seja um homem morto pela manhã"

No final de toda discussão, o moreno acabou cedendo seu quarto para mim, alegando que não precisava realmente dormir. Eu pensei em negar, obviamente... mas ele voltou com aquele olhar, e eu decidi que gostava de estar vivo. Por volta das duas da manhã, Crabbe e Goyle haviam despencado sobre os sofás, Blásio e Theo disputavam lugar entre os dois colchões, que foram juntados pela falta de espaço, e os roncos de Ronald eram ouvidos por toda casa. Harry tinha ido até alguma loja de conveniência 24hrs para comprar alguma coisa que eu não fazia ideia do que poderia ser, então eu resolvi seguir o exemplo dos outros seis, e tomar um banho. Quando eu saí do chuveiro o barulho de chaves pode ser ouvido, denunciando que Potter havia chego. Eu fui até o quarto do mesmo, e quando estava pronto para deitar, batidas levas vieram da porta.

- Entre - Eu disse baixo, sendo agraciado pelos olhos verdes brilhando como nunca e um sorriso bonito.

- Blásio dormiu antes que pudesse lembrar, e você nunca foi bom de memória... mas já que esses últimos dias tem sido uma merda, eu quis tentar te animar um pouco - Ele começou assim que entrou no quarto, com as mãos para trás do corpo.

- Do que está falando? - Eu franzi as sobrancelhas em confusão, tentando espiar o que ele segurava atrás de si.

- Feliz aniversário, Draco - Harry desejou enquanto revelava o que escondia, um pequeno bolo decorado de maneira simples. A cena fez meu coração se apertar, já era cinco de junho...

- Harry, eu nem sei o que te dizer - Eu gaguejei de princípio, o que fez ele oscilar com o sorriso, então eu corri para concertar o sentido - Obrigado, significa demais.

Eu devolvi o sorriso para o menor e me levantei, o rodeando com os braços pela cintura, em um abraço apertado. Realmente significava muito, porque me lembrava de quando minha mãe me acordava, meia noite em ponto do dia cinco, com um bolo em mãos.

- Como você sabia que é meu aniversário? - Eu perguntei assim que nos separamos.

- Eu te acompanho faz tempo, Draco... e tem muitas coisas que você não pode entender ainda, mas eu posso dizer que sei bastante sobre você e como você se sente - Ele me respondeu, enquanto colocava o bolo sobre a escrivaninha, junto com uma sacola preta, que eu ao menos tinha visto ainda.

- Isso quer dizer "sem perguntas" então? - Eu o questionei.

- Pelo menos por enquanto, querido. Só mais pouco e eu vou te explicar absolutamente tudo - Ele se virou para mim, e ofereceu um sorriso calmo - Mas por agora, o que acha da gente comer esse bolo?

- Eu adoraria.

Nós nos aconchegamos na cama de Harry, com o bolo entre nossos corpos e dois garfos de plástico coloridos entre os dedos. De dentro da sacola preta, o moreno tirou duas garrafas de cerveja, me entregando uma e ficando com outra para si. Comemos o bolo até o fim e acabamos com mais três garrafas de cerveja, com assuntos aleatórios durante. Eu descobri que Harry era tão normal quanto eu, e no final da madrugada, ele se mostrou vulnerável como qualquer um. Afinal, ele não tinha culpa de Lúcifer e Deus serem grandes filhos da puta.

Harry estava do meu lado, com uma garrafa de cerveja na mão, o canto da boca sujo de glace e meias coloridas, me contando que escuta Led Zeppelin e usa saias simplesmente porque gosta, porque ele esquece dos pais quando faz algo comum. Porque ele gosta de ser Harry, só Harry.

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Eu quis trazer algo mais piegas aqui, não sei se consegui realmente...

Pensei em começar a construir a cumplicidade do Draco e do Harry, além de mostrar os sentimentos deles.

Corri pra terminar esse capítulo antes de 00:00 e poder deixar aqui um "especial" para o aniversário do Draco.

Até logo <3

Capítulo não revisado.

supernatural - drarryOnde histórias criam vida. Descubra agora