As meninas tinham acabado de ir no banheiro, como eu não tava com vontade de fazer nada fiquei la dançando com algumas pessoas desconhecidas.
Senti uns braços rodearam minha cintura, não fazia a menor idéia de quem poderia ser e dou de ombros, aliás, estamos em uma balada e é a coisa mais normal alguém chegar te abraçando do nada, pelo menos pra mim é.
— É engraçado o jeito que você não dá a mínima pra ver que está te abraçando — uma voz masculina familiar diz perto do meu ouvido, reconheço que é a voz do Vitor e tiro os braços do garoto de minha cintura me virando para o mesmo — Oi linda, como você tá? — ele me olha de cima a baixo dando um sorriso de canto.
— Ah então agora o senhor me notou? uau Vitor — fingi uma cara de surpresa, ainda estava puta por ele não ter ao menos me notado quando estávamos em casa.
— Que drama, eu estava te olhando desde que saímos de sua casa como também estava te olhando quando estava dançando, e vamos ser sinceros você está gata pra caralho — ele me puxa pela cintura colando nossos corpos.
— Eu sempre fui gata meu amor, eu sempre fui — Mexi em meu cabelo.
Estou com uma certa sorte que a Duda, a Maria nem a Julia estão aqui, se não elas estariam gritando que nem três retardadas por me ver assim com o Vitinho.
— Você sendo só uma assim já é convencida, imagina se fosse duas — o mesmo diz e eu passo meus braços em volta do seu pescoço.
— Idai que eu sou convencida? eu posso — Pisco o olho pro menino que dá um sorriso de canto.
— Verdade amor, concordo me beija — o mesmo susurra em meu ouvido me causando arrepios e logo consigo escutar sua risada rouca e baixa — Eu amo esse efeito que eu tenho sobre você.
Nossa nem sei mais, do nada veio um calor aqui que nem sei.
— Oh Vitor, solta a minha mulher — Julia diz tirando os braços do Vitor da minha cintura e a mesma me abraça. Salva pela julita — eu sei que ela tá muito gata e tá muito perigoso deixar ela sozinha aqui nessa balada, mas relaxa que eu cuido dela, vai pra lá vai — Julia mexe a mão na intensão de fazer o Vitinho se afastar, tadinho
— Julia você estragou o clima deles — Maria diz se aproximando da gente juntamente da Duda
— Eu nada, Isa vai ficar com a gente essa noite não quero nem saber — ela diz ainda abraçada a mim.
QUEBRA DE TEMPO::
O pessoal inteiro se juntou com a gente quando começou a tocar um funk que eles gostavam muito, estávamos dançando até agora só paramos porque a maioria ficou cansada.
Vitinho disse que tava apertado então acabou de ir no banheiro e mandou eu esperar ele no barzinho, bom, aqui estou eu, sentada olhando o povo dançando.
— Oi? — Uma voz masculina que não era nem um pouco familiar me chama, me assustando um pouco já que eu estava tão concentrada na dança de uns adolescentes — Não quis de assustar desculpa.
— Não que isso — Eu me viro pra ele e vejo o mesmo se sentar.
— O que você tá fazendo sozinha aqui? — ele mexe em seus cabelos pretos.
— Eu só tava olhando eles dançarem e também tô esperando meu amigo voltar — Digo — Como se chama?
— Ah meus modos, me chamo miles — ele diz estendendo a mão pra mim — prazer — aperto sua mão — e você? como se chama?