Capítulo 4 - Vaca Terrível!

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Uma noite agradável, e Estela vai até a casa de Camélia. Hoje era noite  das meninas, a duas iriam sair juntas depois de alguns meses.
Elas descem as escadas da mansão em seus longos vestidos, e se deparam com Alberto, em seu terno preto azulado.

- Que coisa rara te ver saindo sem avisar, Beto. - Camélia o olha com um sorriso travesso.

- E- eu já estava indo te avisar, senhora Camélia... Vejo que também pretendem sair.

- Vamos ao Camarott, beber todas! - disse a loira com um ar animado. Era um bar chique da região, um pouco distante do cassino.

- E você? - Pergunta Camélia curiosa.

- Por coincidência, eu vou para o mesmo lugar... - Alberto ri surpreso. - Vou encontrar o Leandro, e... a Natalie.

- Ah, então é por isso que está tão elegante! - Estela se aproxima tocando o ombro de Alberto.

- Igualmente! - Ele sorri. - Podemos ir juntos, se quiserem.

- Claro! O Inácio está nos esperando...

- O queee? Achei que iríamos no seu carro. - Estela a olha com um bico. Ela amava correr com a Camélia pela cidade.

- Eu também vou beber, não quero amassar meu carrinho. - O "carrinho" em questão era um PORSCHE 356 SPEEDSTER, vermelho.

- Então vamos! - Disse Alberto descendo os lances de escadas apressadamente se dirigindo a porta.

- Ele está estranho... - Camélia pensa consigo ao passar por ele na porta.

Ao chegarem no Camarott, Alberto encontra seu amigo na entrada do grande prédio.

- Já vi que chegou bem acompanhando, Beto. - Leandro diz beijando a mão de Camélia e Estela. Um homem alto, com um cabelo preto muito bem alinhado, pele clara e olhos verde escuro.

- É para poucos! - Alberto sorri olhando para Camélia de relance. - Vamos entrar!

Um tempo depois que entraram, enquanto se acomodavam no balcão do bar, alguns dos políticos e suas esposas esguias, caminham em  direção a Camélia. Estela já os olha com desdém.

- Qual é, hoje era pra ser noite das meninas! - A loira cochicha antes dos homens se aproximarem.

- Vai ser rápido!

Camélia ri quando vê a amiga revirando os olhos.

Elas se juntam a eles na mesa do outro lado do salão. O lugar tinha vista de parte da cidade, um prédio alto, com várias janelas. Seu ar sofisticado, não deixava dizer que era um simples bar. Mesas redondas e cadeiras almofadadas espalhadas pelo grande salão retangular. Um palco no centro de uma parede, onde alguns cantores de nome se apresentavam.

Enquanto isso no balcão, Leandro encosta no ombro esquerdo do amigo que parecia distante.

- Você tá com essa cara desde que  chegou... Aconteceu alguma coisa entre você e a "chefona"?

- Não... não aconteceu nada.

- Não acontecer nada é o que me preocupa!

- De novo com isso...

- Não me olha com essa cara! E eu tenho razão quando digo que essa relação de vocês é estranha.

- Ela é minha chefe e eu sou assistente dela, o que mais você quer, Leo?

- Não sei, nesses anos todos vocês nunca... - Leandro arqueia a sobrancelha - Nem um beijinho?

- Nós separamos muito bem as coisas...

Camélia NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora