3- Planejamento de forças maiores.

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O garoto estava continuava com aquele baile em sua mente durante o seu período de trabalho inteiro. A ansiedade lhe consumia e parecia estar bem claro que ele estava tão inquieto. Era a primeira vez que ele iria se divertir tanto assim, sempre recusava todos esses bailes genéricos que todos costumavam ir, mas estava tão entediado que estava começando a considerar sua ida para lá. Isso não era ruim para a sua pessoa, pois poderia aprender muita coisa ali, como por exemplo a não voltar mais ou a voltar sempre. Uma das duas opções se mostrariam acessíveis e isso atiçava a sua curiosidade, era um mistério. O único plausível que ele havia visto momentaneamente, então parecia uma chance para explorar. Quem sabe a sua solidão também lhe dê paz por ali, se por acaso encontrar uma pessoa interessante. Era o típico caso de pessoas que iam para uma festa sozinhos e tentavam a sorte com alguém que também estivesse na mesma situação que eles. Nada tão impressionante, mas era uma chance pequena, mas não inexistente.

— Está me ouvindo? — A mulher tirou a sua atenção. — O relógio está quase marcando a hora de irmos embora. Daqui a pouco o chefinho passa aqui para poder olhar nosso serviço, cadê o profissionalismo?

— Haha, muito engraçada você. — Ele foi irônico. — E desde quando eu ligo para o que ele fala? Pra mim, ele poderia explodir e eu daria graças a Deus. Faria até um churrasquinho para comemorar. Só tô aqui porque preciso, mas na primeira oportunidade eu fujo daqui.

— Tudo bem então, Sr. Independente. Não está mais aqui quem falou. Não é só você que quer ir embora dessa espelunca. A cada dia me cansa mais. Enfim... Já acabei de arrumar as minhas coisas. Preciso ir, tenho muitas coisas para fazer em casa. Beijo! Bom baile pra você. — Sorriu, colocando a mão na frente de seu rosto, feliz pela conquista de seu amigo.

— Quer um microfone? Da próxima vez anuncia num megafone essa notícia de que eu estou encalhado e totalmente entediado. — Sussurrou, fazendo-a rir de forma estridente.

— Deixa de ser dramático, Park Jimin. Agora fui! Tchau. — Acenou enquanto caminhava para longe, tomando os seus passos de sempre para a saída, provavelmente indo direto em direção sua casa.

Park continuou a pegar em seu pequeno molhado e empoeirado para passar na mesa. Toda a sujeira estava saindo com sucesso, e isso deixava-o feliz, como sempre. Pelo menos não iria precisar deixar ali para amanhã. Passos estavam vindo em sua direção e ele se apressou, pois sabia que, se fosse visto pelo chefe, ele o pararia para poderem conversar. Pegou o resto de suas coisas e saiu rapidamente, riscando o chão com seus sapatos que se chocavam de forma rápida. Continuava indo mais rápido, porém uma voz o fez parar e soltar um suspiro de decepção tão grande que poderia ser ouvido da esquina da rua. Bateu as mãos contra as pernas e disse um "Que inferno!" para si mesmo. Deveria ter ouvido a garota e arrumado as suas coisas mais rápido. Enquanto voltava por onde veio, pensava em qualquer desculpa. Após isso, agiu como se estivesse desesperado, ele tinha um plano.

— Oh, você está aí! Olá, Park. — Era o seu chefe. — Só estava passando por aqui, mas queria falar com você. Você tem um minuto para isso?

— A-ah, pode dizer. — Na verdade, não podia não. Ele só desejava ir embora imediatamente. Sua alma estava gritando decepção.

— Estava pensando se você iria querer sair comigo amanhã. Para jantar, não sei. Você quem sabe. Se não puder, marcamos outro dia... Você é quem manda. — Seu chefe o chamando para jantar? O quê?!

— Eu posso pensar um pouco? Preciso ir para o hospital, minha avó está passando mal. Dizem que ela está entre a vida e a morte, eu estou muito preocupado. — A sua avó já tinha falecido há anos. Mentia descaradamente. — Amanhã, se eu vier caso algo não aconteça, eu te darei a resposta.

— Oh, sério? Meu Deus, espero que ela melhore. Eu espero sua resposta então... Até amanhã. — Era o segundo aceno que recebia hoje. Apenas respondeu chacoalhando a cabeça e soltando um sorriso. Não sabia o que sentia no momento, se era algo bom ou ruim. Ele gostava de seu chefe (não nessa intensidade), mas receber um pedido desse era tão estranho. Dependendo do que ocorrer, ele já pensava em dizer um "não" com a desculpa mais esfarrapada possível. Era o melhor que poderia fazer, mas tinha medo de fazer isso e ganhar uma demissão por conta de ele poder se magoar e ficar com uma certa "dor de cotovelo".

Teria que ver o que faria logo, mas hoje o baile o chamava, acima de tudo. Estava pronto para arriscar os dois, mas uma dessas opções deveria ser mais pensada.

                              
  xxx

Gostava do que via. Fazia poses na frente do espelho, virando de um lado para o outro e treinando apresentações, que era uma das coisas que ele precisaria treinar neste dia, se quisesse causar uma boa impressão - apesar de nenhuma das vezes que tenha treinado tenham sido boas o suficiente para ele -. Mas se encontrava confiante, e isso era uma coisa rara de se acontecer. Conseguia sentir energias boas vindo pelo seu caminho, então se manteve totalmente aberto para recebê-las. Qualquer coisa que ele pudesse sentir era aceitável, sendo boa ou ruim, era uma experiência. Porém ele não sabia que, se pensasse dessa maneira, ele estaria realmente manifestando essas situações. Seu recipiente de vidro cheio de perfume estava em suas mãos e ele saia de casa no momento após borrifá-lo em seu pescoço, inocentemente. Sua blusa era preta e sua calça era branca, além de usar sapatos da mesma cor. Seu cabelo estava colaborando também, parecia brilhar com a noite. Era como se tudo tivesse conspirado para aquela noite estivesse acontecendo, desde as estrelas até os planetas. Tudo girava em torno daquele momento, era a noite perfeita, tão incrível e iluminada.

Estava tudo tão lindamente planejado que parecia até que tinha sido detalhadamente planejado, durante muito tempo. Desenhado com os melhores pincéis e escrito em letras douradas.

No fim das contas, talvez realmente tenha sido.

D4NC1NG W1TH D3M0NS| jjk + pjm. Onde histórias criam vida. Descubra agora