meu amor

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Quando sai do banho e vi a Any deitada na cama dormindo, involuntariamente sorri, e meu coração se alegrou muito. Há meses eu sonhava com isso e agora, era realidade! A minha Any, a minha mulher, tinha voltado para casa! Tudo bem, que não era pelo motivo que eu queria, mas alguma coisa me dizia que logo, logo voltaríamos a ser um casal ou melhor a família feliz que éramos a quase um ano atrás.

Terminei de me secar e vesti um short de algodão e me deitei ao lado dela a abraçado, e a mesma quando me sentiu por perto se aconchegou melhor nos meus braços, o que me deixou mais feliz ainda... Apenas nos cobri com um edredom que já estava na cama e acabei por dormi também...

No outro dia...

Acordei e já se passavam das dez da manha e isso porque os raios fortes de sol entravam pela janela indo contra meu rosto... E notei que a Any ainda dormia tranquila ao meu dado, de certo, havia trocado de posição durante a noite e estávamos em forma de conchinha... Me levantei sem fazer barulho, pois sabia, que ela estava dormindo profundamente e isso significava que ela realmente estava cansada, então fechei as cortinas e sai do quarto e fui tomar banho no banheiro social...

Sai do banho e peguei uma toalha... Voltei ao quarto e troquei de roupa, peguei carteira, chaves e sai...

Vinte minutos depois eu já estava de volta com as coisas que eu havia comprado no supermercado... Tudo que a Any gostava de comer pela manha e comecei a preparar tudo, fazendo o mínimo barulho possível...

Quando já estava tudo pronto, subi, afim de esperar que a Any acordasse e ao chegar no corredor frente ao nosso quarto, o telefone começou a tocar, dei meia volta e ate inicio do corredor e o atendi...

Alfonso: Alô...

Lucia: Poncho?

Alfonso: sim... Tudo bem?

Lucia: sim... Quer dizer não! Poncho, a Nina está passando mal!

Alfonso: como assim? –preocupado-

Lucia: não sei dizer, no meio da noite fui ao quarto dela e ela estava suando e com febre alta, dei um remedinho pra febre abaixar, mas nada, continua do mesmo jeito! Agora ela acordou e está chorando, chamando por vocês...

Alfonso: há meu Deus! Fica calma tia Lucia, eu já estou chegando ai! –peguei as chaves e logo em seguida desliguei-

E em menos de quinze minutos cheguei a casa dos meus sogros... Henrique abriu a porta e fui direto para o quarto onde Nina estava... Lucia estava muito nervosa e quase chorava, me sentei na cama onde Nina estava e ela estava toda encolhida, com febre alta e isso eu pude sentir ao tocar a testa e o pescocinho dela; ela também chorava e me senti impotente. Nunca havia visto minha filha daquele jeito, já que Nina quase nunca ficava doente e quando isso acontecia sempre era uma gripe atoa que não duravam dois dias e com remédio logo passava...

Alfonso: calma meu amor, logo vai passar...

Nina: papai eu telo minha mamãe! –disse em meio a um choro fraco-

Alfonso: ta bom! vou te levar até ela... Tia, que remédio a senhora deu a ela?

Lucia: dipirona, apensar ser ruim, é o que corta febre! Mas ele não funcionou!

Alfonso: tem quanto tempo que a senhora deu?

Lucia: as cinco da manha!

Alfonso: tudo bem! Obrigado! –peguei Nina no colo- Vou levar ela para casa e chamar um médico!

Lucia: tudo bem, vou com vocês!

Desci com a Nina e só foi o tempo de Lucia pegar a bolsa e irmos para casa...

Assim que chegamos, coloquei Nina na cama dela e liguei para o pediatra dela, enquanto Lucia tentava acomodar melhor Nina...

Esperávamos o médico na Nina, que havia dito que chegaria em meia hora...

Lucia: onde está a Any?

Alfonso: dormindo!

Lucia: temos que acordar ela! Ela tem que ficar com a Nina!

Alfonso: eu sei... –disse atordoado- mas como vou acordar ela dizendo que a Nina está passando mal assim?

Lucia: é tem razão, melhor esperar ela acordar mesmo! –fez um carinho em Nina que estava quase dormindo-

E logo o médico da Nina chegou e examinou ela, durante a consulta Nina reclamava de dor e chorava baixinho, era evidente que ela estava sem forças...

Lucia: e o que ela tem doutor?

Dr. Bruno: bom, ela pegou uma virose! Vocês viajaram e provavelmente ela tenha pegado na viagem! Suspeito que seja H1N1!

Alfonso: ela está com gripe suína?

Dr. Bruno: não tenho certeza! Sugiro que vocês a interne no hospital e lhe farei novos exames, assim teremos a confirmação do que ela tem! É necessário mantê-la em jejum e só dar antibióticos depois dos resultados dos exames!

Alfonso: internar? É realmente preciso? –estava com o coração apertado-

Dr. Bruno: para a segurança dela e de vocês sim! E de preferência agora mesmo!

Ele escreveu algumas orientações em um papel e me entregou dizendo que nos esperaria no hospital... Aquela definitivamente não havia sido uma consulta na qual no final ele nos dizia que estava tudo bem com a nossa menina, nos tranqüilizando e dando a ela um pirulito ao fim...

Lucia tratou de fazer uma pequena mala para Nina com algumas roupas e coisas pessoais, enquanto eu tratei de ir acordar a Any... Com toda certeza não seria nada fácil a ela dizer que a ela que nossa filha seria internada...

Cheguei ao quarto e ela pra minha sorte já estava acordada e eu não teria que me dar ao trabalho de acordá-la... Ela estava sentada na lateral da cama com as mãos apoiada na mesma com o olhar distante e fixo em um canto qualquer da parede, pude notar que ela se quer notou minha presença. Me aproximei e toquei seu ombro.

Alfonso: amor...

Idas e Vindas do AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora