amor eterno

210 19 1
                                    


Alana telefonou para Maite, Christopher, Janaina e conseguiu falar com meus pais e todos vieram para o hospital e conversaram comigo, tentando me acalmar, mais estava difícil...

Minha mãe se preparou para entrar comigo e já estava deitada na maca móvel indo, com minha mãe, duas enfermeiras e a Julia para a sala de cirurgia quando, Alfonso chegou ofegante no quarto...

Alfonso: meu amor me perdoa, eu só fiquei sabendo agora e vim o mais rápido que pude!

Anahí: que bom que você ta aqui, nossa filha vai nascer!

Alfonso: -emocionado- é nossa princesinha ta chegando! –acariciou minha barriga-

Dra. Julia: eu sei que vocês estão muito nervosos com a vinda da Nina, mais temos que ser rápidos, você papai –disse para Alfonso- vai querer assistir ao parto? Só Pode uma pessoa!

Lucia: pode ir meu filho! –sorriu-

Alfonso: claro! –sorriu- vai ficar tudo bem! –passou as mãos nos meus cabelos-

Dra. Julia: então vamos!

As enfermeiras iam empurrando a "cama-movel", para a sala de cirurgia, e ouviu meus amigos e meu pai me desejando boa sorte...

Na sala de cirurgia...

Passei para a cama onde seria feito o parto, e um enfermeiro me ajudou a deitar de lado, quase que de bruços e a enfermeira aplicou a anestesia... Eu estava visivelmente nervosa e logo Alfonso chegou na sala, já usando uma roupa especial, mascara e luvas...

Alfonso: -segurou em minhas mãos- fica tranqüila, vai dar tudo certo!

Dra. Julia: então papais, prontos para receber a filhinha de vocês? –sorrimos para ela- Então vamos começar!

Foi iniciada cirurgia e às treze horas e vinte e seis minutos do dia dezoito de julho de dois mil e quatro. Pesando três quilos e duzentos gramas e medindo 48 centímetros, Nina deu as caras com um grito forte e saudável após quase duas horas de trabalho de parto.

Dra. Julia: quer ter a honra papai? –lhe mostrou a tesoura-

Alfonso: -sorrindo- claro!

Tremendo, ele cortou o cordão umbilical que ainda unia Nina a mim... Como era linda aquele pequeno serzinho... Os cabelos castanhos eram uma mescla do loiro dos meus cabelos com o quase preto do pai. Já os olhos, eram a cópia dos meus, talvez até mais cristalinos e brilhantes. O nariz e a boca eram de Poncho, assim como a covinha nas bochechas quando ele sorria. O resto... O resto era bem meu. Uma mistura perfeita de nós dois... Ela era linda... Simplesmente, linda... Uma bebezinha tão indefesa e tão esperada que veio somente para trazer alegria, e que transformou um casal de dois bobos apaixonados em pais responsáveis e mais que isso, nos transformou em uma família...

Fim do flash Back...


Bom, mais contar para Nina como foi o dia em que ela nasceu não me parecia uma boa história, já que naquele dia senti um medo inexplicável, estar sozinha, naquele momento foi à pior coisa que me aconteceu... Tudo foi recompensado, ao ter minha pequena nos braços, pegou a todos de surpresa já que não estávamos esperando que ela nascesse naquele dia... Isso meio que me traumatizou em relação à gravidez, sofri muito durante a gestação da Nina, já que passava mal constantemente e fui pegar uma pneumonia faltando três meses para ela nascer, e por isso tive que ficar três meses deitada em uma cama, tudo para que ela não sofresse nada, ficar sozinha naquela situação é desesperador. Quem mais reclamou foi Dulce que veio junto com os irmãos e a mãe ver a pequena, reclamando, pois ela queria ter filmado o parto e estar presente no nascimento da primeira sobrinha...

Chegava a ser engraçado, sempre que tinha um tempo livre vinha correndo e ficava "cuidando" da minha gravidez, juntamente com a Maite e Janaina... Era como se nós quatro estivéssemos grávidas...

Anahí: como você nasceu? –fiz uma cara de pensativa e logo disse- foi assim, você estava aqui dentro, -apontei para minha barriga- e a medica veio e cortou aqui em baixo, -apontei para debaixo da barriga- daí ela tirou você e você nasceu!

Nina: e doeu muito?

Anahí: Não! Porque a medica me deu anestesia, daí não doeu!

Nina: e tem marca onde cortou?

Anahí: tem não, a mamãe, fez cirurgia pra tirar, é feio a marca que fica sabe!

Nina: hum...

Anahí: então,-olhou o caderno- vamos responder! Qual seu nome completo?

Nina: Nina Puente Portilla Herrera Rodriguez! –sorriu- sabia mãe, que a Hanna, não sabe falar Herrera! Ela fala errado!

Anahí: como ela fala?

Nina: Herreira! Eu não gosto!

Anahí: -rindo- que nem sei pai, mas você também né a única coisa que você fala direito é seu nome não é filha!

Nina: há para, eu sei fala um monte de coisa certo ta!

Anahí: ta! Escreve aqui seu nome! Eu ajudo você!

Ajudei ela a escrever o nome... Nina já sabia escrever o nome, o meu nome, o nome do Poncho e algumas palavras de duas silabas como, pato, copo, lata... Em fim...

Eram varias perguntas, respondemos algumas como nome dos avós paternos e maternos, peso e altura de quando nasceu...

Anahí: agora essa, Quem escolheu seu nome e por quê?

Nina: quem escolheu foi meu pai! Mas porque mamãe?

Anahí: que tal você pergunta pra ele, aproveita e pede ajuda ele no seu trabalho tenho certeza que ele vai gosta de ajudar você! –piscou-

Nina: ta bom... vou guardar! –guardou o cadernos, e o estojo de lápis-

O telefone tocou, atendi...

Anahí: alô!

Alfonso: Any...

Anahí: oi... –com o coração na boca, era ele-

Alfonso: amanha cedo vou buscar a Nina pra passar o fim de semana comigo!

Anahí: ta bom, que horas você vem pegar ela?

Alfonso: as oito ta bom?

Anahí: ta sim!

Alfonso: então ta, tchau! –ele desligou-

Ele fora extremamente frio, nem perguntou como eu estava... Tudo bem que ele estava chateado comigo, mais poderia ser pior não é mesmo?! Coloquei o telefone no gancho e fui atrás de Nina no quarto dela...

Anahí: amanha você vai ficar com seu pai, até domingo!

Nina: eba! –sorriu-

Anahí: vamos arrumar sua mochila!

Arrumamos a mochila que ela levaria e fomos para a cozinha, onde eu fiz brigadeiro e depois fomos com a panela para meu quarto, onde comemos o brigadeiro e vimos um filme em desenho, era irmão urso dois... Adorava esses meus momentos com minha pequena, sabe, quando saia um pouco do papel de mãe e me transformava na irmã, ou amiga dela...

Acabou o filme, fomos para a cozinha onde lavei a panela e as colheres, mandei Nina trocar de roupa, vestindo uma mais leve para dormir, acabei por fazer o mesmo...

Nina: -entrando no meu quarto- mamãe, posso dormir aqui?

Anahí: deixa eu pensar... –terminei de pentear os cabelos- pode!

Nina: eba! –pulando em cima da cama-

Anahí: hei mocinha, ta esquecendo de nada não?

Nina: -olhou pra mim, já debaixo do edredom- não!

Anahí: engraçada, escovar dente que é bom a senhorita não lembra mesmo!

Nina: há mamãe, amanha eu escovo!

Anahí: nada disso, anda logo! –entrando o banheiro- to te esperando!

Não demorou para que ela viesse escovar os dentes e que nós estivemos deitadas, Nina já dormindo tranquila, enquanto eu tentava dormir... Com custo, por fim adormeci...

Idas e Vindas do AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora