tudo por você

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Anahí: -gritei- não seja ridículo!

Alfonso: ridículo eu?

Anahí: claro! Eu não me casei com você pra brincar de casinha! E sim por que eu te amava!

Alfonso: amava?

Anahí: é amava! Você não me merece Poncho!

Alfonso: não mesmo! Um mulher que deixa a filha recém chegada do hospital em casa, pra ir passar a noite com o namoradinho! Realmente eu não mereço!

Anahí: se estúpido! eu não passei a noite com ninguém! E se você quer saber, o Diogo está indo embora hoje mesmo pra França! Provavelmente nunca mais vou volta a vê-lo!

Alfonso: então vou reformular minha frase oras, foi passar a noite com ele pra se despedir não?

Anahí: não! -meus olhos se marejaram-

Alfonso: então me diz! Onde você passou a noite?

Eu não consegui responder. Poncho nunca entenderia. Meus olhos marejados não agüentaram e logo vieram às lagrimas. Vi o raiva nos olhos vermelhos dele, então ele passou por mim como um raio, rumo à saída.

Anahí: Poncho! Espera! Eu posso te explicar!

Tentei ir atrás, mas ele foi mais rápido, pegou as chaves, entrou no carro e saiu a toda velocidade.

Anahí chorou, chorou e chorou mais um pouco. Sentou no sofá, e a qualquer hora ele chegaria e havia decidido que iria conversar com ele, esclarecer as coisas. Se queriam ficar juntos, ambos teriam que ceder...

As horas se passavam e nada dele voltar, já se passavam das oito da noite quando o telefone tocou. Atendeu prontamente...

Anahí: alô...

Dulce: Any? Any, o Poncho está bem?

Anahí: Dulce, eu, eu não sei, brigamos e ele saiu e até agora não voltou!

Dulce: ha meu Deus! -visivelmente nervosa,levou a mão até o coração- Any, não estou conseguindo dormir! Estou sentindo que alguma coisa ruim ta acontecendo com ele!

Anahí: ha Dulce, pelo amor de Deus, não me assusta!

Dulce: é serio! Sabe que as vezes acontece isso comigo e com ele! Eu tentei o celular dele e não consegui! Por favor, tenta pra ligar pra ele, pra mim ficar mais tranqüila!

Anahí: tudo bem, vou tentar!

Dulce: ta bom! Assim que você consegui falar com ele, por favor, me liga! Tchau!

Anahí: está bem! Tchau! -desligaram-

Agora sim, Anahí estava mais do que nunca preocupada, de fato, sabia dos pressentimentos que os irmãos gêmeos sentiam quando algo de ruim estava para acontecer, mas, não, Dulce tinha que estar errada...

Por mais de meia hora tentou ligar para ele, mas o celular chamava, chamava até a ligação cair de vez... Decidiu esperar um pouco, talvez ele por birra não quisesse atender...

Cerca de uma hora depois...

O telefone tocou novamente e seu coração foi a mil... Correndo atendeu...

Anahí: alô!

@@: a senhora Herrera por favor!

Anahí: sim, sou eu!

@@: bom, senhora, aqui é do hospital Nossa senhora das Graças, e eu sou Mônica, recepcionista, e seu marido Alfonso Herrera Rodriguez, acabou de dar entrada aqui em estado grave!

Anahí: O QUE? -desesperada-

Mônica: calma senhora! Por favor, precisamos que a senhora venha com urgência para cá!

Anahí: ta bom!

Desligou completamente perplexa, como assim? Alfonso em estado grave no hospital, o que havia acontecido? Sem saber muito o que fazer, apenas pegou uma blusa de frio, as chaves de casa e saiu, a toda velocidade para o hospital. No caminho, chorava com desespero. Assim que chegou ao imenso hospital, seguiu para a recepção se identificando...

Mônica: acalme-se senhora, por favor!

Anahí: mas eu preciso saber o que aconteceu com meu marido!

Mônica: calma! Não tenho muitas informações! Sei apenas que ele sofreu um grave acidente de carro, e agora está sendo operado e só resta esperar o fim da cirurgia!

Anahí: ha meu Deus! -caiu no choro ali mesmo-

Mônica: acalme-se senhora! Quer que eu ligue para alguém? Algum parente? Amigo? Pra fazer companhia para a senhora?

Anahí: liga pra minha mãe por favor!

Anahí disse os números e não demorou para que Lucia chegasse ali, lhe dando aquele abraço de mãe, lhe confortando enquanto ela chorava bastante... Aos poucos acalmou-se e contou para sua mãe o que havia acontecido, e juntas apenas oraram... Anahí de repente lembrou-se de Dulce Maria e pediu para sua mãe ligar para ela e assim ela o fez, pode ouvir, os gritos de desespero de Dulce ao escutar que o irmão estava dentro de uma sala de cirurgia em estado grave. Lucia ainda tentou acalmar Dulce, dizendo que tudo estava tudo bem, mas, não conseguiu acalmar a ruiva e desligou dizendo que em pouco tempo estaria ali.

Anahí: ha mãe, tudo culpa minha! -voltou a chorar-

Lucia: foi um acidente Anahí! Acidentes acontecem meu bem!

As horas que seguiram foram como se fossem dias, amanheceu e elas se quer perceberam... Durante toda a madrugada, Lucia tomou vários cafezinhos, afim de espantar o sono, mas em Anahí, nada descia.

03:13am

O médico que havia feito a operação de Alfonso, se apresentou as duas, lhe informando o estado dele...

Lucia: e como foi a cirurgia doutor?

Dr.: foi ótima! Graças a Deus ele sobreviveu! Agora é esperar as 24 horas após cirurgia!

Anahí: Não pode ser! -voltou a chorar desesperadamente-

Dr.: calma senhora! Tudo que eu pude fazer, o que estava ao meu alcance eu fiz, agora está nas mãos de Deus! Seu marido é forte e com toda certeza vai sair dessa! Hoje e amanhã ele vai continuar na CTI e vai ficar em observação, depois iremos ele para um quarto especial!

Anahí: meu Deus, eu não posso acreditar! Como isso foi acontecer?

Dr.: Ele estava dirigindo em alta velocidade e estava embriagado! Álcool e direção não combinam! Mas como eu disse, agora está nas mãos de Deus!

Lucia: obrigada doutor!

Dr.: não precisa agradecer senhora!

Anahí: e eu posso ver ele?

Dr.: não! Enquanto ele não for para o quarto, não poderá receber visitas e quando for, terá horários, o caso dele é bem delicado! Operamos as pernas e a coluna cervical!

Anahí: meu Deus, isso é castigo?

O médico pediu licença e se retirou deixando as duas sozinhas... Cerca de uma hora depois chegaram ao hospital, Dulce, os irmãos e Silvia, e estavam todos,visivelmente nervosos... Lucia explicou tudo que havia acontecido e todos caíram no choro.

Idas e Vindas do AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora