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HARRY JAMES POTTER
Coloquei a pétala de rosa no livro e o devolvi à estante bem na hora em que passos ecoaram no corredor. Parecia que alguém vinha diretamente à biblioteca. Fui flagrado. Draco entrou na sala. Estava sem camisa e usava apenas uma calça caramelo listrada. Se ficou surpreso por me ver, não demonstrou. Acendeu uma pequena luminária.
⸻ Harry ⸻ cumprimentou, como se fosse a coisa mais natural do mundo que eu estivesse na biblioteca às duas da manhã.
⸻ Não conseguia dormir.
⸻ E decidiu que a poesia lhe daria sono? ⸻ perguntou ele, notando onde eu estava parado. ⸻ Então, vamos fazer um jogo?
E recitou:
"Ela anda na beleza, como a noite De firmamentos sem nuvens e céus estrelados: E o que há de melhor nas trevas e na luz Encontra-se em seu aspecto e nos olhos..."
Malfoy sorriu para mim.
⸻ Dê o nome do poeta.
⸻ Lord Byron. ⸻ cruzei os braços. ⸻ Sua vez.
"Durmo contigo e acordo contigo, Entretanto tu não estás ali; Encho os braços com pensamentos de ti, E aperto o ar comum."
A diversão se acendeu em seus olhos.
⸻ Eu devia saber que não podia sugerir um concurso com um bibliotecário formado em inglês. Este não sei de quem é.
⸻ John Clare. Ponto para mim.
Um sorriso malicioso iluminou seu rosto.
⸻ Tente este ⸻ disse.
E prosseguiu:
"Que teu coração profético Não me anteveja nenhum mal; O destino pode fazer a tua parte, E teus temores se realizarão."
Bom, este era enigmático. Semicerrei os olhos.
⸻ John Donne.
Ele assentiu.
⸻ Sua vez.
Respirei fundo e pensei no poema que li na noite de quarta-feira, aquele que havia sido uma revelação para mim. Será que ele reconheceria?
"Deste-me a chave de teu coração, amor; Então por que me fizeste bater? "
Eu sei, falei-lhe com os olhos. Eu sei. Eu quero isto. Eu quero você.