⸻ ⋕𓍯 𝗍𝗐𝖾𝗅𝗏𝖾, 𝗇𝖾𝖼𝖾𝗌𝗌𝖺𝗋𝗒 𝖼𝖺𝗋𝖾

4.3K 504 246
                                        

HARRY JAMES POTTER

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

HARRY JAMES POTTER

O rosto que olhava para mim do espelho era vermelho e inchado. Bem, Hazz, falei a meu reflexo, chega de ficar com Hermione, sim? Ou, se acontecer, precisa terminar antes de minha hora de dormir, às dez da noite. Cambaleei para o quarto e me deitei de bruços.

Certamente esperava que Malfoy não quisesse fazer nada de experimental... este fim de semana. Com ou sem plugue, eu estava dolorido demais até para pensar nisso. E se ele fizesse? Eu falaria a palavra de segurança? O espancamento, tudo bem, eu podia suportar. Eu havia estragado tudo. Ele me informou esta noite, nos termos mais claros, que regras eram regras.

Decidi então que este era meu limite. É preciso ter limites. Você precisa dizer a si mesmo até que ponto pode ir. E este era o meu. Pensei em deixar Draco. E fiquei triste. Fosse por decepcioná-lo, pelo espancamento, pela ideia de nunca mais vê-lo, ou as três coisas, comecei a chorar.

Coloquei o rosto no travesseiro: não queria que ele ouvisse. E se entrasse no quarto? Enquanto eu chorava, ouvi passos ecoando no corredor. Parei e fiquei imóvel. Será que ele ouvira? Os passos pararam. Vi seus pés por baixo na porta. Ele continuou andando.

Soltei a respiração, trêmulo, e me obriguei a dormir. O sonho voltou naquela noite. Aquele com a música. Desta vez, ela começou mais rápida.

Furiosa. Feroz.

Aos poucos, então, cresceu para o mesmo anseio doce da música que ouvi no fim de semana anterior. Uma doçura temperada com certa tristeza. Em meu sonho, eu corria de um quarto a outro, desesperado. Desta vez eu encontraria. Descobriria de onde vinha a melodia. Abri porta depois de porta. Mas, como antes, cada uma delas se abria para outro corredor e cada corredor terminava em uma nova porta. A música parou. Cheguei a outra porta e abri. Só para perceber que não levava a lugar algum... Outra manhã de sábado. Outro acordar cedo com o despertador. Enquanto eu me arrumava, pensei em enfrentar Draco. O que ele diria? Como agiria? O que tinha planejado para o fim de semana? O dia terminaria comigo dizendo a palavra de segurança e indo embora?

Andei cautelosamente até a cozinha, com o corpo todo dolorido. Nenhum ruído de trás da porta da academia. A cozinha estava vazia. Meus olhos percorreram o cômodo.

Ali. Na mesa. Um bilhete dobrado. Por fora, numa letra elegante, estava meu nome. Abri o papel.

“Voltarei ao meio-dia para almoçar na sala de jantar.”

Respirei fundo. Ele não estava me mandando pegar minhas coisas e ir embora. Parte de mim temia que ele fizesse isso.

Preparei um rápido café da manhã de farinha de aveia, misturando com algumas nozes e bananas fatiadas. Comi de pé, olhando os armários que revestiam duas paredes da cozinha. Decidi dar uma fuxicada neles depois de terminar de comer. Isso me daria alguma coisa para fazer, porque eu não estava com vontade de correr e as posturas de ioga estavam fora de cogitação.

the submissive¹ ↯ DRARRY ✓ Onde histórias criam vida. Descubra agora