SALVA-ME, trata-se de um livro que abordará alguns segredos escondidos dos personagens, principalmente, dos principais.
O livro é fictício,porém abordará alguns assuntos tratados no cotidiano. Ele se vale de uma linguagem coloquial ,onde há uma mis...
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— O que você está fazendo aqui, Fernanda?
Pergunto para a filha da puta que está na sala junto a Martinha que me olha furiosa. Não a julgo, ainda hoje disse que havia me apaixonado por sua neta e agora aparece essa miserável para tentar acabar com tudo.
— Como assim? Eu vim ver meu futuro esposo, é claro! — seu olhar recai sobre Emilly — certamente você é a neta da Marta, muito prazer, querida! Traga-me água, pois olhar para esse homem todo me dá um calor do caramba.
Isso me deixou furioso, Emilly está aflita e quando intenta em sair, seguro em seu braço e ela se assusta.
— Emilly, fique aqui! Você não vai fazer nada, nem pra ela e nem pra ninguém . — Sua respiração fica pesada e percebo seu nervosismo.
— Emilly, venha! — Marta a chama e não gosto do tom que usa.
— Emilly? Sua irmãzinha nova se chama Emilly? Que meigo! Combina com ela, parece uma florzinha. — Fernanda diz debochando.
— Sta 'zitto! — digo furioso e Emilly se assusta.
— Vittorio, eu vou com minha abuela. — Fala baixinho e quando a olho, noto que seus olhos estão tristes. Isso me aborrece ainda mais.
— Abuela? — Fernanda diz— você não é americana? — Pergunta curiosa.— De onde você é, criança?
— Venha comigo, Emilly! — Marta se aproxima e a puxa pelo braço. Não me agrada nada o comportamento de Marta ao ouvir a pergunta da puttana e também não aceito que trate minha Emilly dessa forma. O que será que deu nela para agir assim? Sigo-as até a cozinha e chamo por minha piccola.
— Emilly? — ela para e me olha.— Depois vamos conversar. Eu não tenho mais nada com aquela mulher, acredite em mim.
Seus olhos estão confusos e seu semblante entristecido, ela não me diz nada,na verdade, mal me olha. Provavelmente deve estar me odiando.
— Vittor, é melhor você resolver sua situação com...aquela senhorita primeiro. — Marta diz e assento em positivo, mas não desvio meu olhar de Emilly que não me olha. Sua cabeça está abaixada e é certo que a decepcionei.
—Tudo bem, Martinha. Mas, saiba que não vou desistir de você, Emilly— digo fazendo com que me olhe — Sabe que te amo e vou fazer o possível e o impossível para ficarmos juntos.
Puxo-a para perto e beijo sua cabeça. Seus olhos alcançam os meus ,mas se mantém em silêncio. Sinto uma agonia do caralho com isso.Queria que pelo menos ela me xingasse ou me batesse, qualquer coisa... mas ela não, não minha Fiore!
