Capítulo 39

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Um vento gelado vespertino corta meu rosto, fazendo arrepiar os poucos pêlos que possuo

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Um vento gelado vespertino corta meu rosto, fazendo arrepiar os poucos pêlos que possuo. Minha cabeça está uma bagunça desde o dia que Vittorio confessou-me seu passado tenebroso , que até o fez chorar. Jamais o havia visto tão vulnerável nesses longos sete meses juntos. Juntos... incrível como uma situação pode mudar completamente uma relação. Nem a dissimulação de Natacha, tentando fazer com que brigássemos ,conseguiu o que aquele nosso último diálogo resultou: nos distanciou.

Sim, foi o último! Depois que saí do quarto de Vittorio, fui para o meu para arrumar algumas coisas ,no intuito de dá-lhe tempo para pensar, pois vi que foi pesaroso tudo que me falou e desde então não me procurou. Saiu para trabalhar, retornando já à noite e nem assim o vi. Fui procurá-lo no outro dia e soube , por Michaelo , que precisou ir à Itália. Ele nem se despediu de mim e confesso ter chorado muito por isso. Pior de tudo é que agora sei o que ele faz quando vai pra lá. Fico roendo as unhas ,numa ansiedade só, querendo saber se está tudo bem. Mas, segundo Mick, ele é muito bom em matar pessoas, que era pra eu ficar tranquila com isso. Cielos!! É muito difícil acreditar.

Já tem uma semana que não nos vemos ou falamos. Nesse período,eu mal saí do meu quarto e minha abuela tem perguntado sobre o que está acontecendo conosco. Eu não sei o que lhe dizer , pois se lhe contasse a verdade, provavelmente, me proibiria de namorar Vittorio, se é que ainda estamos namorando. Agora me encontro sentada na grama do campus da faculdade , sozinha, olhando para o nada , pensando se envio-lhe ou não uma mensagem que já digitei e apaguei milhares de vezes. Não tenho noção do que ele esteja fazendo ou pensando - espero que esteja pensando em mim. Sei que também poderia ter entrado em contato comigo, então,por que não entrou? Eu queria ser como Débbora, ter mais atitude em relação ao meu relacionamento com mi espejismo, mas tenho medo de sua reação - ainda tenho medo. Sei que pode ficar muito nervoso e irado, e é o que me faz temer.

- Uma moeda por seus pensamentos!

Diz o professor Jhonny se aproximando e sentando ao meu lado, me tirando dos meus devaneios. Pensei que ele havia saído da faculdade, pois tinha dito que seu estágio temporário era só de um período, mas ,pelo visto, conseguiu prolongar.

- Olá, professor Jhonny! - sorrio sem muita vontade.

- Acho que já temos intimidade suficiente para me chamar só de Jhonny, não?

- Bem, sim...mas, estamos na faculdade então é melhor nos tratarmos com formalidade. - Digo e ele apenas meneia a cabeça.

- Isso tudo é por conta do que o seu irmão postiço fez no outro dia? Ele não te bateu, né? - franzo a testa não entendendo muito aonde ele quer chegar com isso.

- Por que ele me bateria? Ademais, Vittorio é meu namorado, não irmão. Ele só é ciumento. - Seu rosto fica mais sério e vi que não gostou do que falei. Será que Vittor estava certo em dizer que ele tinha interesses errados para comigo?

SALVA-ME Vol I ( Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora