O toque suave de Kara Danvers.

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✔ Só esclarecendo que essa história começa no ano de 2014 (quando começamos a escrever a 1ª versão SQ).

Pov Lena

Da mesma forma que o beijo começou, é interrompido por ela, que me solta, dando-me às costas, como se estivesse arrependida do que fez.

Mas, eu pego o seu braço quase que instantaneamente, fazendo com que se volte para mim e me projeto em sua direção, colocando-me nas pontas dos pés para beijá-la novamente de uma forma ainda mais intensa.

Kara me segura pela cintura e, ao mesmo tempo em que nossos lábios se roçam entreabertos, sinto uma de suas mãos sendo espalmada na minha nuca, fazendo uma leve pressão.

Meus dedos lhe acariciam o rosto, deslizando pela bochecha e seguindo até os fios macios e dourados, onde se enroscam suavemente. O hálito dela é quente, embriagador e a língua espessa e macia me invade a boca de um jeito carinhoso, mas também sensual.

Então, Kara me guia devagar até o meio da sala, onde meus quadris se encostam na superfície dura da mesa. Um dos seus braços me aperta fortemente e sua respiração fica cada vez mais densa, tão descompassada quanto a minha, à medida que as línguas continuam deslizando uma sobre a outra, tornando o beijo mais quente, bem molhado.

Decido provocá-la ainda mais e mordisco, depois chupo, seu lábio inferior, escorregando as mãos por baixo do tecido úmido e macio do suéter que ela veste, explorando com os dedos a pele firme do seu abdômen, arranhando-a suavemente com as unhas.

Em resposta, ela geme, enfiando os dedos por entre os fios do meu cabelo, puxando-me para si. Nossos corpos estão tão grudados que nem mesmo um suspiro passaria entre eles, e não demora muito para que eu sinta a rigidez de sua excitação pressionando-me por cima do tecido da calça de montaria.

Bruscamente, Kara separa-se de mim, envergonhada. Fico ofegante, além de atônita com o afastamento repentino dela. Vejo-a puxar o suéter para baixo numa vã tentativa de ocultar o que minhas carícias e os beijos que trocamos lhe despertaram.

Sua respiração fica mais agitada e o rubor se espalha rapidamente pelo rosto dela, apesar do frio que deve estar sentindo por causa das roupas molhadas.

Instintivamente, movimento-me em sua direção, mas ela recua, dando passos para trás. Gira e com passadas largas sai do casebre.

Quando chego à porta, vejo-a já distante, montada em Xena, indo embora, deixando-me ali sozinha e confusa. Não posso fazer nada para impedi-la e só me resta ficar espantada com sua fuga repentina.

...

Não tenho como ter certeza, já que não há nenhum relógio aqui, nem mesmo meu smartphone, que ficou na casa principal, mas levando em consideração minha própria noção de tempo, imagino que faz cerca de meia hora que Kara deixou o casebre e estou ficando preocupada. A chuva não passa, nem parece ter a possibilidade de ficar mais fina.

Voltar para a sede do rancho sozinha, enfrentando uma tempestade, sem conhecer bem o caminho e, ainda por cima, a pé, não me parece uma boa ideia de maneira nenhuma. Mas, começo a avaliá-la, na ausência de alternativas.

Tento não ter raiva de Kara nesse momento, porque imagino o que a fez sair daqui intempestivamente. Seu incômodo foi claro. Ela não me conhece o suficiente e teve medo da minha reação, embora tenha me surpreendido com uma demonstração tão clara de insegurança, pois também creio ter ficado nítido que eu a queria.

Pensando nisso, ouço o trote de um cavalo se aproximando da pequena casa onde estou. Imediatamente esboço um sorriso. Kara deve ter entendido que a sua atitude foi meio desproporcional e voltou para me buscar.

The Lady In My Life [KarLena]Onde histórias criam vida. Descubra agora