Capítulo 3

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Booooom dia meus amores, bom diaaaaa!

Passaram bem essa semana? Espero que sim! Eu tô aqui quebrando a cuca pra escrever essa história, tá muito gostoso trabalhar esse casal e mal vejo a hora de vocês conhecê-los cada vez mais.

Hoje nós teremos...

META: tá tudo muito devagar por aqui, sei que estão com preguiça. Portanto, serei um anjo e prometerei um capítulo no domingo caso vocês batam 700 estrelas e 500 comentários. E aí? Vai rolar?

💋

Meu pai trabalhava no setor administrativo da prefeitura de Magé e minha mãe era professora de matemática do ensino público

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Meu pai trabalhava no setor administrativo da prefeitura de Magé e minha mãe era professora de matemática do ensino público. Ela engravidou aos trinta e cinco anos e teve uma gestação complicada, de risco, portanto, quando nasci e até minha pré-adolescência, meus pais me tratavam como um cristal muito delicado. Talvez por isso eu tenha me esforçado para amadurecer tão rápido, na intenção de não permitir que me sufocassem mais do que já fizeram na infância.

Nunca fui de uma família que esbanjasse dinheiro, mas isso para mim nunca foi um problema. Difíceis mesmo foram alguns dos momentos vividos na época do colégio. Eu não fazia parte do padrão de beleza aceitável, nem mesmo quando alisei o cabelo, escondido da minha mãe, um pouco antes do meu aniversário de treze anos. O que para alguns era engraçado, para mim podia ser bem cruel e me criou alguns bloqueios afetivos na adolescência. Não demorou para que eu entendesse que a única pessoa que eu precisava agradar era eu mesma, e foi isso que fiz. Passei a me proteger daquele tipo de comentário preconceituoso disfarçado de elogio, como quando diziam que se não fosse meu cabelo "rebelde", eu seria linda. Ou que eu era muito bonita e tinha traços muito delicados para uma negra. Como minha pele era num tom de marrom-médio, eu também vivia uma espécie de limbo em que as pessoas gostavam de me colocar. Para muitas, eu não era negra e para algumas, eu era escura demais para ser branca.

Focando sempre em mim, construí um amor-próprio inabalável, mas acho que também me tornei muito solitária durante o processo. Conforme minha confiança e autoestima aumentavam, parecia que eu chamava mais atenção das pessoas e isso atraía os homens. O problema era que eu me priorizava tanto, tinha isso tão forte e tão impregnado em minha mente, que minha amiga Juliana costumava dizer que eu mesma me sabotava nas tentativas de relacionamento sério.

Foram três no total. Na adolescência eu namorei firme um menino da minha rua, aquele tipo de relação em que o rapaz frequentava a casa e sentava no sofá sob supervisão dos pais. Nós dois tínhamos quinze anos na época e nunca passamos da fase dos beijos e amassos rápidos nas festinhas, nada muito ousado. Para mim era apenas uma aventura, acho que para ele também. Nunca existiu nenhum tipo de sentimento profundo, até porque Jorge se mudou alguns meses depois.

Em seguida, veio o Rafael, com quem perdi a virgindade e que agora era um grande amigo. Tirando o fato de que eu não o amava, a gente se dava muito bem e eu sabia que ele seria um ótimo marido para a mulher que o merecesse.

[DEGUSTAÇÃO] Garota de AluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora