18.Eu gosto de ver você dormir

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Depois que recusei a carona de Edward, fui obrigada a ter que aturar Bella e Mike melosos no caminho todo até minha casa. O novo professor de história não poderia ser um vampiro, toda a família Cullen tem olhos dourados, James possui um tom mais escuro, simplesmente não entendo.

— Vai no cinema com a gente? — Questiona Bella sorridente no banco da frente.

— Não sei. — Meio que prometi que iria com James e a turma, mas estou levemente desconfiada de suas intenções — Talvez devêssemos desmarcar o cinema, podemos deixar para outra semana.

— Qual é? Hoje é sexta-feira. — Mike insiste estacionando o carro perto do portão — Prefere ficar em casa ou ter uma noitada com os amigos?

— Tenho que cuidar da minha avó... e vem uma tempestade por ai. — Sussurro indicando o céu fechado, realmente ia cair o mundo de chuva a noite.

— Pode ir na outra sexta com a gente — Bella sorri gentilmente mantendo seus planos, mesmo que eu não fosse, isso me preocupava.

— Até segunda. — Me despeço descendo apressada do carro, afundando minhas botas na lama.

Não acredito que acabei de desmarcar o encontro com o professor gato e tudo por ser paranoica o bastante de acreditar em um vampiro virgem e frustrado com a vida. Apresso meus passos passando pelos cachorros amarrados, pulo uns degraus, sem demora entro fechando a porta de casa, retirando minhas botas enlameadas, meus pais tinham saído a trabalho até segunda. Isso significava que teria a casa somente para mim já que minha avó dormia tanto que às vezes eu achava que estava sozinha, então não demorei a jogar minha bolsa no sofá e ligar a tv.

— Como foi a aula, netinha? — Questiona ela com um livro em mãos "50 tons de preto" não lembro de ter emprestado esse livro não...

— Terrivelmente entediante, ainda estou sem par para o baile. — Resmungo me sentando na frente da TV.

— Oh, e aquele menino! O Edmundo? — Ela abaixou o livro me dando um sorriso, tentando me animar.

— Edward não me convidou, ele é um babaca frouxo. — Reviro os olhos jogando minhas pernas por cima do sofá, se depender dele eu nem vou a baile nenhum.

— E porque não o convida? — Volta a questionar cutucando a ferida.

— Devo dizer que ele não gosta de mim. — Dou de ombros deitando esparramada no sofá grande — E eu nem sei o porquê disso, sou tão amável.

— Isso não é verdade, seu temperamento é desagradável. — Diz voltando a atenção ao livro enquanto a chuva começa a cair do lado de fora.

— Falou, peguei isso de você. — Brinco, mas ela não me dá ouvidos.

— Melhor tomar um banho, está muito tarde. — Resmunga concentrada no livro, mordendo o lábio, claramente não sou mais importante do que um livro amarelado cheio de putaria.

— Mas ainda é cedo. — Suspiro fechando levemente os olhos, aproveitando a calmaria, ouço o ruído da chuva se misturar ao barulho baixo do programa de culinária que está passando.

— Será oito horas quando você sair do banho. — Sua lógica era impecável e estava nítido que não precisava da minha companhia mal humorada.

— Tá, já entendi. — Levanto a contra gosto, por mim eu nem tomava banho com esse frio, mas meu cabelo já está começando a embaraçar.

Degrau por degrau, ignoro minha preguiça, corro até meu quarto pegando uma toalha qualquer no armário e marcho para meu banheiro, não me demoro muito a encher a banheira. Fecho as cortinas da janela de forma paranoica, olhando uma vez ou outra a floresta que devorava o pátio atrás da casa.

Perdidamente Apaixonada Por Um VampiroOnde histórias criam vida. Descubra agora