"E eu acho isso meio engraçado; acho meio triste: os sonhos nos quais estou morrendo são os melhores que já tive." - Mad World, Gary Jules.
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Permaneço do lado de fora do quarto, meus pés recuam facilmente e meu coração já não sabe o que sentir. A dor de encontrar Bright naquele quarto era cega, inóspita e difícil de lidar ou projetar. Quanto tento criar coragem para abrir a porta, meus dedos apertam a vasilha de amoras em minhas mãos, causando um distúrbio impossível de se conter dentro de mim. Digo a mim mesmo que ele está bem, que só está aqui porque não sofreu nada grave, e quero mesmo acreditar nisso, e por um momento agarrar-me a esta ideia me tira do fundo do mar de sentimentos negativos.
Meus dedos respondem ao comando do meu cérebro e tremem quando alcanço a maçaneta, girando-a em seguia. A primeira coisa que escuto é o som da máquina contando os batimentos cardíacos de Bright. Por segundo, sua respiração ofegante mas vagarosa, e o cheiro hospitalar e ar-condicionado tornam tudo ainda mais distante para mim.
Em seguida o vejo: deitado em uma maca, coberto por cobertor branco até o peito onde uma atadura e gazes rodeavam seu tronco, os olhos fechados, marcados pelo roxo do sangue estagnado e marcas de ranhura. Uma atadura também rodeava sua cabeça. Os braços marcados, presos às máquinas e à bolsa de soro. Uma mangueira era conectada a seu pescoço, talvez fosse por isso que ele ainda respirava. Seu sono sereno, os olhos encontravam paz, já que fechados.
Hesitante, me aproximo, colocando as amoras ao lado, no criado branco. Passo as mãos em seus cabelos e não, não sei o que dizer, nem pensar, nem sentir. Naquele momento, eu só o quero de volta, quero acreditar que estou sonhando, que é apenas uma miragem. Logo, afasto a atadura em seu peito e a ferida ainda não cicatrizada fazia uma parábola em seu tórax, um misto de cores roxo, vermelho e preto lhe cobriam a pele por aquela parte. Foi naquele momento em que meus joelhos não aguentaram o peso e caí diante de Bright, sentindo minha alma se esvair de meu corpo, o choro abrupto e escandaloso que ecoa por aquela sala hospitalar não é capaz de suprir qualquer sentimento oculto dentro de mim.
— Por que, Bright? Por que fez isso comigo? — lamentei as palavras, enquanto me escorava em seu corpo inanimado, esperando que ele acordasse. A dor estralando em minha cabeça.
E permaneço ali.
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Tinha adormecido. Meu corpo reage ao toque de Bright quando ele finalmente acorda.
— Aí está você — Bright pousou a mão sobre meus cabelos e sorriu minimamente. — Está tão... bonito...
Ao primeiro contato de seus olhos com os meus, naquele momento, sinto toda a esperança voltar a mim.
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𝐊𝐢𝐬𝐬 𝐦𝐞 '𝐭𝐢𝐥 𝐈 𝐝𝐫𝐨𝐩
Fanfiction"Me diga como eu poderia estar tão próximo assim de você e não sentir nada por você?" "É impossível." .•♫•♬•♬•♫•. ✧♬•*¨*•.。METAWIN。.•*¨*•♬✧ Um único acorde o marcou para sempre, uma simples canção levou um coração à uma viagem inesquecível, a música...