Capítulo nove;

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✧♬•*¨*•.。PROMESSA。.•*¨*•♬✧ 

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Cinco dias haviam se passado desde então, e no dia da competição decidi que praticar um pouco mais faria me sentir mais confiante em participar daquilo. Havia, por mais que um milagre, decorado os acordes do arranjo que Bright me ensinou. No decorrer da semana ele vinha até minha casa e passava os compassos nos quais iria tocar e durante esse tempo senti que estávamos ainda mais próximos do que como nunca estivemos. Bright parecia como alguém que conheci há anos, com seu jeito destoante entre brincalhão e super sério, suas piadas que pareciam cada vez mais sádicas a todo momento, mas que arrancavam boas risadas do garoto depressivo que sou. Aliás, devido a companhia de Bright naquela semana não tenho precisado tomar os vários remédios de sempre, senti que algo em mim dizia que quando ele estava ali não precisava me preocupar com tristeza, ou que o sofrimento era apenas algo passageiro.

Há dois dias havia lhe oferecido dormir em minha casa por alguns dias e Bright pôde finalmente dar um jeito em seu carro, porém era dia da competição e meu estômago se revirava só de lembrar que possivelmente o perigo iminente consistia ao fato de que Bright não havia tocado no assunto. Amanhecemos juntos naquele dia, tomamos café da manhã juntos, assistimos tevê e não, ele não disse palavra alguma, nem sequer tocou no assunto. E na parte da tarde, quando Bright estava lavando seu carro do lado de fora, o olhei pela janela de dentro de casa e lá estava, de modo despreocupado, jorrando o balde de água no capô do carro enquanto esfregava um pano laranja encardido no mesmo. Eu precisava falar com ele sobre aquilo, precisava falar sobre como estava arrependido de ter concordado em fazer aquilo, como foi uma ideia tosca e sem-noção minha em insistir em algo tão inviável. Precisava dizer, antes que fosse tarde.

Não tinha chance em fazer aquilo.

Me dirigi a porta e a passei depressa, Bright olhou para mim, sorriu de lado, mas continuou a esfregar o capô do carro, jogando um balde d'água em seguida. Antes que me aproximasse ele apontou para a torneira e balançou o indicador, cessei a caminhada e me voltei para desligar a água e novamente me dirigi a ele. Bright permanecia com sua expressão serena de sempre. No início se sentiu acuado para ficar em minha casa como qualquer outra pessoa se sentiria, mas já faz dois dias que ele não tirava aquele sorriso do rosto, fazia dois dias no qual ele tem fumado compulsivamente, faz dois que não conversava comigo direito.

Bright derramou a última jorrada de água no carro, e deixou o balde no chão.

— Prontinho. — Ele disse, esfregando as mãos na borda da camisa que eu mesmo lhe emprestei. Não ligava para aquilo, só queria saber o que o deixava tão animado daquele jeito. Ver o carro limpo? Estar sendo cuidado por mim? Ou o fato de que estaria lhe livrando de uma de suas responsabilidades? — Está animado para hoje à noite?

𝐊𝐢𝐬𝐬 𝐦𝐞 '𝐭𝐢𝐥 𝐈 𝐝𝐫𝐨𝐩Onde histórias criam vida. Descubra agora